terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Resenha: Garota interrompida - Susanna Kaysen

Editora: Única
ISBN: 9788573128628
Ano: 2013
Páginas: 190
Sanidade ou insanidade?!

Garota Interrompida não é um livro com uma história propriamente dita, mas é formado por alguns relatos alineares, indo e voltando no tempo. Susanna Kaysen, a autora, faz uma espécie de biografia, já que sabemos que a mesma realmente frequentou esse hospital para lunáticos - digamos assim. 
No livro conhecemos a mente de Susanna - tudo é narrado em primeira pessoa - e vemos sua visão de mundo e tudo o que aconteceu em sua vida. O internamento foi "voluntário", de modo que ela procurou ajuda por estar percebendo que algo estava errado, mas não foi necessário tanto tempo para o terapeuta manda-la para o manicômio.
Conhecemos Daisy, Georgina, Lisa, Polly, Cynthia - entre outras que tem uma breve passagem no hospital. Um pouco da história de cada uma é contada.

"Na verdade, eu só queria matar uma parte de mim: a parte que queria se matar, que me arrastava para o dilema do suicídio e transformava cada janela, cada utensílio de cozinha e cada estação de metrô no ensaio de uma tragédia."

Um fator que gosto muito no livro é - como diz Angelina Jolie - a honestidade brutal. Não há nenhum preparamento ou uma maneira mais controlada de se contar tudo o que acontecia. Susanna apenas narra, as coisas boas e ruins. É justamente isso que faz Garota Interrompida ganhar muitas estrelas. Outra coisa ótima é que não é um livro para se explicar, é difícil resenhá-lo porque tudo está entre as paginas. É preciso ler para saber o que ele tem a oferecer.
Alguns dos melhores capítulos são: FogoSuicídio e Ossos expostos.

"Quem observa não consegue saber se uma pessoa está calada e quieta porque sua vida interior estacionou ou porque sua vida interior é de uma atividade paralisante."

Mas há algumas coisas que me fizeram ficar decepcionada. O livro é muito pouco explorado, acredito que havia muio mais a ser escrito e relatado, muitas partes ficaram bem vagas. Por exemplo, ainda não consegui entender o motivo dela ter ido parar lá. Apesar de trazer a descrição da doença e alguns comentários, acredito que ficou um pouco complexo demais, Susanna deveria ter explicado tudo.
Por esses motivos, prefiro mil vezes o filme, muito mais explorado, menos vago e sem perder a honestidade brutal.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Resenha: Garota exemplar - Gillian Flynn

Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580576054
Ano: 2014
Páginas: 448

Um livro que vai mexer com você. Apesar de todas as teorias que provavelmente serão criadas, você será bastante surpreendido.

É aniversário de 5 anos de casamento daquele casal "exemplar", tudo estava correndo bem no período da manhã, mas, após uma saída de Nick Dunne, ele encontra sua sala revirada - apenas a sala - e percebe que sua esposa sumiu. Nessa situação extremamente estranha, Nick chama a polícia - que logo aparece na porta de sua casa - e nesse momento a investigação começa, e com ela, o desenrolar da história.
O livro é dividido em três partes, cada novo capítulo é narrado alternadamente por Amy e Nick - sendo que os capítulos narrados por Amy na primeira parte são partes do diário que ela escreveu. 
Dunne possui um jeito muito estranho de lidar com o sumiço da esposa, sorrindo em eventos, tirando fotos com "fãs" e omitindo fatos, o que o leva a ser o principal suspeito - assassinato. Basicamente, o livro consiste em saber o que aconteceu de fato e se Nick é mesmo o culpado. Garanto que nenhuma teoria criada por você estará certa, portanto, prepare-se!


Além da investigação da polícia, Nick e sua irmã, Go - em quem ele confia muito - investigam também. Dunne segue o  caça ao tesouro - feito por sua esposa em todo aniversário de casamento - lendo as pistas e decifrando-as até chegar ao presente - um tanto quanto macabro, por sinal.
Um motivo pelo qual amo esse livro é a surpresa, é praticamente impossível não se surpreender. No início, pode parecer um mero suspense, mas acaba se revelando um excelente thriller psicológico.
Amo a psicologia dos personagens tratada em Garota Exemplar, a personalidade de cada um não poderia ter sido melhor trabalhada. A história é um quebra-cabeça em que as peças encaixam perfeitamente.
"Há uma diferença entre amar alguém e amar a ideia dessa pessoa."

A única coisa que senti falta foram alguns esclarecimentos, gosto bastante do final, mas no quesito "vamos contar tudo o que aconteceu de verdade" não consegui acreditar que a história seria plausível, não sei explicar, mas senti que faltou alguma coisa. Além disso, a leitura foi muito devagar e arrastada - talvez porque tenha assistido o filme antes, e por ter sido uma ótima adaptação, já sabia tudo o que iria acontecer, mas muitos blogueiros dizem ter lido muito rápido.
Recomendo Garota exemplar para todos os que gostam de ser surpreendidos, criar teorias e observar reviravoltas. Se você está parado com ele na sua estante, leia!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Resenha: Mathilda Savitch - Victor Lodato

Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580571639
Ano: 2012
Páginas: 312

Era alegre, sorridente, trazia a alegria por onde passava. Alguns dias, ficava trancada em seu quarto. Tinha vários namorados. O que será que deu errado?!

Após a morte de Helene, os pais de Mathilda fecham-se em um universo particular, acabam sendo superficiais e de certa forma ignoram a existência da garota, ela, então, decide ser má, quebra pratos "sem querer", machuca insetos e usa o vestido da irmã no aniversário da morte, para chamar a atenção. Mas na verdade a garota faz isso porque está assustada, confusa e não consegue aceitar a morte da irmã.

"Algumas pessoas parecem fantasmas, não se consegue captá-las, ou então, quando se consegue, elas não passam de um borrão."

A história se passa na época da queda das torres gêmeas e possível terrorismo e mostra muitos descobrimentos na vida de Mathilda, como o sentimento de amor que ela nutre por Anna - sua melhor amiga - e Kevin. No meio disso tudo, ela nos transmite seus pensamentos - muitas vezes resultando em ótimos quotes - e tenta descobrir quem empurrou a irmã para os trilhos do trem.

"Não é incrível a linguagem? Ela não cansa de me surpreender. Ás vezes você pode simplesmente dizer umas coisas e elas são como uma bomba, que arranca toda a sua roupa, e de repente você está ali, nu. Não sei se é enjoante ou lindo."

Se você está procurando um livro rápido, com bastante movimento, Mathilda Savitch não é pra você. O livro é bem monótono e tem base nos pensamentos de Mathilda, que são muitos interessantes. Quanto a questão do terrorismo, por exemplo, podemos ver no livro o protótipo criado da definição de terrorista - assim como os protótipos atuais (que não deveriam existir, aliás) - e a garota fica se perguntando se seu amigo - que segue esse protótipo - é terrorista, embora ache que não. Acredito que esse questionamento seja bastante preconceituoso, mas ao mesmo tempo interessante de ler, pois mostra justamente a mente de alguém na idade dela, sofrendo tudo o que ela sofreu.


A dor de Mathilda é diferente, mas ao mesmo tempo bastante expressiva. A maneira com que ela lida com os pais é bem interessante. Além disso, ao longo do livro, Mathilda vai refletindo sobre a irmã, sobre a felicidade exagerada que ela trazia por todos os cantos da casa e depois se trancava no quarto. Mas muitas coisas não podemos prever, ou podemos?!
Além disso, Helene tinha vários namorados secretos, um deles, Louis, torna-se elemento principal na história.
"Mas, a rigor, o único jeito de crescer é não olhar para trás. A gente tem que bancar as próprias convicções. E as minhas convicções são adeus e já vai tarde."

Senti um pouco de falta da questão da maldade, mostrada no book trailer, esperava muito mais coisas feitas por ela, um desfecho muito mais interessante, por isso é um livro que me decepcionou um pouco, acabei enrolando bastante pra terminar, pois não é algo que te prende, e sim uma narrativa bastante reflexiva.
Recomendo Mathilda Savitch para você que quer um livro para refletir e anotar vários quotes no caderninho.

Quote preferido:
"Quando a gente consegue fazer as pessoas rirem, é a melhor sensação que existe, de verdade."

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Trailer de Insurgente é liberado!

Finalmente podemos assistir ao trailer da adaptação para as telonas do livro Insurgente - o segundo da trilogia. Sai correndo para assistir ao trailer e ainda não sei se gostei, quando a adaptação muitas coisas estão diferentes e nada como eu imaginava, mas no quesito ação e outras coisas, se desconsiderarmos o livro, ficou algo bem legal. Ah, e preciso comentar, porque diabos deixaram o cabelo da Shailene curto assim? Sendo que tem todo um contexto quando a Tris faz o corte, mas no trailer parece que o filme todo ela está com o cabelo assim, ficou uma coisa meio wtf.
Mas e vocês, o que acharam do trailer?!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Resenha: Mentirosos - E. Lockhart

Editora: Seguinte
Páginas: 271
Ano: 2014
ISBN 9788565765480

Os Sinclair e a felicidade e o dinheiro e a herança e nariz empinado e nunca aceite um não como resposta mas faça o que teme. Vamos brincar de Deus?

A família Sinclair é a típica família nobre, tradicional, cheia de dinheiro, cujos familiares estão sempre com o nariz em pé e um sorriso no rosto. Loiros, brancos e altos. Mas será que eles são tão perfeitos assim mesmo?! A resposta negativa você já deve ter pressuposto, e é justamente isso que move a história - que se passa, na maior parte do tempo, na ilha particular de Bechwood, lugar em que cada parte da família tem sua casa. Os familiares sempre costumam passar o verão nessa ilha, lugar em que os mentirosos - Candace, Johnny, Mirren e Gat - se encontram e passam o tempo juntos. 
A narrativa é em primeira pessoa, do ponto de vista de Candace, uma das garotas Sinclair, prima de Mirren e Johnny e apaixonada por Gat - o único "agregado" da família, de origem indiana. Tudo estava indo muito bem até que Candace fica transformada - não necessariamente em um sentido ruim, tornando-se praticamente outra pessoa, a garota perde sua "inocência" após o acidente. É esse misterioso acidente que vai te fazer devorar todas as páginas do livro, você pode imaginar tudo, mas não vai descobrir. Te peço encarecidamente para não procurar spoiler, nem se estiver morrendo de curiosidade, pois estragaria toda a história.


Como alguns de vocês já sabem, fiquei bem curiosa para fazer a leitura de Mentirosos, já que li vários elogios e também muita críticas, eu particularmente estou apaixonada pelo livro, mas entendo o ponto de vista daqueles que não gostaram. Então vamos lá...

"Meu avô é mais parecido com minha mãe do que comigo. Ele apagou a antiga vida gastando dinheiro em outra para substituí-la."

Um dos pontos-chave do livro é a simplicidade. A narrativa não possui muita descrição nem aquelas metáforas estilo John Green, acredito que isso seja um grande peso no livro e pode ter sido o motivo da crítica, mas é o grande diferencial, justamente devido a essa simplicidade, Mentirosos nos faz refletir, pensar e fazer metáforas por conta própria. Até que ponto a riqueza deve estar em primeiro lugar? Gosto bastante dessa crítica que o livro faz, a relação entre sucesso e dinheiro, felicidade e dinheiro, E. Lockhart nos mostra através de sua narrativa que essas palavras não são sinônimas, pelo contrário. 
"Se você quiser viver em lugar onde as pessoas não tenham medo de ratos, deve abrir mão de viver em palácios."

Os personagens são bem construídos, descritos não por longos parágrafos, mas por simples palavras - que nos passam muito mais a essência de cada um. Mirren é açúcar, curiosidade e chuva, por exemplo.

"Ele chorava como um homem, não como um menino. Não como se estivesse frustado ou as coisas não fossem do jeito dele, mas como se a vida fosse amarga. Como se as suas ferias não pudessem ser curadas."

Mentirosos trás a herança entre as irmãs em jogo, a reforma da cada, as ambições. Até que ponto o ser humano vai por causa de dinheiro? Até que ponto fazer o mal pelo bem funciona?!
Uma narrativa simples que te faz pensar complexamente, sendo puxado para dentro do cérebro de Candace e acreditando no que ela acredita. Será que tudo é o que parece ser?!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

[FOTOGRAFIA] Últimos meses

Hey, bookaholics, estou aqui pra mais um post sobre fotografia!! Deixei juntar bastante coisa, então as fotos aqui em baixo são um resumo de todas as fotografias que tirei  nos últimos meses, então é uma coisa bem misturada, nada combinando haha espero que gostem!!

Começando com a minha preferida <3




domingo, 7 de dezembro de 2014

Maratona Literária: #EuToDeFérias


Como vocês estão, bookaholics?!
Hoje vim contar uma novidade pra vocês: decidi participar da maratona literária #EuToDeFérias criada pelos blogs Leitora Assídua e Sacudindo as palavras.  Na maratona, você deve ler 5 livros do dia 5 a 20 de dezembro e 10 livros no mês de janeiro. Estou participando dos dois meses, mas vou anteceder alguns livros de janeiro, pois pra mim o melhor mês é dezembro.
Os livros devem conter mais de 100 páginas e ocorrerá um sorteio no final de cada mês pra quem se inscreveu a tempo. Não vou deixar foto dos livros que eu decidi ler na maratona, pois sou bem indecisa haha
Mas acredito que vá fazer uma TBR Jar para não ficar tão perdida assim! Espero conseguir acompanhar! A primeira leitura da maratona foi Panic - Lauren Oliver e você pode conferir a resenha aqui.

Resenha: Panic - Lauren Oliver

Editora: Harper Collins
Ano: 2014
Páginas: 408
ISBN: 0062014552

Para acabar com o tédio na cidade de Carp, um jogo foi criado. Seu nome? Panic. Objetivo? Desafiar as pessoas a enfrentar seus medos. O prêmio? 67 mil dólares.

Todos em Carp High devem pagar um dólar por dia, sem recusa. Apenas os senior years - estudantes do último ano do ensino médio - podem participar. Dois juízes planejam o jogo, decidem os jogos, enviam as instruções e decidem os pontos. Ninguém sabe quem eles são. Além disso, a polícia vive atrás desse jogo, mas todos sabem que Panic não vai acabar. Apesar das mortes já causadas.
A narrativa é escrita em terceira pessoa, focando nos dois protagonistas: Heather e Dodge, sendo a cada capítulo, um foco.

"The bets are in. The games is on. I'll make you a trade: A sister's leg for a brother's life."

No início, senti que me decepcionaria. Apenas Dodge tinha realmente um motivo para entrar no jogo e um objetivo forte caso ganhasse, Heather era muito fútil, mas a garota acaba passando por algumas coisas que fazem sua máscara fútil cair e mostram seu verdadeiro eu. Bishop e Natalie também são dois personagens importantes no livro - mesmo não tendo capítulos nomeados. A amizade dos quatro é muito bem retratada, com seus altos e baixos, segredos, mentiras, e aqueles momentos em que sabemos que não há mais nada a ser feito a não ser ficar em silêncio.
Os jogos - dentro do jogo maior - no início me deixaram entediada, mas tudo foi ficando cada vez mais complicado e dark, além da presença da polícia e toda a história por trás de Heather e Dodge.


Heather é uma garota que se esconde atrás de uma máscara fútil, mas no fundo é forte e se preocupa com quem ama, principalmente com Lilly, sua irmã. A mãe da garota está constantemente bêbada e nunca ligou para as duas de verdade. É em um desses clímax que a mascará de Heather vai para o ralo. A relação dela com a irmã e a mãe me deixou angustiada, principalmente depois de alguns acontecimentos. Adorei o que Bishop diz para ela certa vez, pois acredito que ele certamente definiu a garota em poucas palavras,

"You know what your problem is? You want everything to be shitty. You have a sister who loves you. Friends who love you. I love you, Heather. (...) But all you see is the crap. So you don't have to believe in anything. So you'll have an excuse to fail."

Dodge está no jogo por um sentimento de vingança, já que um dos jogadores contribuiu para que sua irmã se tornasse paraplégica. Além disso, ele é obrigado a aguentar a batida da cama na parede, quando sua mãe está com alguém em casa, e todos os homens com que ela sai. Gostei bastante do modo como a vingança é tratada, até o ponto que o protagonista pretende ir motivo por ela.

"He wasn't afraid. He just didn't care. And that was very, very different."

"Something inside Heather cracked, and in that moment she was concious that her life she had been building up walls and defenses in preparation for something like this; behing them, the pressure had been mounting, mounting. Now the dam broke, and she was flooded, drowning in rage and hate."

Apenas um defeito na história dos dois é a similaridade, a autora poderia ter trabalhado muito mais as histórias de cada um e as diferenciado.
Outro ponto forte é o romance retratado no livro, sendo mais um plano de fundo do que o foco principal. Além disso, Lauren fugiu completamente do clichê, os protagonistas não são um par amoroso.
Ao decorrer das 100 primeiras páginas você vai enrolar, enrolar e ficar entediado, mas eu digo "não desista, vire a página", não consegui parar de ler até chegar ao final.


Em resumo, é uma história muito boa, mas que poderia ter sido mais desenvolvida em relação a certos aspectos da história dos personagens, sendo parada apenas no início, mas depois funciona como uma jaula, te prende até o final. O nível de inglês é intermediário - avançado, tive que buscar apenas algumas palavras no dicionário, mas a leitura fluiu tranquilamente.

"No one had ever told her this basic fact: not everyone got to be loved. It was like those stupid bell curves they'd had to study in math class. There was the big, swollen, happy middle, a whale hump full of blissful couples and families eating around a big dining room table and laughing. And then, at the tapered ends, there were the abnormal people, the weirdos and freaks and zeros like her."

"Did you ever do something bad for a good reason?
Yes.
So what does that make us? Good, or bad?
Both, I guess. Like everybody else."



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Na minha estante #2: Unboxing black friday!

Heey bookaholics!
Finalmente consegui gravar um vídeo pro blog, decidi mostrar pra vocês o que chegou de livros comprados na black friday! Todos eles foram comprados pelo submarino, gostei bastante da eficiência no quesito transporte e dos preços, o único livro que veio com defeito foi Um dia de cada vez que só percebi depois, mas entrei em contato com o submarino e me parece que a troca será feita! E vocês, o que compraram na black friday?!
Espero que gostem do vídeo!


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Resenha: A menina submersa - Caitlín R. Kiernan

Editora: Darkside Books

Ano: 2014
Páginas: 320
ISBN: 9788566636253

A menina submersa é uma espécie de solilóquio, misturando a realidade com fantasia dark, em um mundo de sereias, lobos, fantasmas, assombrações, remédios. O livro é narrado por India Morgan Phelps, conhecida como Imp. A primeira vista, parece ser uma história voltada para o público adolescente, mas percebemos justamente o contrário. 
O livro é narrado por Imp, uma mulher esquizofrênica, que decidiu datilografar seus pensamentos e sua história. Sabemos que ela vem de uma árvore genealógica meio conturbada, com familiares que acabaram até cometendo suicídio, por não conseguir aguentar. As pessoas que sofrem desse problema psicológico tendem a confundir a realidade com o imaginário. A própria protagonista comenta que aquilo que escreve não é necessariamente factual, alguns são apenas verdadeiros. 

"(...) O que não significa dizer que cada palavra será factual. Apenas que cada palavra será verdadeira. Ou tão verdadeira quanto eu consiga."

A menina submersa foge de tudo aquilo que já possa ter sido lido, não é apenas um livro, é uma obra de arte. A narrativa não é linear, Imp cria vários ciclos, andando em círculos, ás vezes volta atrás, para e continua mais tarde, sempre evitando ao máximo possível tocar em assuntos que a perturbam demais, suas piores assombrações. Não espere por um começo, meio e fim, tudo é um emaranhado proposital de ideias, cabe ao leitor selecionar os fatos e as verdades.


O background é o romance de Imp e Abalyn, uma transexual com passado forte, o que pode ter dado a ela essa capacidade de lidar com Imp, principalmente nas crises. A transexualidade e o lesbianismo tiveram seus momentos de foco, mas não foram tratados como coisas diferentes, em nenhum momento a autora faz isso, tudo é tratado com extrema normalidade, o que me agradou bastante.

Acreditava que o livro seria repleto de fantasia, mas logo nas primeiras páginas me deparei com um sentido próprio de fantasmas e assombração - principalmente Eva Canning  (ou seriam duas Evas?) - o que me fez pensar muito. Além disso, Imp conversa consigo mesma, com Abalyn, Eva Canning, sua mãe e com o leitor - de certa forma. 






"Fantasmas são lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo dos anos e se recusando a serem apagadas pelo tempo. "


A menina submersa é cheio de citações de lendas - algumas existentes, outras não - como a floresta do suicídio, no Japão, citações de livros e músicas, a autora abusa dessas inspirações e traz como referência para o livro, o deixando ainda mais interessante.

Não diria que é uma história de terror, não irá te dar sustos ou coisa do tipo, acredito que seja pior. A menina submersa realmente mexeu comigo, é necessário ter estômago para ler.
Em um dos capítulos, vivenciamos uma crise de India em primeira pessoa - meu capítulo preferido - é a partir daí que começamos a entender melhor. Mas é necessária atenção ao ler, pois, devido a escrita, certos pontos tornam-se confusos e o final não virá com nenhuma explicação.

"Não vejo muita resolução no mundo; nascemos, vivemos e morremos, e no fim disso há somente uma confusão feia de negócios inacabados."

A escrita de Caitlín é excepcional - assim como Neil Gaiman diz na capa - sendo muito difícil ler o livro pensando que tudo aquilo é ficção, constantemente pensava que Imp era real e aquele era um livro escrito por uma pessoa real. Algumas das obras, como A menina submersa e Fecunda Ratis, citadas no livro, são apenas fictícias - feitas, na verdade, por outros autores - mas a escrita de Caitlín nos faz acreditar que são pinturas extremamente reais.

"Temos ficções necessárias, e ás vezes elas nos tecem."

A menina submersa vai entrar em sua cabeça e bagunçar tudo, te fazer refletir, pensar e acreditar no inimaginável. Um mergulho nas águas de um rio paradoxal, em que não é possível traçar de fato um limite entre o real e o imaginário.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Dicas para a Black Friday

Com a Black Friday chegando, muitos querem aproveitar para dar uma limpada na wishlist literária e adquirir outros títulos que estejam valendo a pena, tudo isso por um preço muito barato, devido ao desconto feito nesse dia! Claro que nem todos os produtos valem a pena ser comprados, então é preciso ver o custo-beneficio, o que nos leva a dica número 1:

1- Procure sempre saber os preços anteriores dos produtos.
Alguns dias antes da Black Friday - ou no dia anterior - entre no site das lojas em que você gostaria de fazer as compras e pesquise os preços, tente anota-los em algum lugar, então no dia você saberá se o produto vale a pena ou não. Tome cuidado, pois algumas lojas tiram o desconto normal do produto, aumentando o valor, e na black friday apenas voltam com o desconto, no fim das contas o preço não mudou.

2- Faça uma wishlist com uma planilha.
Tente fazer uma planilha no excel - ou com papel e caneta mesmo - com os títulos dos livros - por exemplo - que você gostaria de comprar, depois coloque o nome das lojas (ex: submarino, saraiva) com o valor de cada um e marque em verde o mais barato. Isso ajuda bastante na hora de comprar.

3- Chegue cedo!
Quanto antes você fizer suas compras, melhor! Então dê uma pesquisada anteriormente e tenha em mente quais são as suas preferências dentro da wishlist e corra direto pra ela. Muitos livros tem um mega desconto na black friday, são esses os que esgotam muito fácil! Então, para não correr o risco de esperar um século para o site carregar - devido ao excesso de usuários - e conseguir suas compras, chegue cedo! Caso você compre mais tarde, em um horário de pico, o risco de não conseguir aquele desconto ou aquele produto é bem maior!

4- Controle-se!
Não precisa dar a louca e acabar com a sua wishlist! Alguns produtos acabam sendo mais baratos em outros dias comemorativos (ex: subday), então se controlem e nada de passar do valor estipulado. Ah, isso também é importante, antes de fazer a compra, estipule um valor máximo, claro que é normal dar uma extrapolada, só tome cuidado para não passar além da conta!

5- Procure em vários sites o mesmo produto!
Ás vezes você não encontra o seu produto em um site com um desconto tão legal, então corra pra outro site confiável. É legal também ver em sites não tão disputados, mas que você já comprou e confia. 

Divirta-se! Boas compras!! :D

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Entrevista: Banda Ariella

A Ariella é uma banda nova super legal, quando recebi um recado da Thayze - uma das integrantes - divulgando a banda, fui logo ouvir e fiquei muitíssimo interessada. As meninas tentam juntar a música com os livros, além disso. O que mais me interessou foram as letras e as inspirações. A primeira música "Formas de Sabedoria" foi inspirada na África! São poucas as bandas que trazem essa profundidade para as letras e esse, para mim, é o maior diferencial da banda Ariella. Conversei com a Thayze e ela e a banda toparam em fazer uma entrevista :D
Espero que vocês gostem, assim como eu ;)

Clipe: Formas de sabedoria - Ariella


As integrantes:

Thayze Freire - tecladista
Thaís Pessoa - vocalista
Ilana Monteiro - baixista
1. Primeiramente, queria agradecer a banda por essa oportunidade e dizer que fiquei bem feliz com essa entrevista. Além disso quero parabeniza-los pela iniciativa e desejar muito sucesso! 
Como a banda Ariella surgiu e como e porque vocês escolheram esse nome?!

Thayze: Nós que ficamos felizes por ganhar um espaço aqui no Blog Vivendo no Infinito para que possamos falar um pouco do nosso trabalho. Agradecemos enormemente por essa oportunidade. =)
Nossa vocalista, Thaís Pessoa, sempre teve o Sonho de montar uma banda. A Ariella foi a concretização desse antigo sonho. Inicialmente o projeto seria criar um grupo feminino. Assim, ela entrou em contato comigo, já que eu tocava teclado, e juntas começamos a busca por integrantes. Por indicação, conhecemos nossa Baixista, Ilana Monteiro, e mais duas meninas. Após alguns ensaios e algumas mudanças, finalmente a Ariella encontrou sua melhor formação, passando a ser Mista.
A escolha do nome demorou bastante. Tentamos encontrar o nome ideal de diversas formas. Juntando as iniciais dos integrantes... não deu certo. Buscando palavras aleatórias no dicionário, como algumas bandas fizeram, depois de acharmos “Trigêmeo” / “Sapeca” (¬¬) e outras palavras bizarras desistimos do dicionário... hahaha.
Mas após muitas ideias e sugestões surgiu o nome atual, ARIELLA, é hebraico e tem conotação de Força e Sabedoria. Também significa “Leão Divino”. Concordamos que combinava com a banda e por ser um nome feminino também nos remete a todo nosso processo de formação.


2. A música "Formas de sabedoria" fala sobre a África, e na letra percebi que é uma espécie de crítica e se aprofundou bastante no período da escravidão, gostei bastante da maneira com que vocês trataram essa questão. Muitas pessoas tem "preconceito" com a África, tendo uma visão muito particularizada que nos é passada desde a infância. O que vocês acham disso e o que tem a dizer para essas pessoas?


Thaís: A música aborda justamente essa crítica. Nós crescemos e associamos o continente africano apenas sob a vertente da escravidão. Não somos ensinados que é um continente rico em cultura e sabedoria e que sua História não se remete apenas a esse ponto. A escravidão não pode ser encarada como o único marco de um continente. Vale lembrar que os africanos também exerciam tal prática, mas por sobrevivência e por achar que o “outro” desconhecido é o “estranho” e, por isso, merecedor de ser escravizado. Inspiramos essa letra no movimento negro que busca retomar uma identidade afrodescendente de uma “Mãe África”, diminuindo o preconceito e reconhecendo a cultura esquecida de um povo. Esta é a mensagem que queremos passar, que existem várias formas de sabedoria e essas formas devem ser respeitadas.

3. Soube que vocês escrevem algumas letras baseadas em livros, então, como leitores assíduos, qual é o livro preferido de cada um de vocês?

Thayze: Em um dia resolvi juntar minhas duas paixões: Livros e Música... foi aí que começaram a surgir as letras. E nada como uma música sobre um livro especial para curar uma DPL, né?! hahahaha
Sinceramente não consigo eleger só uma obra. Até se me perguntassem qual meu livro preferido dos que li nesse ano teria dificuldade em responder. Mas existem alguns que de certa forma me marcaram, como o primeiro que li (As Brumas de Avalon), a série que me fez apaixonada pela leitura (Harry Potter), o que não me canso de ler (Orgulho e Preconceito), os que leio só por causa da autora e nunca me arrependo (os da Richelle Mead)... Mas essa seria uma lista gigantesca, sempre acho injusto citar um e não outro...rs.
Thaís: Sempre gostei de ler e desde criança era incentivada por minha avó. Como venho de uma família de professores o hábito de ler sempre foi constante e como a casa dos meus avós possuía uma mini biblioteca, toda vez que alguma capa me interessava eu retirava para ler rs. Minha autora preferida da infância é a Laura Ingalls.
Hoje, com tantas responsabilidades, confesso que deixei a leitura um pouco de lado me dedicando apenas a leitura acadêmica. Mas, agora estou sendo extremamente influenciada pela Thayze que me indica diversos livros. Já estou viciada na autora Jeaniene Frost e que, inclusive, já temos uma música composta pela Thayze que fala sobre um de seus livros, o nome é Antigo Preconceito que será lançada em 2015!
Ilana: Confesso que não sou leitora tão assídua rsrsrs, mas, pensando agora, dois livros marcantes pra mim: Ensaio Sobre a Cegueira, do José Saramago e O Perfume, de Patrick Süskind.


4. É possível perceber que cada um de vocês é apaixonado pela música. Acredito que ela esteja em uma parte de cada um. Como vocês conheceram a música e como ela conquistou vocês?


Thayze: Meu primeiro contato com a música foi ainda muito cedo quando minha mãe me ensinou a tocar violão. Já quando fiz 15 anos ganhei um teclado e sim, foi amor à primeira vista. Tenho o costume de, ao pegar um livro pra ler, escolher uma música pra ele, para que me recorde da história sempre que ouvi-la. Só que as vezes não encontro a música perfeita. Por isso pensei: - Já que não tem, irei cria-la! hahaha.

Ilana: Na adolescência comecei a gostar de rock e decidi aprender a tocar baixo. Quando fiz 17 anos, com o incentivo do meu pai, entrei na escola de música e ganhei meu primeiro baixo (pensei em tocar bateria antes, mas desisti hehhe). Desde então passei por várias bandas de diferentes estilos: rock, mpb, metal/hard rock, rock alternativo; e hoje, além da Ariella, participo de um Bloco de carnaval formado só por mulheres. =)

Thaís: Aos 9 anos tive meu primeiro contato com a música quando decidi aprender a tocar teclado. Pouco tempo depois ganhei um violão, que se tornou minha paixão. Comecei a aprender a tocá-lo e a compor. Costumo transmitir minhas experiências para as letras. Durante 5 anos também participei de um grupo de dança. :P


5. Em uma banda, principalmente quando também há composição, é necessário ter um repertório bem abrangente e muitas inspirações, certo?! Qual é a maior inspiração de vocês no meio da música? Em que estilos musicais a banda é inspirada?


Ilana: Eu sou super fã de Red Hot Chili Peppers... curto rock, metal, mpb, um pouco de jazz e funk (como a maioria dos baixistas =]). A influência musical da Thaís vai de bandas clássicas, como Beatles, Whitesnake e Kiss, a atuais, como Paramore, 30 seconds to Mars e Halestorm. Já a Thayze curte Power Metal e Metal Sinfônico (para a infelicidade de nossa vocalista..rs). E também ama música Clássica.
A Ariella tem como influência: Paramore, Muse, Halestorm, Nickelback, Pitty, Flyleaf...
E também tocamos algumas músicas dessas bandas!!


6. Muito obrigada pela entrevista e, mais uma vez, muito sucesso pra vocês! Que mais pessoas possam conhecer o trabalho da banda Ariella!

Nós que novamente agradecemos o convite e o espaço. =)
Aproveitamos também para agradecer a todas as pessoas que vêm nos acompanhando e torcendo para o nosso sucesso. Sem o carinho de todos vocês tudo seria mais difícil.
Em breve estaremos lançando nossa nova música, Algo Bom. Sua letra fala de todos os medos interiores que precisam de libertação.
Quem quiser entrar contado e saber mais sobre a banda nos encontrarão nas redes sociais. Também podem nos acompanhar pelo nosso site.


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sábado, 22 de novembro de 2014

Especial: Skins

Como vocês estão, bookaholics?! Hoje vim apresentar uma série pra quem ainda não conhece: Skins!
A série conta a história de um grupo de adolescentes, com cada episódio focado em um deles, mas englobando todos os outros. Vocês lendo isso talvez pensem "nossa, mais uma série de adolescente? clichê! chato" mas esqueça tudo isso, porque Skins não é uma série de adolescentes qualquer. Você vai morrer de rir, vai criar rios de lágrimas no chão do seu quarto e também vai querer entrar na tela - ou pra socar alguém, abraçar ou mudar alguma situação. Muitos tabus são tratados nessa série, então não é simplesmente uma coisa engraçada sempre, tem vários momentos mais fortes, principalmente na segunda geração - pelo que muitos comentam.
Como assim segunda geração?! Bom, a série possui 7 temporadas, sendo as duas primeiras a primeira geração, e assim sucessivamente, sendo que de uma geração para outra, os personagens mudam, mas pode acontecer de alguém permanecer. A sétima temporada é uma espécie de mix das gerações, mostrando um pouco da vida de alguns personagens depois de tudo.
Terminei de assistir a primeira geração esses dias, nem preciso dizer que eu chorei, né?! haha! Como gostei bastante - na verdade acho que estou apaixonada por essa série - vim aqui contar pra vocês o que achei de alguns personagens da primeira geração, então vamos lá..

Cassie:

oh, wow...
Muitos não gostam da Cassie e acham ela extremamente irritante, confesso que me encaixava nesse grupo, ela sempre me irritou constantemente, mas nos últimos episódios tive uma outra visão da personagem. A garota do "Don´t eat" mostrou mais da sua personalidade. 



A questão é que a Cassie não é só aquela menina que não come para ficar magra e bonita. Cassie é meio ingênua, mas ao mesmo tempo foi obrigada a não ser, acho que é essa a beleza dela, principalmente nos últimos episódios, com os questionamentos que ela faz.




Chris:
Fuck it!!

Quantas vezes já não chorei com ele? quantas vezes não chorei de rir? Um dos personagens mais engraçados da série, e ao mesmo tempo com um segredo bem tenso que só vamos descobrir nos últimos episódios.. Adoro a personalidade dele e como lidou com toda a situação da vida, mas as coisas podem começar a dar errado de novo, e ele não vai ceder tão cedo.. Ah, e o romance dele com a Jal, meu coração </3


Jal:

Jal é a menina certinha do grupo - ou era - que vai a concertos fazer audições e tocar sua música. Porém, ela anda com o grupo e acaba indo a festas e encontrando o "mal caminho" hahaha. Mas isso nunca mudou quem ela foi, sabe? A Jal justamente mostra que você pode continuar focando naquilo que gosta e ainda assim curtir a vida, que é uma coisa que sempre vou levar comigo! No início não gostava muito dela, mas a Jal foi me conquistando aos poucos... 

Michelle:

Não diria que tenho um personagem preferido na primeira geração, mas talvez a Michelle seja a que menos gostei, acredito que poderiam ter trabalhado muito mais a personagem dela, mas senti que tudo relacionado a ela era relacionado ao Tony e o relacionamento dos dois. Parecia que ela era apenas um enfeite, usado como complemento pro personagem do Tony. Por isso gostei mais da segunda temporada, quando a personagem dela foi mais trabalhada - não tanto quanto eu gostaria, mas bem mais que na primeira temporada.

Tony:

Quem não gosta do Tony?! Posso dizer que odiava o jeito dele, egoísta, manipulador, o típico canalha, mas aí percebemos o que tem por trás disso e como ele é de verdade. A amizade dele com o Sid nos mostra bastante esse Tony sem mascaras. Quando você acostuma com o jeito do Tony e ama o personagem, coisas acontecem e nossa... (não posso contar mais porque seria spoiler, assistam e descubram!) enfim, partiu meu coração ao meio!


Sid:

 Sabe aquele babaca que você não tem como gostar? É o Sid! O virgem - aliás, tudo começa com esse fator! haha. Na verdade, ele não é nada babaca. Amo o jeito como ele se importa e se preocupa de verdade com os outros, apesar das várias burradas que ele faz. Gosto bastante do Sid, mas Não tem muito o que dizer sem dar spoilers :/



Effy:

Deixei a Effy por último de propósito! Na primeira geração ela não aparece muito, é a irmã certinha de dia e se transforma a noite, o Tony - seu irmão - sempre a acoberta. Enfim, o fato é que a garota não tem tanto destaque na primeira geração. Então se você for assistir pensando que a Kaya vai dar um show, não desista! Espere até a segunda geração!! 









segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Resenha: Essa garota - Colleen Hoover

Editora: Galera
Páginas: 336
Ano: 2014
ISBN: 9788501047762
"O último volume da série Slammed continua e revisita a história de Will e Layken, cujo amor venceu os mais árduos obstáculos: proibições, impedimentos, ciúme, tragédia. Mas, depois de tudo isso, os dois, agora casados, começam a se sentir seguros do incrível sentimento que os une. Quando em sua lua de mel, Lake quer saber tudo sobre o marido, Will, reticente, desembaraça os nós da própria história. Revisitamos os bons e maus momentos. E aprendemos alguns fatos chocantes... O futuro de Will e Lake agora depende de como os dois lidarão com essas revelações..."

O livro Essa garota é narrado na perspectiva de Will, alternado entre momentos da lua de mel e flashbacks do passado desse protagonista. Nele, conferimos algumas cenas novas de Métrica e outras antigas, mas sob outro ponto de vista. É muito prazeroso para os fãs da trilogia descobrirem um pouco mais sobre o que Will pensava sobre Layken, e tudo começa quando Lake pede para saber mais sobre o garoto.
Quando pesquisei sobre o livro, descobri que falaria bastante sobre segredos do passado de Will, coisas mais fortes que poderia mexer com o relacionamento dos dois, além do motivo para o casamento precoce, mas isso não foi muito mostrado no fim das contas, o que me decepcionou bastante.


spoiler: não queria contar spoiler, mas preciso comentar essas duas coisas que me deixaram bem irritada:
O casal briga, na lua de mel, após Will ter contado que Eddie e Gavin fizeram-o ter um encontro com outra garota, mesmo que ele não tenha gostado, já que Lake era a garota dele. Porém, quando Will conta que já sabia sobre a doença da mãe de Lake, a garota simplesmente faz um comentário, mas tudo continua as mil maravilhas. A pergunta é: qual é o nexo disso?
Tirando esses pontos negativos, a leitura me agradou bastante, não contém o prometido, mas ainda assim me fez reviver alguns momentos e conhecer um pouco mais de Will, Slammed me iniciou para esse tipo de romance. Obrigada, Colleen Hoover.
A leitura é leve e fluída, tanto que li o livro em um dia (a beira do mar - morram de inveja hahaha). Resumidamente, Essa garota é um livro para relembrar junto com o casal toda a história deles, uma espécie de revival e uma despedida para a trilogia Slammed com direito a cenas da lua de mel. Acredito que tenha sido um desfecho bem colocado. Me deixou com gostinho de um spin-off do Will, com a história dele antes de conhecer Lake.


Algumas citações:

"Não lembro de me sentir assim desde… nunca. Isso é novo. Assustador, emocionante, desesperador. Calmante. Cada emoção que já senti misturada com um desejo intenso de agarrar e segurá-la e nunca mais soltar."

"Então essa garota destroça completamente a janela da minha alma e rasteja para dentro dela."


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Coluna da Dani

Quinta-feira chegou, e cá estou com mais um textinho! Espero que gostem! Vamos se molhar?

Às vezes nossa forma de viver e agir com o mundo contraria nossos próprios anseios, nossos sonhos, a felicidade. Qual foi a última vez que você parou por um instante e se perguntou: afinal, o que eu quero pra mim? O que me faz feliz? Quais são os meus sonhos? E principalmente, estou correndo atrás deles, ou simplesmente os deixando passar?
Convenhamos, parece meio clichê, mas muita gente foge da resposta, ou simplesmente prefere acreditar que está trilhando o caminho que surgiu a sua frente.
Mas olhe bem, nem sempre o mais próximo é o que te trará felicidade, é o que você realmente quer. Sempre existem outras opções, mas nem por isso são fáceis, e portanto as pessoas preferem nem tentar,e logo desistir.
Já reparou quantas vezes pedimos pela chuva, e quando ela finalmente vem, a observamos da janela, ou nos limitamos unicamente a ouvir seu barulho? Mas espera aí, como assim? Foi o que você pediu! A chuva! Corra, vá se molhar! Sinta cada gota sobre o seu corpo, viva essa felicidade, viva o seu desejo, se encharque, e volte no fim do dia com um sorriso no rosto (e talvez um resfriado), mas faça! Let’s do it!
Sabe, nunca é tarde demais pra mudar suas escolhas, só lhe falta coragem!

E aquelas suas metas que você fez no início do ano, como andam? Já estamos em Novembro, mas ainda há tempo! Se inscreva naquele curso de teatro, comece suas aulas de violão, tire sua habilitação! Não deixe suas vontades guardadinhas em um diário com cadeado, a vida passa lá fora... Ainda há tempo, tempo pra mudar, recomeçar, e se pediu a chuva, venha, vamos lá se molhar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Resenha: Se arrependimento matasse - Alma Cervantes

Editora: Novo século
Páginas: 240
ISBN: 9788576799955
Ano: 2014
"Alex, Alice e Rebeca são grandes amigos e decidem se reencontrar depois de alguns anos sem se verem. O lugar escolhido é o hotel dos pais de Alex, mas o que parecia uma viagem especial, repleta de conversas agradáveis e descontraídas com os outros hóspedes durante o jantar se transforma, em seguida, num pesadelo. Quando os três se preparam para dormir, ouvem batidas desesperadas à porta e seguem ao salão, onde logo descobrem que o cozinheiro fora assassinado. Com a comoção, somada à dificuldade de fuga devido à tempestade e névoa lá fora, a confusão logo se instala no hotel, além de um desagradável clima de suspeita entre os hóspedes. "

O livro se trata de um suspense bem construído, daqueles em que você acaba tornando-se o próprio detetive. É o tipo de suspense que te prende e te faz pensar e raciocinar para juntar as peças do quebra-cabeça.
A narrativa é bem construída e não possui gralha alguma, o andamento é fluído, mas depende bastante do seu humor para esse tipo de livro, ás vezes pode se tornar cansativo. Não encontrei nenhuma falha na hora de ligar os pontos – o que me decepcionou, já que o desfecho era bem previsível. Sou daquelas que pensa “acho que fulano é o assassino, mas seria muito obvio, então o assassino é outro fulano”, mas geralmente fico surpresa com o final. Nesse livro, não, o desfecho passou pela minha cabeça várias vezes. Acredito que tenha sido minha maior decepção em relação a narrativa.
Os personagens são bem trabalhados, principalmente Alex, Alice e Rebeca. Além disso, vi algumas semelhanças do autor com o Alice, foi uma coisa que gostei bastante, a arte imitando a vida. O único personagem que poderia ser trabalhado mais é a Frederica, quando a conheci pensei que ela seria muito mais explorada do que realmente foi.


O livro é muito bom para descobrir junto com ele, se você é daqueles que gosta de ser o detetive, juntar cada detalhe e ir descobrindo, pensando junto com a narrativa, Se arrependimento matasse é feito pra você! Mas se você gosta de ser surpreendido, bom, leia também, afinal, o livro é bom – principalmente para um autor novo – mas não espere uma surpresa. 
Agradeço muito a oportunidade de receber esse livro para resenhar e gostaria de desejar muito sucesso a Alma Cervantes e dar os parabéns pela obra. Parabéns também pelas conexões muito bem feitas, a maioria dos suspenses que já li sempre tem um furo ali no meio, diferentemente desse.


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Algumas das minhas citações preferidas...


Não sei se sou só eu que tenho essa mania meio desorganizada de marcar minhas citações preferidas. Um dia decidi que iria marcar tudo em um caderninho, funcionou, até eu viciar em post-is. Mas ás vezes estou lendo e não tem nada pra marcar, como eu odeio grifar livro, rasgo uma folha do caderno e vou deixando pedaços de papel ao longo do livro - o problema é que eu esqueço de trocar pelo post-it depois haha. Quero pegar um dia nas férias só pra organizar meu caderninho com as que eu gosto mais, e deixar com post-it aquelas que eu amo mas não em um nível sofrível de amor hahaha.
Decidi fazer esse post, então, com algumas das minhas citações preferidas - juro que vou tentar variar os livros! Daqui algumas leituras eu faço mais um post como esse ;)
Aaaah, quem sabe eu não faço uma versão séries/filmes?! Aliás, tem um post no blog em que fiz um top 3 de citações de séries, confere se quiser ;)
Vamos aos quotes...

"Descobri que, ás vezes, momentos marcam nosso corpo. Eles estão ali, alojados sob a pele como sementes pintadas de surpresa, tristeza ou medo. E se você virar para um lado ou cair, uma delas pode se soltar. Pode se dissolver no sangue ou fazer surgir uma árvore inteira. ás vezes, quando uma se solta, todas começam a soltar."

"Nirvana significa liberdade. Liberdade do sofrimento. Acho que algumas pessoas diriam que a morte é exatamente isso. Então, parabéns por estar livre, acho. O resto de nós ainda está aqui, agarrado ao caos."


“Não existe cura mágica, nem como fazer tudo desaparecer para sempre. Existem apenas pequenos passos adiante; um dia mais fácil, uma risada inesperada… Estou descongelando.”

“Nós todos fomos feridos. E vamos continuar com essas feridas por muito tempo. E nós, mais que qualquer um, iremos procurar uma nova realidade todos os dias.
Uma realidade melhor.”

"Layken! - grita ele, quando estou prestes a entrar em casa (...) - que a força esteja com você! - ele ri e entra no carro enquanto eu fico parada, olhando para as pantufas do Darth Vader que ainda estão nos meus pés."

"Você não pode ficar com raiva de um final realista, alguns são horrorosos mesmo. São os finais felizes que deviam irritar você."

"Acredito nos atos simples de bravura, na coragem que leva uma pessoa a se levantar em defesa da outra."

"A gente acha que abraçar uma pessoa com força vai trazê-la mais para perto. Pensamos que, se abraçarmos com muita força, vamos senti-la incorporada em nós, quando estivermos longe.."


Vocês devem estar se perguntando: "mas e o nome dos livros?" eis a novidade desse tipo de post, não vou contar nadinha! haha Caso queiram podem me perguntar nos comentários de qual livro é o quote que responderei com muito prazer! E e vocês gostarem de algum corram procurar mais sobre o livro, aí quem sabe ele não vai parar na estante de vocês?! Espero que tenham gostado e até a próxima postagem!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Claustrofobia


Acordou em puro êxtase. Não sabia em que lugar estava até ter a visão completamente focada. Viu, então, as folhagens que a cercavam, junto com as árvores que pareciam ser grades de uma grande prisão. Com a cabeça quase explodindo, caiu de joelhos no terreno úmido. Não conseguia entender nada, eram muitas vozes de uma só vez. Olhava para os lados em busca de alguém, mas nem vultos foram vistos. De quem seriam aquelas vozes? Um turbilhão de palavras das quais não conseguia absorver nenhuma frase concreta, apenas palavras que sozinhas não faziam nenhum nexo. Um grito agudo seguido de risadas incontroláveis. A consciência se calou. É disso que chamam os humanos, certo? Uma força descomunal levou a garota floresta adentro. Não sabia o que estava fazendo, nem pra onde estava sendo levada. Escondeu-se atrás de uma árvore quase automaticamente ao ver, finalmente, um único vulto que passava rapidamente por ali. Seguiu o sentido contrario de seus passos e gritou por socorro. Todo o fôlego que restava foi usado. Ninguém a viu. As lágrimas caiam dos olhos da garota enquanto as pernas voltavam a guia-la. Só queria saber o que estava acontecendo e se livrar daquilo de uma vez. Tentou correr contra a correnteza, mas foi arremessada contra uma árvore. Soltou o peso do corpo e caiu no chão, a soluçar. Tentou gritar mais uma vez, mas nada saiu de sua garganta, como naqueles pesadelos em que nada é possível fazer quando algo horrível acontece. Só podia ser um pesadelo. Sabia que fracassaria, mas ainda assim beliscou o braço, nada aconteceu. Continuava no mesmo lugar. Promessa. Promessa. Promessa. Promessas devem ser cumpridas, não?! Desesperada, saiu em corrida novamente, mas acabou tropeçando e ficou estatelada no mesmo lugar. Exatamente no mesmo lugar em que acordou. O vestido, antes branco, agora estava sujo de terra e com alguns rasgos. As mãos sujas, os joelhos ralados, mas não havia sangue. De repente, sentiu-se fraca. Fraca demais para resistir. Levantou-se, secou as lágrimas e caminhou como se fosse uma corrida para algo a que almejava. Determinada, seguia pelo caminho de pedras. Um desenho em uma árvore chamou sua atenção, algo como um círculo com pontas. Um sorriso saiu automaticamente de seu rosto. Sentiu-se em casa. Sentiu-se destinada. Logo estava no ponto inicial novamente. Dessa vez não chorou, pediu apenas para que as vozes voltassem, elas a acalmavam, embora nenhuma palavra fizesse sentido. A sua única necessidade era buscar aquela grande árvore, encontrar aquele desenho. Então correu com toda a rapidez que podia e parou de sentir o chão. Mas não conseguia ir além. Seguiu o seu destino novamente. Caminhou em direção ao lugar que suas pernas ordenavam. Acordou em puro êxtase.
Beatriz Nogueira.
Happy hallowen!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Coluna da Dani

Hoje é quinta e olhem só quem reapareceu: eu, yeeey! Hoje trouxe um textinho, sem título mesmo, naqueles momentos em que bate uma inspiração sem sentido, ou com todo ele. E é isso. Até a próxima coluna!

Não sei definir ao certo o ponto em que se deu início. A verdade é que sempre fui uma manteiga derretida, mole demais, carregando esse coração sensível. Só que dei tempo ao tempo, e imagino que encontrei uma forma de me proteger do mundo, para que as coisas não sejam tão cruéis quanto realmente são.  Só não compararia a uma máscara, porque esta não é suficiente. Cobre o rosto, mas o resto do corpo continua ali, a ser atingido a qualquer momento, esperando que sua hora chegue.
Eis então que conheci a armadura, me revestindo por completa. Mas se engana quem pensa que ela é a prova de balas. Porque a bala de qualquer forma veio em sua direção, pode não ter atingido a primeira camada, a da superficialidade, mas pode mexer com sua emoção.
E é assim que vou levando, sabe como? Todo o dia ao levantar visto minha armadura que representa uma força que eu não tenho para as pessoas, para o mundo. Leva um bom tempo até perceberem o que tem por de trás.  Talvez eu nem represente tão bem os meus sentimentos, pareça seca, grossa, e ao mesmo tempo independente, no sentido de levar a vida, rindo de tudo, como se ela estivesse maravilhosa. Não sei se já leu isso alguma vez, mas, desconfie de quem ri demais. Essa pessoa é triste; Pode estar incomodada, ou simplesmente, escondendo a maior dor do mundo dentro de si. O coração mole ainda está lá. Portanto, se você conhece alguém assim, ajude. Enxergue o por trás. Dê um simples abraço e suas palavras de conforto. Acredite, um “vai ficar tudo bem” pode arrancar lágrimas, seja de alívio, ou da descoberta que alguém conseguiu finalmente olhar dentro dos seus olhos, bem lá no fundo. Os olhos dizem muito pelas pessoas, talvez tudo. Os meus nesse momento revelam um enorme vazio. Repare mais. Preencha o de alguém enquanto é tempo.

sábado, 25 de outubro de 2014

Bookaholics!

Heey, bookaholics que vivem no infinito!
Peço miiil desculpas por esse tempo todo sem postar! Pra variar, estou em época de provas e como não tinha mais nenhum post feito no rascunho, não consegui fazer mais nenhum com calma e direitinho. Mas logo, logo as coisas voltarão ao normal, prometo! E em novembro compenso todas as postagens atrasadas com uma semana cheia de posts, será que vocês me perdoam? haha
Vou fazer de tudo pra postar pelo menos uma resenha essa semana, li vários livros legais e as resenhas estão mega atrasadas (não me matem!!).
Logo mais, tem resenha de Se arrependimento matasse, um livro em parceria com Alma Cervantes. Além dele, quero resenhar Jogos vorazes (siiiim, eu finalmente li!) e Capitães da Areia.
Outra coisa, no dia 31, Halloween, vai ter post especial no blog!! :D
Aaaah, e uma entrevista com uma banda supeeer legal que tem algumas letras baseadas em livros!
Então, fiquem esperando que logo mais tem post novo! Desculpa mesmo e muito obrigada a vocês leitores que, apesar da parada básica, continuam comigo! <3

domingo, 19 de outubro de 2014

[PLAYLIST] As vantagens de ser invisível

Heeey bookaholics!! Acho que o nome do post já diz do que se trata, né?! Só vou fazer um pequeno parenteses. Farei uma playlist para alguns livros, não tem dia marcado, vai ser mais quando me der na telha mesmo haha. Enfim, a playlist pode ser algo que eu escutei e achei que tem muuito a ver com o livro, então fiquem a vontade para ler escutando. Oou, como nesse caso, pode ser uma playlist com algumas músicas que foram citadas no livro, podem ficar a vontade para ler o livro escutando as músicas, também. O livro escolhido foi  As vantagens de ser invisível.