sábado, 26 de dezembro de 2015

Então é natal...

Poxa, como o ano passou rápido, não?! Vou deixar essa parte para o post de ano novo, mas precisava citar isso aqui. Só eu nunca sei o que desejar no natal? Quando começo a falar, parece que é o aniversário de alguém. Mas desejo muita alegria e amor ao redor. Feliz natal!
Aqui fica uma homenagem singela ao natal. Um texto que escrevi sobre essa época natalina :D


Fibras de gelo.
Um dia sonhei com um castelo feito de gelo. No outro dia, sonhei com o mesmo castelo, mas ele era feito de pessoas. Pessoas que seguravam umas as outras e, de mãos entrelaçadas, conseguiam formar aquele monumento. Pensei, então, que na verdade o gelo era feito de pessoas e as pessoas eram feitas de gelo. Porque cada uma delas poderia ser quebrada a qualquer momento. Bastaria um laço se romper. Duas mãos que não gostavam mais de ficar juntas formaria uma rachadura que poderia fazer com que tudo desabasse.
É noite de natal e não está nevando. O gelo é apenas aquele que acompanham as taças de champanhe e vinho. Mas as pessoas estão aqui. Todas elas. Não permaneço em uma casa só. No fim das contas, descubro quem sou. Sou o vento. Sou a ventania. E caminho pelas ruas e observo as janelas de todas as moradias e vejo grande parte das pessoas de mãos dadas. As vejo dando abraços e desejando um feliz natal.
E então, voo. Voo para bem longe. Um longe mais perto do que parece. E encontro aquele com que tanto sonhei. Avisto um castelo de gelo. Feliz natal.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A nova rede social: Dreampper

Já pensou em uma rede social que junta tudo que você gosta?! Passeou com a família, conheceu algum lugar novo, tirou uma foto legal... Por que não registrar o momento?! Mas não é só isso. Você gosta de assistir a séries e filmes? Nessa rede você pode compartilhar seus gostos e conhecer pessoas que estão assistindo a mesma série/filme que você.  Além disso, é possível acompanhar não só as notícias sobre os seriados, mas também sobre games! Tem espaço pra você que é gamer, também! E por fim, um espaço dedicado a nós, leitores. Nessa rede será possível publicar o seu livro online e ler o de outros autores. Que oportunidade incrível para encontrar novos talentos, não?! Você pode ter até ouvido falar de alguma rede social que te permite fazer alguma dessas funções, mas essa é diferente. Com a Dreampper, você pode ter tudo em apenas um local! 
Estou bastante ansiosa para o lançamento dela, ainda não possui uma data, mas espero que em breve. Achei a proposta bem interessante e será algo bastante útil para o dia a dia, com certeza. Por enquanto, a Dreampper está em fase de testes, mas há uma novidade: você pode fazer parte do time de betas!!
Para se inscrever, basta clicar aqui e preencher o formulário. No site também é possível navegar e conhecer um pouco mais o que essa nova rede social propõe. Os testes começam em fevereiro, quem sabe você não é escolhido?!
Por enquanto, o que nos resta é esperar! 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Meu primeiro conto no Wattpad!

Como alguns de vocês sabem, publiquei um conto na amazon para participar de um concurso cultural chamado Brasil em prosa! O conto era exclusivo do site por três meses, por isso, só poderia ler quem o adquirisse. Mas, como o tempo passou, pensei: por que não publicá-lo no wattpad?! E foi o que eu fiz! Agora, você pode ler O canto da floresta clicando aqui. Vou deixar aqui em baixo a capa nova e a sinopse pra vocês! Estou muito feliz de ter esse conto pronto. Recentemente, também terminei o meu primeiro livro. O coração fica apertado, mas cheio de felicidade! Um dos meus sonhos é publicar um livro, então quem sabe esse não é o começo?!
Espero que gostem!

O canto da floresta





Duas garotas. Um dom. Uma maldição. Ela canta para espantar os males que insistem em assombrar sua memória. Nem todo mundo pode ser salvo do seu próprio destino.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

[FILME] 6 years

Nesse filme somos apresentados a um casal que namora há seis anos. Muito tempo, não é?! Tempo o suficiente para que tenham feito muitos planos de um futuro juntos. Mel e Dan parecem ser o casal perfeito. Aquele típico casal de filme idealizado. Os personagens secundários são os típicos vilões, mas estão lá mais pra figuração, já que o foco é mesmo nos protagonistas. Mas nem tudo é como parece ser, até mesmo nos filmes. Quando Dan arruma um emprego que sempre sonhou em Nova York e depois de alguns acontecimentos complicados, a relação vai por água a baixo.
Muitos não gostaram do filme. Ele, de fato, não tem nenhuma mensagem explicita, mas se você olhar bem, ela está lá. As atitudes de ambos são muitas vezes infantis, imaturas. Os dois estão juntos desde o ensino fundamental, então é difícil não ter mais aquela pessoa ali. Quando Mel descobre sobre o emprego, ela surta. Mas eu a entendo. O filme mostra uma situação real, com traições e quebras de um futuro planejado. Ela deveria ficar feliz pelo namorado, mas simplesmente não conseguia porque o que iria fazer sem ele, sabe. Essa afirmação parece não ter sentido algum pra quem está vendo de fora, mas ali no meio as coisas são diferentes.
Resumindo, não é um filmes ótimo, mas é bom para mostrar que até mesmo os relacionamentos perfeitos são imperfeitos e que você deve deixar uma pessoa ir quando for a hora. Porque as vezes não amamos mais o outro e sim não queremos ficar sozinhos. Mas as vezes é necessário mudar os rumos da narrativa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Resenha: Trono de Vidro - Sarah J. Mass

paticipação especial: crystal <3

Editora: Galera Record
Ano: 2013
ISBN: 9788501401380
Páginas: 392
Nota: 3.5/5

Quais são os poderes e segredos por trás das espadas de uma assassina?

Celaena Sardothien é mais conhecida como a Assasina de Ardalan. Após ser capturada e jogada nas minas para trabalhar como escrava, ela é liberada a mandados do príncipe herdeiro. Haverá uma competição que poderá ter como consequência a tão sonhada liberdade. O rei precisa de um lacaio, um assassino que faça seus serviços. Serão quatro anos de servidão e então, a liberdade. Mas não será tão fácil assim. Haverá uma competição entre vários criminosos, Celaena está entre entres. E está determinada a vencer.

"Sim, ela iria - para o Forte da Fenda ou qualquer lugar, até atravessaria os portais de Wyrd a caminho do próprio inferno, se isso significasse liberdade."

Treinada por Chaol, capitão da guarda, e apoiada por Dorian, o príncipe, ela encontrará muitos obstáculos no caminho e deverá desviar de cada um deles caso queira, de fato, alcançar seu objetivo. Mas dizer quem ela realmente é seria muito arriscado, então, a mandado do rei, ela passa a ser outra pessoa e acolhe seu alter-ego. Agora, a assassina passa a ser uma ladra de joias e atende pelo nome de Lillian. Porém, outras coisas acontecerão. Ela passa a ter uma amiga, Nehemia, mas a desconfiança pode surgir. Será confirmada? Quem está realmente ao lado dela? Ela vai vencer? Existe magia? Algumas respostas são previsíveis, outras, nem tanto.

"Bibliotecas estavam cheias de ideias. Talvez as mais perigosas e poderosas armas."

Esse é um livro que me deixou com um sentimento um tanto quanto bipolar, digamos assim. Devido a ressaca literária maldita, demorei bastante tempo pra ler. Muito mesmo. Então a leitura foi um tanto quanto arrastada, e isso prejudicou um tanto. O fator do romance também foi um tanto quanto broxante. Na sinopse da a entender que a protagonista não ligará para romances, ela está ali por ela, pela sua individualidade. Ela não é uma cinderela. Errado. Há um triangulo amoroso. Mais um? Sim, mais um. Por mais que eu tenha torcido para um dos casais - para o que não da certo, como sempre - achei que teria sido melhor caso esse triângulo não tivesse sido tão focado. Poderia estar ali, mas sem tanto enfoque.

"Celaena se movia rapidamente, como uma dançarina em um ritual, como uma serpente do deserto Vermelho, como a água que desce a encosta de uma montanha."

O ponto forte do livro, porém, conseguiu fazer com que a balança se equilibrasse. Eu amo a protagonista, ela é totalmente ácida, cheia de humor e completamente sarcástica. Forte, mas ao mesmo tempo esconde segredos e lembranças doídas no fundo da alma. Ela é pesada e leve ao mesmo tempo. E sofre. E esconde. E sorri. E xinga. E é humana. E mais, ela é uma assassina!
As reviravoltas também são maravilhosas - embora algumas previsíveis - e tudo faz sentido. A autora conseguiu criar uma história e fechar um dos ciclos. O primeiro livro cumpriu exatamente o que deveria para o início de uma trilogia.

"- Cada um faz o que pode para sobreviver."

Em resumo, Trono de Vidro é um livro equilibrado. Os pontos positivos compensam os negativos e vice e versa. Esperava mais, mas ao mesmo tempo não deixou tanto a desejar. O final te deixa curioso para começar o próximo livro - que dizem ser o melhor. Recomendo sim a leitura, mas não vão com tanta sede ao pote. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ressaca literária


Quem nunca passou por uma ressaca literária? Costumo dizer que essa é uma "doença" generalizada com algumas especificidades. Isso é, a ressaca pode acontecer após o término da leitura de um livro muito ruim ou muito bom - daqueles que mexe com você, bagunça sua cabeça e te faz ver tudo de um jeito diferente. Mas ela também pode vir a tona depois da leitura de vários livros - como em uma maratona - ou apenas um inofensivo. Independente da origem, o principal sintoma é o mesmo: falta de foco, o paciente não consegue terminar nenhum livro - ou leva semanas pra isso, não consegue gostar de quase nada, fica impaciente e acaba querendo jogar tudo pro alto. A indecisão vem junto, claro. O paciente precisa encontrar a cura para a ressaca, afinal, ele está de férias e finalmente pode ler o que quiser, então ele se coloca em frente a estante e vai escolher um livro.
ERROR 303: O paciente não consegue se decidir. Indecisão detectada.
E então, o leitor cria uma lista e pede para que os amigos escolham. Eles escolhem e o leitor prefere ignorar a todos e escolher por si só. E então começa, e para, e pega outro livro, e para de novo. E desiste. E então uma das garotas que está sofrendo dessa doença resolve sentar na cadeira próxima ao computador e escrever um texto sobre ressaca literária.

sábado, 5 de dezembro de 2015

[TEXTO] Por que temos que complicar tudo?!


Qualquer um que me conheça pelo menos um pouco sabe o quanto sou complicada. Pois é, admito, complico as coisas sempre, por mais simples que sejam. Um dia desses estava conversando com minha melhor amiga de infância, que também nasceu com o dom da complicação, e eis que estou eu dando conselhos e dizendo: é tão simples, por que você tem que complicar tanto?! Dias depois, falei com ela e recebi exatamente o mesmo recado. É, acho que estamos no mesmo barco. E então, ficamos pensando com as coisas seriam mais fáceis se todos nós víssemos as coisas como apenas coisas simples fáceis de serem resolvidas, mas gostamos de fazer a curva quando se pode andar reto, não é?! Então tive esse clarão com uma ideia para esse post. Como as coisas seriam se não as complicássemos tanto?!
Se não complicássemos as coisas, namorar seria muito mais fácil, ou até mesmo ter um lance. Bastava chegar e dizer tudo, que gosta ou que gosta mas não quer ficar sério. E aí? A pessoa te beijou? Você gostou? Então beija de novo, oras. Mas arrumamos n motivos pelos quais não deveríamos repetir o ato. As vezes até faz sentido, outras é apenas uma complicação mesmo. E ainda mais, num primeiro encontro, sempre tem aquele momento constrangedor, ninguém sabe qual é a hora certa do esperado beijo, nenhum dos dois. Alguém tem que tomar atitude. E se ninguém tomar? Não tem beijo, poxa. Mas não seria muito mais fácil se não pensássemos: o que ele vai pensar? será que devo tomar atitude? o que eu faço? Bastaria tomá-la, viver o momento e curtir. Ou então simplesmente seguir o exemplo da protagonista de um livro que eu li e ser extrovertida, dizendo: olha, só, estou aqui pensando em qual momento da noite você vai me beijar, então porque não acabamos logo com isso?!
Saindo do assunto romântico, vamos falar sobre aquela ida para a festa com os amigos. Vocês traçam todo o trajeto. Dorme na casa de uma, depois as duas na casa da outra. Tudo combinado, certo? Certo. Mas não tão certo assim, porque os complicados da vida sempre vão querer procurar um outro trajeto, uma outra solução. Mas a solução ta aí na sua frente. Se simplificássemos, nem precisaria de tanta dor de cabeça. 
Sei que falei mais sobre coisas supérfluas, eu sei, mas isso vale pra tudo na vida. No trabalho, na escola, nas amizades. As vezes procuramos problemas onde não tem só para, inconscientemente, nos tirar do tédio. Ou as vezes só por ser neurótico mesmo. A questão é que, basicamente, se simplificássemos as coisas, elas seriam mais simples.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

[SÉRIES] Pretty little liars - 5 years foward



Olá, leitores infinitos!
A temporada 6B de Pretty little liars terá sua volta em janeiro de 2016, porém muita coisa estará mudada. A temporada começa após um pulo no tempo de exatos cinco anos. Muita coisa pode acontecer nesses cinco anos. Após ler algumas coisas que irão acontecer nessa temporada e assistir ao episódio especial sobre a mesma, decidi fazer um post sobre isso comentando alguns pontos, portanto, já aviso, pode conter spoilers!! Vamos lá?
  • Um novo -A
Sim, teremos um novo -A. Não sabemos quem é ou do que se trata, mas Troian disse no episódio especial que é algo bem diferente. As garotas voltam, de fato, a receber mensagens anônimas, mas agora não é algo do tipo "vou expor os seus segredos" ou "vou acabar com a chance de vocês saírem de rosewood", mas algo mais sombrio e profundo, são ameaças com a própria vida de cada uma delas. Achei bem previsível, porém se não tivéssemos um novo misterioso, não teria mais série e eu ainda não estou pronta para o fim de pll, então..
  • O fim de Haleb e Spoby
Algo muito comentado nas redes sociais é o fim desses dois casais. Hanna e Caleb, Spencer e Toby. Acho muito saudável e imprescindível esse término, embora o meu coração fangirl esteja sofrendo muito com esse momento. Para a série, essa mudança é necessária. De que adiantaria mudar todo o visual das liars, acrescentar novas experiências, segredos, mudar tudo mas deixá-las com os mesmos namorados? Não faria sentido. Porém, como já disse, ainda não superei esse final. Uma coisa com que fiquei revoltada, entretanto, é um novo romance entre Spencer e Caleb surgir. Quando li isso, pensei que deveria ser internada em Radley. Sinceramente, a série já teve muitos plots desnecessários, mas esse conseguiu ganhar a categoria do mais sem noção. I'm sorry.
  • A bagagem emocional de Emily
No episódio, somos informadas sobre a história de cada uma das garotas. Spencer segue carreira política, Hanna vai para o lado da moda, Aria torna-se escritora, Allison da aulas no colégio em que elas estudavam e visita Cece na clínica em que está "internada". Mas para Emily as coisas não saem tão bem assim. No início, ela vai para Califórnia como sempre quis, porém, sua vida vira de ponta cabeça quando descobre que seu pai morreu. E então tudo muda. É por isso que ela é a liar com mais bagagem emocional quando volta e eu estou louca para ver como a Shay vai lidar com isso.
  • Mudança no visual das liars
Mudar o estilo das cinco pode soar um tanto quanto banal, certo? Mas, parando para analisar, isso é muito importante, na verdade. Usar a mudança no look de cada uma é um fator que ajuda muito no fato que elas cresceram e não são mais adolescentes, tudo deve mudar. As atrizes não tiveram cinco anos de espera para começar a filmar a 6B, no dia seguinte, para elas, cinco anos haviam se passado. E elas tiveram que, em algumas horas, juntar toda a bagagem de cinco anos e deixar a personalidade adolescente para trás, as meninas para as quais elas deram vida por seis anos. Deve ter sido muito difícil, isso me deixa ainda mais curiosa para janeiro.

E vocês, o que estão achando de toda essa expectativa? Quais foram os seus fatores preferidos e os que menos gostaram? Está ansioso para a 6B? Conta pra mim nos comentários!!

sábado, 28 de novembro de 2015

#MeuAmigoSecreto

Nos últimos dias o facebook está sendo movimentado com o uso da hastag #meuamigosecreto. Mas o que é isso? Bom, na época de fim de ano, é comum a organização de amigos secretos com seu grupo para trocar presentes e dar risadas ao tentar adivinhar quem é o amigo secreto do outro. No facebook, porém, a ideia tornou-se algo ainda maior. As pessoas usam a tag para falar sobre algum amigo que tem algum tipo de preconceito. Seja em relação a ser machista, ter preconceito com livros nacionais, entre outras coisas. Alguns são até para aqueles que se dizem não usar rótulos, mas usá-los na prática. Adorei essa atitude, há muito o que refletir em uma sociedade e isso fez com que o facebook deixasse de ser, pelo menos um pouco, apenas uma ferramenta de mero entretenimento.
Estou aqui para deixar um recado para todos os amigos secretos que existem por aí.
Não seja superficial. Não seja hipócrita. Ok, eu sei que é difícil, talvez todo mundo tenha um pouquinho de hipocrisia. Mas tente diminuí-la ao máximo. A sociedade é cheia de rótulos sim, mas não é porque ela impõe um padrão de beleza que você deve excluir uma garota por ela ser mais cheinha. Você ama livros nacionais, certo? Mas diz que todos eles devem necessariamente acontecer no Brasil. Melhore. Pense, reflita. Fulano é bissexual porque é indeciso. Aprenda que pessoas gostam de pessoas.
Aprenda. Entenda. Pare. Pense. Melhore.
Você não é melhor que fulano ou ciclano simplesmente por ter mais dinheiro, livros, seguidores ou o que quer que seja. Aprenda a medir suas palavras pois elas podem ferir alguém. Aprenda a não encher seu facebook de textos bonitos e ser medíocre do outro lado da tela. Entenda que o coração de alguém não se ganha com agressão. A violência pode prender alguém, mas o sentimento será o ódio, a raiva, a angústia. Pare, antes de insultar alguém simplesmente por sua aparência. Pense antes de dizer que o problema da água no Brasil é mais importante que o problema dos ataques terroristas na França. Alguém não se importa menos com o Brasil ou com o mundo por comentar sobre um ou outro. Suas palavras podem ser bonitas, mas melhore nas atitudes.
Cuidado com aquele que está ao seu lado, cuidado com aquele que escreve um texto para você. É, esse alguém pode ter aprendido a se amar. Esse alguém pode ter sido muito influenciado pelas suas atitudes. Você pode ser o trauma desse alguém. Cuidado.
Aprenda. Entenda. Pare. Pense. Melhore. E tome cuidado. Tome muito cuidado.
Aos nossos amigos secretos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Resenha: Todos os nossos ontens - Cristin Terrill

Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
ISBN: 9788581637983
Páginas: 352
Nota: 5/5

Abra a porta. Bem vindo ao passado. Você vai deixar acontecer?!
Destrua o passado para salvar o seu futuro.

O que você faria se tivesse que escolher entre destruir o seu próprio passado e machucar a si mesmo ou ficar machucado do mesmo jeito? E se, por ventura, uma máquina do tempo passasse de fato a ser uma realidade. Isso seria bom, não é? As bombas poderiam ser desativadas, mortes poderiam ser evitadas. Exceto pelo fato que o lado bom sempre pode ser distorcido, porque sempre tem um lado sombrio querendo escapar pelos cantos. Finn e Em devem voltar para o passado e assim, destruir o futuro. Devem matar não somente a versão mais nova do doutor, James - quando ele ainda estava são - mas machucar suas próprias versões mais novas. Porém, viver em uma cela e ser torturado também é estar machucado, não é?!

"Porém, é a última linha que me faz correr desajeitada para o vaso sanitário no canto da cela. Você tem de matá-lo."

James Shaw, melhor amigo e amado por Marina, consegue descobrir a fórmula e cria uma máquina do tempo. Cassandra. Sim, ela existe. Mas, com ela, James deixa de ser quem sempre foi. Agora, Em e Finn tem uma missão: voltar para antes da invenção e matar Shaw.
Todos os nossos ontens tornou-se um dos meus livros preferidos do ano. A maneira como a narrativa é conduzida faz com que o leitor devore a história em algumas horas. É impossível não ficar preso a aquele cenário distópico, impossível não querer saber mais e mais e mais.


Todo capítulo termina com uma frase de impacto, isso pode parecer um clichê ruim, mas é maravilhoso. Não cansa em momento algum. A autora soube como começar e terminar, fez isso com muita maestria. Além disso, a história é complexa. Muito complexa. É preciso atentar-se aos detalhes, nomes e momentos. No início, nada vai fazer sentido, mas depois as peças começam a se encaixar. E, quando elas se encaixam você com certeza vai sentir a mesma vontade que eu senti: gritar "esse livro é muuuuuito boom! Socorro!" a quatro cantos.

"Mas James não conseguia me ouvir. Estava além das palavras. Urrou como um animal ferido enquanto destruía a biblioteca. Eu sabia que devia pará-lo, consolá-lo de alguma forma, mas não conseguia. Meu melhor amigo no mundo de repente era algo estranho e ausente."


Até mesmo o desenvolvimento dos personagens é impecável. A mudança do passado para o futuro é construída não nos mínimos detalhes, mas usando o essencial. O leitor consegue entender realmente porque as personalidades mudaram.

"Sinto falta dessa menina, e desse menino. Sinto falta deles há anos, mesmo que não tenha sido capaz de admitir. E, agora, tenho de acabar com a vida de um e devastar a da outra."

Não posso contar muita coisa, pois grande parte do livro é feita de spoilers. A única coisa que digo é: preparem-se para uma narrativa incrível de tirar o fôlego. Você vai terminar de ler, abraçar o livro e implorar por mais. E vai chorar também, eu acho.

"A verdade é que às vezes o mundo simplesmente é uma merda."

Uma distopia incrível que vai te fazer refletir sobre até que ponto é possível controlar uma nação. E também, a que ponto um ser humano pode chegar devido a uma ambição. Algumas coisas podem cegar, outras te fazer enxergar. Uma viagem no tempo que chacoalha a cabeça de cada leitor.
É impossível terminar de ler Todos os nossos ontens sem ter alguma reação, sem ao menos refletir, pensar sobre algo e tirar algum ensinamento. A crítica está lá, por trás, velada. Esse livro é simplesmente genial!

"Penso em quantas lágrimas Marina vai derramar e todas as maneiras diferentes como ela vai despedaçá-la. Todas as pessoas que vão morrer."

Parabéns,  Cristin Terrill, por esse livro incrível. O seu trabalho foi maravilhoso. Política, ficção científica e aquela pitada de vida adolescente. Tudo isso envolvido por uma grande reflexão e crítica.
Obrigada, Novo Conceito, por terem me enviado a obra. O melhor lançamento desse ano, sem dúvidas. Só assim pude ter a chance de conhecer esse novo universo.
PS: Leia, leitor infinito, por favor! (eu nunca te pedi nada) haha

terça-feira, 24 de novembro de 2015

[FOTOGRAFIA] Divagações sobre uma rosa

O olho do fotografo é diferente. Ele capta sentimentos, cores e misturas até mesmo nos objetos mais singelos da vida. Como uma rosa.







sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Resenha: Mate-me quando quiser - Anita Deak

Editora: Gutenberg
Ano: 2014
ISBN: 9788582351819
Páginas: 248
Nota: 5/5

O tiro pode anteceder o paraíso para aqueles que não aguentam mais.

A história é ambientada em Barcelona. Somos apresentados a vários personagens em terceira pessoa. A Mulher seria a protagonista - apesar que, no fim das contas, todos passam a ser. Ela deseja morrer. A morte é sua única saída, mas não consegue acabar com a própria vida. Então contrata Soares, um matador, que, acostumado a ser pago para matar um outro alguém, nunca havia recebido um pedido de suicídio encomendado. Mas não é só isso. Há muito mais. Tudo começa quando, pela inércia ou simplesmente curiosidade, a Mulher começa a seguir um Homem após sair de um restaurante - ambos pediram o mesmo prato. Não é ali que nasce um romance. Esse é o ponto chave da história. Lidar com a morte e as sombras é muito mais que o barulho de um tiro ou a fuga com um homem apaixonado. A Mulher descobre que o Homem tem duas esposas, a Loira e a Morena. Soares deve se infiltrar em Barcelona para conseguir matar a Mulher, sem avisos. Assim, as cinco vidas se cruzam, vidas que se misturam. E ali, nasce a narrativa extremamente bem feita. Um romance noir que realmente me surpreendeu. 

"Mas é do somatório de pequenos fatos, aparentemente sem sentido, que se faz a história."

Apesar de o foco ser principalmente a Mulher e o Matador, também acompanhamos um pouco da mente de cada um dos outros personagens. Você vai perceber que todos acabam tendo o mesmo peso. Amo o modo como cada um é apresentado. A narrativa é desenvolvida em terceira pessoa, mas em muitos momentos o narrador se coloca em meio à situação e dialoga com o leitor, tornando a leitura muito mais dinâmica e atrativa.

"É na iminência da morte que o ser humano, enfim, fica nu. O susto e o medo desvelam a retina de tudo o que foi aprendido. Sobram só um homem ou uma mulher reduzidos ao brilho ocular da infância. Soares detestava essa visão. Era como matar crianças."

O livro é genial, também, por suas reflexões. Não é uma coisa do tipo "esse texto foi feito para você pensar e refletir", mas algo que ocorre naturalmente. São expressões usadas normalmente, mas que, para cada um, terá um peso diferente. É um livro que aparenta ser simples, mas é mais complexo do que parece ser.


O modo como os enlaces da narrativa são feitos também são incríveis. Anita Deak estava super preparada quando escreveu esse livro. Tudo se encaixa perfeitamente. Não há do que reclamar, apenas que acabou. 

"Era uma conversa feita de memórias construídas, inventadas e editadas, como de fato são todas as conversas e memórias."

Recomendo Mate-me quando quiser a todos aqueles que, assim como eu, já se encantaram de cara pelo título. Recomendo a todos que gostam de uma narrativa nua, mostrando o lado real da vida - e dos segundos antes de puxar o gatilho. Não espere um thriller psicológico, mas uma história que, ainda assim, irá mexer com a sua cabeça.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

[Séries] American Horror Story - Hotel

Hey, leitores infinitos!
Mais um dia, mais uma série pra recomendar. Como vocês já devem saber, American Horror Story é uma das minhas séries preferidas. Infelizmente, a ultima temporada, Freak Show, acabou me decepcionando bastante. Sem Jessica Lange, pensei que Hotel me traria a mesma frustração, mas fico feliz em dizer que estou amando essa temporada! (pelo menos pelo primeiro episódio, o único a que assisti). Ah, contamos com a presença ilustre de nada mais nada menos que Lady Gaga! 
A série gira em torno do Hotel Cortez, que conta com uma atmosfera muito creepy. Temos a Condessa, Lady Gaga, no caso, que se alimenta dos hóspedes. Ela é uma vampira, mas parece muito mais estranha que isso. Possui um amante, Donovan - que teve um passado com Sally (Sarah Paulson). A mãe de Donovan é a recepcionista do hotel. Também temos a crossdresser Liz Taylor. E o antigo proprietário do hotel.... (todas gritam).... Tristan Duffy (Evan Peters). Um homem, John Lowe, acaba hospedado no local após uma briga com sua esposa. Aproveita para investigar os casos das mortes que ali ocorreram. Vale citar que ele acabou perdendo o filho em um parque de diversões, mas nem imagina que ele está no hotel, foi capturado pela Condessa e agora também é um vampiro.
Não posso dizer muito sobre essa temporada, pois só assisti ao piloto. Mas creio que ela promete ser cheia de sustos e coisas bem perturbadoras. Não tanto quanto Asylum, porque convenhamos, é muito difícil superá-la, mas parece ser bem melhor que a última temporada.
Você está acompanhando? Conta pra mim sua opinião!

domingo, 15 de novembro de 2015

[SÉRIES] How to get away with murder

Olá, bookaholics!
Se vocês, assim como eu, não consegue ficar sem suas séries e pensa que nunca vai conseguir ficar em dia com todas, esse post foi feito pra você. Hoje vou ajudar na sua listinha recomendando uma nova série que descobri recentemente: How to get away with murder!


A série é produzida pela rainha heartbreakers Shonda Rhimes (sim, a mesma de Grey's Anatomy, Scandal e Private Practice). Acho que posso defini-la como suspense e drama. Somos apresentados a Annalise DeWitt, professora da universidade de direito. O nome de sua matéria? How to get away with murder. Você já percebe que a série é boa por aí.
A professora escolhe os melhores estudantes para que façam parte de sua equipe de trabalho. O melhor deles ganha uma espécie de troféu. Você já deve ter deduzido que esses escolhidos são os protagonistas da série, certo? Certo. Connor Walsh, Michaela Pratt, Asher Millstone, Laurel Castillo e Wes Gibbins. Cada um com sua peculiaridade. Mas há um porém. Tal porém que deixa a série ainda mais interessante. Desde o primeiro episódio vemos alguns flashes de uma noite que não terminou bem. O grupo de estudantes matou alguém e agora tem que seguir tudo o que aprenderam para se safar. Quem eles mataram? Por que? O que aconteceu? Só assistindo pra saber. Eu também não descobri ainda, estou no quinto episódio da primeira temporada, mas é uma série muito inteligente e interessante.
Não sou muito fã de direito. É uma faculdade da qual passaria bem longe, porém não tem como não amar essa série, é quase que humanamente impossível. Se você assiste, conta pra mim o que está achando. Se você já terminou... por favor sem spoilers!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Resenha: Amor imortal - Ana Carolina KJ

Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
ISBN: 9788581637273
Páginas: 256
Nota: 4/5
Deixe que minhas asas abriguem você.

O mundo não é apenas um. Tudo parece "bem" na superfície, não é? Mas existe um outro lugar, mais conhecido como submundo. Nele, existem anjos, caídos ou não, nephilins e demônios. Alguns desses últimos seres acabaram tornando-se servos. A primeira palavra em que pensa ao pronunciar a palavra "demônio" é Lúcifer, não é?! Há muito mais espalhados por aí, usando de sua forma humana para se camuflar. Como Samyaza. Em meio a esse mundo, Raziel reencontra sua amada imortal, agora em outro corpo. Anna, de início, não se lembra, mas acaba apaixonando-se pelo homem como se todo aquele sentimento fosse familiar e, depois, descobre que ele é imortal, descobre que suas asas foram cortadas e o submundo está um caos. Antes, ela e sua melhor amiga, Loreta, conheceram dois caras misteriosos - que na verdade são nephilins que servem a Samyaza - Erick e Marcos. Para que possam permanecer juntos e em uma luta de libertação, Raziel e Anna devem lutar conta os demônios e tem como primeira missão matar Samyaza. Mas ele é apenas o começo.

"- Não vou forçá-lo a nada. Preciso saber uma coisa: Você anda fora da lei? É mafioso ou algo assim?
Meu comentário pareceu diminuir a tensão. Raziel achou graça.
- É claro que não! - negou, sorrindo. - Bem, não sou nenhum santo, mas o mal não me atrai e... conheço bem os dois lados."

Amor Imortal é um livro que mistura o sobrenatural com o romance, a aventura com um novo mundo e o latim. Isso mesmo, latim. No início de cada capítulo há um trecho que se encaixa perfeitamente com cada um. Confesso que não fiquei extremamente encantada com a narrativa como pensei que ficaria, mas não posso negar que me surpreendeu. Pensei que seria um livro do tipo new adult, também cheio de cenas de sexo e provocações. Me enganei, mas um engano bom. Ok, é claro que me irritei com essa história de "acabei de te conhecer, já vou descobrir que nos amamos na vida passada, não podemos ficar juntos, mas temos que nos unir, em menos de dez minutos e minha alma está completamente entregue a você" totalmente clichê, mas a autora soube fazer uma boa mescla. As cenas melosas estão presentes em boa parte do livro, mas isso não significa que o sexo não exista. Gostei bastante disso pois acabou tornando o romance mais real. Em quantos livros não li romances melosinhos e só beijinhos? Não me levem a mal, mas sexo existe, galera, casais possuem momentos quentes por mais fofos que sejam!! Então, a autora conseguiu inovar nesse sentido.

"Em minhas vidas passadas, eu o amava com todas as forças. Ao reencontrá-lo nesta vida, percebi que ainda carregava esse amor dentro de mim. Lembrei-me da foto que havia guardado no dia em que dormimos juntos. Entrei no closet adjacente ao meu quarto e coloquei a mão no bolso do casaco que eu usava naquele dia. Lá estava ela: a desgastada foto em preto e branco."

Acho que o sobrenatural poderia ter sido mais explorado, mas entendo o motivo pelo qual não foi. O foco é o romance, apesar das cenas de ação. Então, quanto a isso, o livro consegue cumprir perfeitamente o que propõe. A narrativa é rapidinha de ler, embora eu tenha demorado - por conta de vestibular, entre outras coisas. 


Devo citar também um fator que gostei, apesar de ser injusto. Há uma fala de Erick em um momento de livro dizendo que Raziel foi egoísta ao lutar contra Samyaza e, de fato, foi. Em nenhuma parte estavam lutando "pelo bem da humanidade" e sim para que pudessem ficar juntos. E gente, a vida é assim, é muito difícil alguém de fato lutar apenas e somente pelos outros, sem nem pensar em si. O mundo é egoísta. 

"- Você está errado, Dante! Ele é egoísta. Lutou para si próprio. Para manter sua amante viva."

Além disso, há algumas reviravoltas e surpresas que realmente me surpreenderam. Não previ nenhuma delas, o que é quase um milagre. Só acho que uma coisa que aconteceu deveria ter continuado daquela forma. 

"Um silêncio atordoante tomou conta de mim. Era o silêncio da dor."

Recomendo sim Amor Imortal para todos que estão procurando um livro de romance mais realista misturado com sobrenatural e com uma pitada de aventura e ação. Leiam e depois me contem o que acharam!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

500 leitores infinitos :D

Alguns dias atrás, o blog chegou a 500 seguidores, assim como o facebook! Claro que não poderia deixar de fazer esse post de agradecimento, não é mesmo?! O blog está ativo há pouco mais de um ano, nunca pensei que conseguiria fazer isso. No início, foi um pensamento despretensioso e acabou tornando-se um trabalho prazeroso. É, um blog é o meu cantinho, o meu espaço, onde posso compartilhar minhas ideias e adicionar novas para a minha coleção. Sei que esse número, para muitos, pode não significar muita coisa, mas para mim significa vitória. Finalmente consegui manter um blog, depois de tanto tempo. É algo que amo fazer e não pretendo abandonar.
Quero agradecer principalmente a vocês, leitores, que me acompanham por tanto tempo. Obrigada também aos meus amigos e aqueles que sempre acreditaram no meu potencial - mesmo que eu não acreditasse. É o que eu digo, só vou parar de blogar quando alguém me disser "Você tem um blog, né?" e eu não abrir um sorriso enorme.
Peço desculpas por sumir de vez em quando, em ano de vestibular tudo fica mais difícil, mas eu sempre volto, não é?!
Obrigada! Obrigada! Obrigada!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Nunca deixe a porta aberta (conto de terror)


Nunca deixe a porta aberta.
Meus dedos tamborilam no apoio da cadeira. Há um homem velho, visivelmente tomado pela idade, que me encara. Como se quisesse arrancar algo de mim. Como se pudesse arrancar algo de mim. Não sou eu que crio o ritmo das batidas. Um. Dois. Três. Bate. Um. Dois. Três. Bate. Sigo apenas o som que meu pensamento emite. Faço apenas o que sou induzida a fazer. Não sou eu quem faz o ritmo. Sou eu, minha querida, quem te comanda. Ele me pergunta onde estava no sábado passado. E repete. E repete. Repete a mesma pergunta em um ciclo vicioso enquanto minha vontade é cravar as unhas em seu pescoço e gritar que nem sei se eu estava aqui no sábado passado. Porque ela estava. Sei o que comi no almoço. Mas não consigo me lembrar o porquê de não estar na minha própria cama durante a manhã. Acalme a respiração. Um. Dois. Três. Bate. Um. Dois. Três. Bate. Por que você é tão fria, querida? Parece que não sente nada. Ele me diz. Talvez eu tenha desejado tanto ficar gelada que realmente consegui, é o que quero dizer. Mas ela me obriga a ficar quieta. Um. Dois. Três. Bate. Ficamos nos encarando por longos minutos. Quero que o tempo acabe. Preciso voltar para a casa e aproveitar o curto período de tempo em que quem faz o ritmo sou eu. Voltar para a segurança de saber o que de fato estou sabendo. Mas ninguém precisa saber. Ninguém precisa saber. Os sons misturam-se em minha cabeça e escuto meu pai gritando enquanto estava com uma faca na mão. Escuto o som quase inaudível das lágrimas caindo na calçada. Sinto o mesmo medo que senti quando consegui focar o meu corpo todo cheio de sangue. O sangue que não era meu. Como saí correndo até a casa e não encontrei minha mãe e como meu pai gritava comigo. O que você fez, menina? O que você fez? Mas não era mamãe. Era apenas um cachorrinho. Aquele que ganhei no natal. É um treinamento. Quem é você?! Quem sou eu? Sou o seu lado escuro. Talvez eu tenha aberto a porta. Talvez... Talvez.... Eu te deixei entrar, não deixei? Um. Dois. Três. Bate. Um dois três bate um dois três bate. Um. Dois. Três. Bate. Não gosto do jeito que ele me olha. Ele sabe, é claro que sabe. Senão você não estaria aqui. Quero que saia daqui. Quero que vá embora!!!! Você pediu para que eu viesse. Você pediu para que fosse gelada. Você desejou a morte deles e estamos trabalhando nisso. Eu não pedi a morte de ninguém. Eu... só... Um. Dois. Três. Bate. Retiro as minhas palavras. Perco minha alma, perco meus sentidos. Porque você nunca foi você de verdade. Todo mundo tem o seu lado escuro e eu sou o seu.
Pego o bisturi escondido no elástico da calcinha e deixo que o sangue espirre em minha roupa. Não sinto nada. Mas algo me incomodava no sorriso dele.

Como não consegui fazer nada a tempo do halloween e esse é meu feriado preferido, resolvi improvisar um tanto quanto atrasa e fazer o meu conto de terror. Acho que ta valendo, né?! Espero que tenham gostado. 
PS: Nunca deixem a porta aberta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Resenha: A menina da neve - Eowyn Ivey

Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
ISBN: 9788581638010 
Páginas: 352
Nota: 4/5 

Abra as portas e deixe ela entrar.

Mabel e Jack são um casal, mas parecem dois desconhecidos, a principio. Após a tentativa não sucedida de ter um tão sonhado filho, Mabel perde todas as esperanças, afinal, é difícil perder aquele que mais amou, mesmo que não tenha tido a chance de viver. Para mudar de vida e tentar recomeçar, os dois se mudam para o Alasca. Esse lugar mesmo que você, leitor, está pensando. Não é fácil. Jack tem que aprender a caçar, criar uma espécie de horta. São somente os dois, solitários entre o mundo e entre eles mesmos. As coisas mudam um pouco quando conhecem uma família que mora ali perto, por incrível que pareça. Esther, George e o filho, Garrett. Porém, há algo muito maior esperando por eles.

"A menina ia e vinha sem aviso, o que deixou Jack nervoso. Havia algo de fantasmagórico em seu comportamento e em sua aparência, seus cílios congelados e o olhar azul, a forma como ela se materializava saindo da floresta."

Em um momento de súbita alegria, o casal constrói uma boneca de neve. Dias depois, Mabel começa a ter visões de uma garotinha na neve. Em um momento, são apenas pegadas. E então, ela passa a ser uma filha. Mágica? Lenda? Realidade? Não se sabe. Mas ela traz vida ao Alasca, reacende o sentimento há muito esquecido pelos dois. Mas há um problema, ela sempre vai embora no verão. É quente demais dentro da casa. O lugar dela é nas florestas. Então, a garota começa a crescer. Algumas coisas acontecem e as duas famílias se juntam. Por um tempo, há prosperidade, esperança. Mas as coisas podem mudar... ou não.

"De certa forma, ela era apenas uma menininha com seu corpinho e suas risadinhas raras e contidas, mas ela também parecia séria e sábia, como se andasse pelo mundo com um conhecimento maior do que o de qualquer pessoa que Jack conhecia."

Acompanhamos o crescimento de todos os personagens ao longo do livro, inclusive da garotinha, Faina, e Garrett. A única coisa que posso dizer é que há um romance. Mas esse não é o fato principal do livro, então não espere por isso. A questão é o que Faina representa, ela pode ser mágica sim, mas pode ser real. Isso não importa. Ela simplesmente consegue trazer a alegria de volta para o lugar e, por mais gelada que seja, conseguiu aquecer até mesmo o meu coração.


A narrativa em si é muito bonita. As atitudes de Mabel, os sentimentos dela, Jack, Garrett, tudo é muito bem explorado. Há uma profundidade em tudo, mas que não deixa o livro nem um pouco entediante. A narrativa não é cheia de ação e aventuras, isso é fato, mas é algo para ser sentido. E posso dizer que, se não estivesse em época de vestibular, teria lido muito mais rápido. Mas creio que cada uma das três partes deve ser digerida como um floco de neve.

"Mas ele também ficava assustado ao perceber o quanto a menina se tornara importante para Mabel. E para ele também. Ele admitia isso. Jack podia não ficar olhando pela janela, mas esperava com a mesma ansiedade. Esperava que a menina não estivesse sozinha ou em perigo. Esperava que ela aparecesse e viesse correndo e sorrindo até ele."

O único motivo pelo qual não darei cinco estrelas é que, ainda que tenha me feito refletir, não conseguiu me prender. Acho que esperava um pouco mais.
Porém, é um ótimo livro. Toda essa coisa da magia estava presente o tempo inteiro de uma forma humana. Profundo. Tocante. Mágico. Embarque em uma viagem para o Alasca e deixe que a Menina da neve toque seu coração.

domingo, 1 de novembro de 2015

[SORTEIO] 39 livros, 7 ganhadores


Olá, bookaholics! Hoje vim trazer pra vocês um grande sorteio comemorativo de dois anos do blog Literalizando Sonhos! O livro que está sendo sorteado pelo Vivendo no Infinito é Entre quatro poderes (kit 4)! Espero que gostem do sorteio! Boa sorte <3
Regras
- O período de inscrição será do dia 01/11/2015 a 01/12/2015; - Para participar é necessário preencher corretamente as entradas obrigatórias no formulário do Rafflecopter. Quando preenchidas as entradas obrigatórias, serão liberadas outras entradas. Essas são opcionais, mas lembre-se, quanto mais entradas preencher, mais chances de ganhar;
- Na entrada em que a opção for Facebook, não basta só visitar a página, tem que Curtir a Fanpage, caso contrário o participante será desclassificado;
 - Residir ou ter endereço de entrega em território nacional; 
- Cada Blog /Autor/ Editora é responsável pelo envio do seu respectivo prêmio, ou seja, os prêmios chegarão individualmente e em prazos diferentes; 
- O prazo de envio dos prêmios será de 60 dias após a divulgação do resultado; 
- O sorteio terá sete vencedores, sendo um para cada kit; 
- O resultado será divulgado em até 10 dias após o término das inscrições, neste mesmo post; 
- Os ganhadores receberão um e-mail e terão 72 horas para entrar em contato. Caso não haja o contato dentro desse prazo será feito um novo sorteio; 
- Não nos responsabilizamos por extravio dos correios e/ou endereço incorreto; 
- Não serão aceitos perfis promocionais;
 - Dúvidas? Entre em contato literalizandosonhos@gmail.com.

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Boa sorte!

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia nacional do livro ♛


Olá, bookaholics
Hoje é o dia nacional do livro e claro que não poderia deixar de fazer um post especial aqui, não é?!
Muitos possuem aversão ou até mesmo desconhecem a literatura nacional. Sim, ela existe! E não estamos falando das autoras já conhecidas, como Paula Pimenta, mas de novos autores que, muitas vezes, não são reconhecidos como deveriam ser.
Confesso que, antes de entrar para a blogosfera, não conhecia autores nacionais e tinha um certo preconceito. A escola foi grande responsável por isso. Somos obrigados a ler livros clássicos brasileiros que, muitas vezes, não são uma leitura agradável. Isso criou automaticamente uma aversão a esse tipo de literatura. Mas isso mudou, não só quando passei a gostar de alguns dos livros obrigatórios, mas assim que pude conhecer novos autores.
A literatura nacional deveria ser incentivada. Há tantos livros maravilhosos por aí que deveriam ser lidos e passarão, infelizmente, despercebidos. Tive a oportunidade de fazer parcerias com autores e conhecer obras lindas, escritas com muito carinho. Acho que tem muito disso também, uma aproximação maior. Não é um autor distante americano, mas alguém que pode ter sofrido tanto quanto você para escrever o primeiro parágrafo de um livro.
Então, se você que já teve essa oportunidade encontrar algum leitor novo por aí, indique também os nacionais. Mostre que nem todos os clássicos são chatos e que o acervo nacional não é composto apenas por eles!
E para quem quiser indicações, aí vai uma listinha:
  1. Aprendendo em seis - Marcela Campbell
  2. Sombras do medo - Camila Pelegrini
  3. Labirintos de Espelho - Bárbara Negrão
  4. A garota que tinha medo - Breno Melo
  5. Cartas para Daniel - Déborah Marins
  6. A cor da escuridão - Natália Rodrigues
  7. Espelho dos olhos - Nicolas Catalano
  8. Série Supernova - Renan Carvalho
  9. Entre quatro poderes - Grupo Sic
  10. Dias perfeitos - Raphael Montes
  11. Enigma - Rita Pinheiro

Feliz dia nacional do livro :D

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O mundo das vozes silenciadas - Carolina Munhóz e Sophia Abrahão

Editora: Rocco - selo Fantástica
Ano: 2015
ISBN: 9788568263242
Páginas: 288


Um novo ciclo e o reino silenciado.

O Mundo das vozes silenciadas é o segundo livro da série O Reino. (você pode conferir a resenha do primeiro livro aqui). 
Anos se passaram após a decisão de Sophie de deixar o reino e enfrentar os problemas da vida real. Depois da fase de bullying e depressão, acompanhamos uma nova etapa de existência, a vida adulta. Quando o livro começa, a garota já terminou a faculdade e agora é assessora da banda de rock Maguifires e namora justamente um dos membros, Nicholas. Mas um fantasma do passado a assombra, Léo. Os dois namoravam e acabaram terminando de uma maneira um tanto quanto difícil, mas o garoto não saia da cabeça de Sophie.

"Após aquela comemoração, eles tiveram uma última e longa discussão, e Léo a deixou em casa em lágrimas incessantes. Pouco depois, ele lhe enviou uma mensagem:
Estaremos sempre em nosso aquário, AC/DC."

Nesse livro temos muito mais vida real e muito menos reino, o que me agradou bastante. Gosto de enxergar o lugar mágico mais como uma metáfora que uma realidade paralela, mas acho que no fim das contas é justamente isso, cada um tem um reino, um refúgio. Isso é o que mais me encanta na narrativa.

"- Você está distante hoje - reparou Nicholas diante da porta do quarto.
- Então me faça ficar mais próxima... - sussurou a jovem."

Outra coisa pela qual me encantei é poder ter conhecido um pouco mais desse mundo de bandas nos bastidores. O livro mostra bastante da coisa de marketing, os problemas com a imprensa, o que dizer e o que não dizer e as consequências que cada palavra e cada ato podem trazer. É tudo meio que cronometrado. Isso é um dos principais motivos que deixa Sophie um tanto quanto perdida.

"Ali perto, dois Tirus discutiam por escamas de sereia e pó de fadas. Ali perto, dois Tirus discutiam por causa de um estranho tipo de pão, que tinha cor lilás. Sophie viu o quanto estavam alterados, e o conflito poderia partir para uma agressão física a qualquer momento. Aquilo era totalmente inesperado para seu local mágico. O Reino parecia ter saído de um conto de fadas, e gostava de acreditar que ali nunca havia gritos e discussões."

O que me irritou no início do livro é o plot principal. O tempo inteiro a garota não consegue se decidir entre ficar com o Nicholas ou com o Léo - que agora faz parte da banda Unique - e isso é tão clichê que comecei a ficar com medo do que poderia vir em frente. Estou um pouco saturada de triângulos amorosos, principalmente quando um casal é mais meloso que o outro. Além de tudo ter ficado um tanto quanto superficial. Mas essa irritação mudou ao longo do livro, vocês vão logo saber porquê.

"Parecia uma cena de guerra, quando os dois exércitos param frente a frente para se encarar antes da batalha. Sophie manteve os olhos fixos em Léo, mas continuou segurando com firmeza a mão de Nicholas. Estava um pouco trêmula, e a força do namorado lhe transmitia um calor bem-vindo."

Temos temas mais polêmicos, também. Samantha - minha personagem preferida - é aquela típica inconsequente, sabe? Mas ali dentro havia muitos problemas e confusão. A garota se envolve com muito álcool e drogas, isso me chamou a atenção, pois não é um assunto muito tratado ultimamente. Acho que poderia ter sido mais desenvolvido, mas como é um livro mais voltado para o público infanto-juvenil, é compreensível.


Há um momento em que Sophie de fato pira com toda a coisa de imprensa, principalmente com a pressão sobre seu romance não assumido com Nicholas, e então tem uma recaída, o que influencia muito no reino. Quando ela acorda no lugar mágico, tudo está diferente. As vozes de repente foram silenciadas - já falei que amo essa metáfora? - e tudo está morrendo aos poucos. Mama Lala deixa uma missão para a garota, decifrar três novas cartas do tarô que dizem muito sobre ela.

"Lembre-se, princesa: existe magia até mesmo na dor."

É aí que tudo começa a ficar ainda mais interessante. Gosto muito dessa parte pois as autoras souberam conduzir muito bem os pensamentos de Sophie. A Carol conseguiu aprofundá-los e me fazer sentir como a protagonista. No final tudo fez sentido pra mim. O livro começa com um clichê mas termina com uma mensagem incrível, e acho que esse é o maior motivo pelo qual recomendo O mundo das vozes silenciadas e digo que gostei bastante. A protagonista percebe que não precisa ter sempre um companheiro para ser feliz. É muito bom também ter um tempo sozinha, se descobrir. Acho que essa é uma mensagem que muitos deveriam ouvir, principalmente os jovens. Obrigada, Carol e Sophia, por terem-na transmitido. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Resenha: Os bons segredos - Sarah Dessen

 Editora: Seguinte
Ano: 2015
ISBN:  9788565765763
Páginas: 408


Segredos podem ser ruins, mas as vezes são bons demais para serem guardados.

Em meio a uma família que quebra a tradição americana, Sidney se sente invisível. Peyton, seu irmão, foi preso diversas vezes, estava sempre alcoolizado, sob efeito de drogas e cometendo infrações. As coisas mudaram por um tempo, o garoto estava em uma clínica de reabilitação, mas, após uma recaída, cometeu o pior acidente de todos.
David Ibarra havia acabado de sair da casa de um amigo e subido em sua bicicleta quando foi atropelado por um bêbado - Peyton. David ficou paraplégico. Apesar de tudo, a mãe de Sidney sempre tentava inverter a situação e torná-lo vítima, enquanto isso, ignorava a filha. Tudo sempre girou em torno de Peyton - inclusive o humor dos pais. Sidney teve que sair do colégio Perkins Day e ir ao Jackson, abandonando as amigas, enquanto carregava toda a culpa que não era deixada para o irmão sentir.

"Um fenômeno estranho acontece quando uma coisa deixa de ser um fato isolado para se tornar um hábito. Como se o problema já não fosse um visitante temporário, mas alguém que se mudou de vez para a sua casa."

A menina sofre por um tempo na nova escola, mas acaba fazendo novos amigos. Layla, Mac, entre outros.  Além disso, temos Ames, melhor amigo de Peyton e da família, um homem bem sinistro.
Não acho que Os bons segredos tenha, de fato, uma história linear com inicio, meio e fim. Poderia se equivaler a um filme colegial, o que não o torna ruim. É um ótimo livro, apesar de não conter a história tradicional. No entanto, a narrativa é bem confusa a princípio devido a grande quantidade de diálogos e personagens, mas depois acostuma-se e é como se aquele fosse um ambiente familiar. Digo, durante a leitura, era como se eu estivesse em meio aos amigos, participando.

"Não foram palavras sábias ou esclarecedoras; pelo menos não me soaram assim. Mas ao ouvi-las, Layla soltou um suspiro, encostou a cabeça no meu ombro e fechou os olhos. Sempre me esforcei tanto para dizer a coisa certa, e sempre fracassava. Fiquei feliz de acertar ao menos uma vez, mesmo sem querer."

Apesar do começo parado, acabei me envolvendo bastante. Foi muito divertido e peculiar conhecer cada personagem e suas manias. Layla, a garota das combinações de batatas-fritas - depois de ler esse livro você nunca mais comerá batata-frita do mesmo modo -; Mac, o garoto da pizzaria Seaside que adora recombinar e reconstruir coisas; Eric, o tal "bad boy da banda", apaixonado e movido por música. Até mesmo os termos usados por Sidney são usados por mim no dia a dia, o que fez com que me identificasse ainda mais com a protagonista.


O romance é muito bem trabalhado, realista, humano - tirando uma única cena clichê. É realmente diferente e conseguiu se destacar.
Um ponto negativo, porém, é a previsibilidade. Esta, somada ao fato do livro não possuir uma história linear, acabou me incomodando bastante e fazendo com que me decepcionasse. Fez com que eu sentisse falta de algo, poderia ter sido mais, mas não foi. Desde o início, sabia como seria o final. Não fui surpreendida, não tive vontade de ler loucamente, apenas fui me divertindo, interagindo e sentindo-me ali.

"(...) Aquelas emoções, repentinas e fortes, me pegaram de surpresa. Tanto que só tomei consciência da parte mais chocante daquilo horas depois. O mais surpreendente não era o choro em si, mas o fato de eu ter chorado na frente de outras pessoas. Na verdade, só desabamos diante de quem sabemos que pode nos reconstruir. Mac e Layla estiveram ao meu lado. Mesmo - e especialmente - quando eu não podia fazer o mesmo por eles."

Em suma, Os bons segredos é um livro que deve sim ser lido, mas não sairia recomendando a quatro cantos. Se você está com a expectativa extremamente alta - como eu estava - tente esperar menos. É um livro ótimo, mas não incrível. A narrativa trata-se mais da psicológica de Sidney e sua aceitação, que ocorre ao longo do livro. Trata-se de crescer como pessoa e se mostrar visível para o mundo. Embora, ainda assim, alguns ingredientes tenham ficado em falta. Há assuntos fortes presentes, mas que não foram tratados com tanta seriedade. Talvez por ser um livro mais voltado para o público jovem. Contudo, senti-me familiarizada e abrigada como não sentia há muito tempo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

As duas mortes literárias que mais doeram


1. Lockie (Proibido - Tabitha Suzuma)
Primeiramente, se você não sabe sobre que livro estou falando, você pode conferir a resenha aqui. Mas antes quero que essa seja a sua próxima leitura, ok?! Esse é meu livro preferido da vida inteira e acho que deveria ser lido por todos. 
A maneira como a morte de Lockie me matou por dentro foi inexplicável. Com certeza a mais dolorida, a mais surpreendente e chocante. Realmente não esperava que aconteceria, pensei que tudo ficaria bem no final e dessa vez de fato torci para que ficasse. E então, em algumas linhas, meu Lochan tinha ido embora. Fiquei um tanto quanto sem rumo, li as mesmas palavras umas trocentas vezes até aceitar o ocorrido. Quando digo isso, perguntam-me se chorei e, por incrível que pareça, a resposta é negativa. O que aconteceu foi muito mais intenso que lágrimas, nem eu consigo explicar a tamanha raiva, angústia e desespero que senti naquele momento. E foi exatamente nessa hora que elegi Proibido como meu livro favorito.


2. Tris Prior (Divergente - Veronica Rooth)
Não é segredo pra ninguém que no último livro da trilogia a protagonista da seu último suspiro, certo?! Graças a minha curiosidade e ao bando super interessado em compartilhar spoilers na internet fiquei sabendo sobre esse final trágico. Entretanto, não acreditei, continuei lendo, mesmo sabendo que poderia acontecer. Posso dizer que a morte da Tris foi muito bem colocada, acho que Divergente desmistificou essa coisa de super-heroína imortal, algo que adorei. Mas poxa, logo a Tris?!
Resumindo, conforme chegava na tal cena da morte, meus olhos foram enchendo de lágrimas, a visão embaçada até que comecei a gritar com o livro. Sim, eu falava "não, não, não" enquanto virava as páginas. Naquele momento de desespero nada oportuno, minha mãe resolveu ligar e quase morreu do coração quando me ouviu dizendo "mãe, ela morreu, ela morreu". Claro que riu da minha cara quando descobriu quem havia morrido. 
Essa morte doeu bastante pois realmente me apeguei a protagonista. Amo a Tris do primeiro livro, odeio a Tris do segundo livro e gosto mais ou menos do terceiro, mas acho que ela é mais humana que muitas protagonistas de distopias por aí. E eu adoro isso, ela é bem real. Foi meu primeiro apego literário e meu primeiro adeus, acho que por isso senti tanto.

domingo, 18 de outubro de 2015

[Quotes preferidos] A rainha vermelha + Canção da rainha


Quem me acompanha deve saber que A Rainha vermelha é um livro que decididamente ganhou um espaço especial na minha estante. Trouxe para vocês alguns dos meus quotes preferidos e mais...
A editora Seguinte disponibilizou gratuitamente o e-book com o conto Canção da rainha, um conto sobre a verdadeira rainha Coriane, mãe biológica de Cal. A história acontece antes do primeiro livro e isso já me deixou extremamente pirada para ler. Mais contos serão lançados e a editora pretende lançar com um livro físico com todos eles. Além disso, outro será disponibilizado ainda esse ano, também gratuitamente.

“In school, we learned about the world before ours, about the angels and gods that lived in the sky, ruling the earth with kind and loving hands. Some say those are just stories, but I don't believe that.
The gods rule us still, they have come down from the stars. And they are no longer kind.”

"- Este mundo é tão perigoso quanto belo - começa - Quem não é útil, quem comete erros, pode ser descartado. Você pode ser descartada."

"Viraram-me do avesso, trocaram Mare por Mareena, a ladra pela coroa, trapos pela seda, vermelho por prateado. Esta manhã, eu era criada; à noite, sou princesa. O que mais mudará? O que mais perderei?"

"Nos contos de fadas, a garota pobre sorri ao se tornar princesa. No momento, não sei se voltarei a sorrir algum dia."

"- É melhor você esconder esse seu coração, Lady Titanos. Ele não vai levá-la a nenhum dos lugares a que deseja chegar."

"Eu costumava imaginar os prateados como deuses intocáveis que nunca se sentiam ameaçados ou amedrontados. Agora sei que é o contrário. Passaram tanto tempo no topo, protegidos e isolados, que se esqueceram de que podem cair. Sua força se converteu em fraqueza."

"Muitos fatores levaram a este dia, para todos nós. Um filho esquecido, uma mãe vingativa, um irmão com uma longa sombra, uma mutação estranha. Juntos escreveram uma tragédia."

Neste conto que se passa no universo da série A Rainha Vermelha, você terá acesso ao diário secreto da rainha Coriane, primeira esposa do rei Tiberias VI e mãe de Cal. Presente de seu querido irmão Julian, o caderno se tornou o único lugar onde a nobre prateada podia desabafar sem que seus pensamentos e emoções fossem usados contra ela.

Ainda jovem, Coriane Jacos foi obrigada a se mudar para o palácio real e lutava para lidar com os perigos e armadilhas do convívio com as outras Grandes Casas. A garota e o então príncipe herdeiro ficaram cada vez mais próximos, provocando a inveja e o ciúme de outras jovens da nobreza, sobretudo Elara Merandus — que tinha o poder assustador de entrar na mente das pessoas. Apaixonado, o príncipe descartou a Prova Real e escolheu Coriane como sua esposa, mas a vida da jovem rainha estava muito longe do tradicional “felizes para sempre”…


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