quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia nacional do livro ♛


Olá, bookaholics
Hoje é o dia nacional do livro e claro que não poderia deixar de fazer um post especial aqui, não é?!
Muitos possuem aversão ou até mesmo desconhecem a literatura nacional. Sim, ela existe! E não estamos falando das autoras já conhecidas, como Paula Pimenta, mas de novos autores que, muitas vezes, não são reconhecidos como deveriam ser.
Confesso que, antes de entrar para a blogosfera, não conhecia autores nacionais e tinha um certo preconceito. A escola foi grande responsável por isso. Somos obrigados a ler livros clássicos brasileiros que, muitas vezes, não são uma leitura agradável. Isso criou automaticamente uma aversão a esse tipo de literatura. Mas isso mudou, não só quando passei a gostar de alguns dos livros obrigatórios, mas assim que pude conhecer novos autores.
A literatura nacional deveria ser incentivada. Há tantos livros maravilhosos por aí que deveriam ser lidos e passarão, infelizmente, despercebidos. Tive a oportunidade de fazer parcerias com autores e conhecer obras lindas, escritas com muito carinho. Acho que tem muito disso também, uma aproximação maior. Não é um autor distante americano, mas alguém que pode ter sofrido tanto quanto você para escrever o primeiro parágrafo de um livro.
Então, se você que já teve essa oportunidade encontrar algum leitor novo por aí, indique também os nacionais. Mostre que nem todos os clássicos são chatos e que o acervo nacional não é composto apenas por eles!
E para quem quiser indicações, aí vai uma listinha:
  1. Aprendendo em seis - Marcela Campbell
  2. Sombras do medo - Camila Pelegrini
  3. Labirintos de Espelho - Bárbara Negrão
  4. A garota que tinha medo - Breno Melo
  5. Cartas para Daniel - Déborah Marins
  6. A cor da escuridão - Natália Rodrigues
  7. Espelho dos olhos - Nicolas Catalano
  8. Série Supernova - Renan Carvalho
  9. Entre quatro poderes - Grupo Sic
  10. Dias perfeitos - Raphael Montes
  11. Enigma - Rita Pinheiro

Feliz dia nacional do livro :D

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O mundo das vozes silenciadas - Carolina Munhóz e Sophia Abrahão

Editora: Rocco - selo Fantástica
Ano: 2015
ISBN: 9788568263242
Páginas: 288


Um novo ciclo e o reino silenciado.

O Mundo das vozes silenciadas é o segundo livro da série O Reino. (você pode conferir a resenha do primeiro livro aqui). 
Anos se passaram após a decisão de Sophie de deixar o reino e enfrentar os problemas da vida real. Depois da fase de bullying e depressão, acompanhamos uma nova etapa de existência, a vida adulta. Quando o livro começa, a garota já terminou a faculdade e agora é assessora da banda de rock Maguifires e namora justamente um dos membros, Nicholas. Mas um fantasma do passado a assombra, Léo. Os dois namoravam e acabaram terminando de uma maneira um tanto quanto difícil, mas o garoto não saia da cabeça de Sophie.

"Após aquela comemoração, eles tiveram uma última e longa discussão, e Léo a deixou em casa em lágrimas incessantes. Pouco depois, ele lhe enviou uma mensagem:
Estaremos sempre em nosso aquário, AC/DC."

Nesse livro temos muito mais vida real e muito menos reino, o que me agradou bastante. Gosto de enxergar o lugar mágico mais como uma metáfora que uma realidade paralela, mas acho que no fim das contas é justamente isso, cada um tem um reino, um refúgio. Isso é o que mais me encanta na narrativa.

"- Você está distante hoje - reparou Nicholas diante da porta do quarto.
- Então me faça ficar mais próxima... - sussurou a jovem."

Outra coisa pela qual me encantei é poder ter conhecido um pouco mais desse mundo de bandas nos bastidores. O livro mostra bastante da coisa de marketing, os problemas com a imprensa, o que dizer e o que não dizer e as consequências que cada palavra e cada ato podem trazer. É tudo meio que cronometrado. Isso é um dos principais motivos que deixa Sophie um tanto quanto perdida.

"Ali perto, dois Tirus discutiam por escamas de sereia e pó de fadas. Ali perto, dois Tirus discutiam por causa de um estranho tipo de pão, que tinha cor lilás. Sophie viu o quanto estavam alterados, e o conflito poderia partir para uma agressão física a qualquer momento. Aquilo era totalmente inesperado para seu local mágico. O Reino parecia ter saído de um conto de fadas, e gostava de acreditar que ali nunca havia gritos e discussões."

O que me irritou no início do livro é o plot principal. O tempo inteiro a garota não consegue se decidir entre ficar com o Nicholas ou com o Léo - que agora faz parte da banda Unique - e isso é tão clichê que comecei a ficar com medo do que poderia vir em frente. Estou um pouco saturada de triângulos amorosos, principalmente quando um casal é mais meloso que o outro. Além de tudo ter ficado um tanto quanto superficial. Mas essa irritação mudou ao longo do livro, vocês vão logo saber porquê.

"Parecia uma cena de guerra, quando os dois exércitos param frente a frente para se encarar antes da batalha. Sophie manteve os olhos fixos em Léo, mas continuou segurando com firmeza a mão de Nicholas. Estava um pouco trêmula, e a força do namorado lhe transmitia um calor bem-vindo."

Temos temas mais polêmicos, também. Samantha - minha personagem preferida - é aquela típica inconsequente, sabe? Mas ali dentro havia muitos problemas e confusão. A garota se envolve com muito álcool e drogas, isso me chamou a atenção, pois não é um assunto muito tratado ultimamente. Acho que poderia ter sido mais desenvolvido, mas como é um livro mais voltado para o público infanto-juvenil, é compreensível.


Há um momento em que Sophie de fato pira com toda a coisa de imprensa, principalmente com a pressão sobre seu romance não assumido com Nicholas, e então tem uma recaída, o que influencia muito no reino. Quando ela acorda no lugar mágico, tudo está diferente. As vozes de repente foram silenciadas - já falei que amo essa metáfora? - e tudo está morrendo aos poucos. Mama Lala deixa uma missão para a garota, decifrar três novas cartas do tarô que dizem muito sobre ela.

"Lembre-se, princesa: existe magia até mesmo na dor."

É aí que tudo começa a ficar ainda mais interessante. Gosto muito dessa parte pois as autoras souberam conduzir muito bem os pensamentos de Sophie. A Carol conseguiu aprofundá-los e me fazer sentir como a protagonista. No final tudo fez sentido pra mim. O livro começa com um clichê mas termina com uma mensagem incrível, e acho que esse é o maior motivo pelo qual recomendo O mundo das vozes silenciadas e digo que gostei bastante. A protagonista percebe que não precisa ter sempre um companheiro para ser feliz. É muito bom também ter um tempo sozinha, se descobrir. Acho que essa é uma mensagem que muitos deveriam ouvir, principalmente os jovens. Obrigada, Carol e Sophia, por terem-na transmitido. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Resenha: Os bons segredos - Sarah Dessen

 Editora: Seguinte
Ano: 2015
ISBN:  9788565765763
Páginas: 408


Segredos podem ser ruins, mas as vezes são bons demais para serem guardados.

Em meio a uma família que quebra a tradição americana, Sidney se sente invisível. Peyton, seu irmão, foi preso diversas vezes, estava sempre alcoolizado, sob efeito de drogas e cometendo infrações. As coisas mudaram por um tempo, o garoto estava em uma clínica de reabilitação, mas, após uma recaída, cometeu o pior acidente de todos.
David Ibarra havia acabado de sair da casa de um amigo e subido em sua bicicleta quando foi atropelado por um bêbado - Peyton. David ficou paraplégico. Apesar de tudo, a mãe de Sidney sempre tentava inverter a situação e torná-lo vítima, enquanto isso, ignorava a filha. Tudo sempre girou em torno de Peyton - inclusive o humor dos pais. Sidney teve que sair do colégio Perkins Day e ir ao Jackson, abandonando as amigas, enquanto carregava toda a culpa que não era deixada para o irmão sentir.

"Um fenômeno estranho acontece quando uma coisa deixa de ser um fato isolado para se tornar um hábito. Como se o problema já não fosse um visitante temporário, mas alguém que se mudou de vez para a sua casa."

A menina sofre por um tempo na nova escola, mas acaba fazendo novos amigos. Layla, Mac, entre outros.  Além disso, temos Ames, melhor amigo de Peyton e da família, um homem bem sinistro.
Não acho que Os bons segredos tenha, de fato, uma história linear com inicio, meio e fim. Poderia se equivaler a um filme colegial, o que não o torna ruim. É um ótimo livro, apesar de não conter a história tradicional. No entanto, a narrativa é bem confusa a princípio devido a grande quantidade de diálogos e personagens, mas depois acostuma-se e é como se aquele fosse um ambiente familiar. Digo, durante a leitura, era como se eu estivesse em meio aos amigos, participando.

"Não foram palavras sábias ou esclarecedoras; pelo menos não me soaram assim. Mas ao ouvi-las, Layla soltou um suspiro, encostou a cabeça no meu ombro e fechou os olhos. Sempre me esforcei tanto para dizer a coisa certa, e sempre fracassava. Fiquei feliz de acertar ao menos uma vez, mesmo sem querer."

Apesar do começo parado, acabei me envolvendo bastante. Foi muito divertido e peculiar conhecer cada personagem e suas manias. Layla, a garota das combinações de batatas-fritas - depois de ler esse livro você nunca mais comerá batata-frita do mesmo modo -; Mac, o garoto da pizzaria Seaside que adora recombinar e reconstruir coisas; Eric, o tal "bad boy da banda", apaixonado e movido por música. Até mesmo os termos usados por Sidney são usados por mim no dia a dia, o que fez com que me identificasse ainda mais com a protagonista.


O romance é muito bem trabalhado, realista, humano - tirando uma única cena clichê. É realmente diferente e conseguiu se destacar.
Um ponto negativo, porém, é a previsibilidade. Esta, somada ao fato do livro não possuir uma história linear, acabou me incomodando bastante e fazendo com que me decepcionasse. Fez com que eu sentisse falta de algo, poderia ter sido mais, mas não foi. Desde o início, sabia como seria o final. Não fui surpreendida, não tive vontade de ler loucamente, apenas fui me divertindo, interagindo e sentindo-me ali.

"(...) Aquelas emoções, repentinas e fortes, me pegaram de surpresa. Tanto que só tomei consciência da parte mais chocante daquilo horas depois. O mais surpreendente não era o choro em si, mas o fato de eu ter chorado na frente de outras pessoas. Na verdade, só desabamos diante de quem sabemos que pode nos reconstruir. Mac e Layla estiveram ao meu lado. Mesmo - e especialmente - quando eu não podia fazer o mesmo por eles."

Em suma, Os bons segredos é um livro que deve sim ser lido, mas não sairia recomendando a quatro cantos. Se você está com a expectativa extremamente alta - como eu estava - tente esperar menos. É um livro ótimo, mas não incrível. A narrativa trata-se mais da psicológica de Sidney e sua aceitação, que ocorre ao longo do livro. Trata-se de crescer como pessoa e se mostrar visível para o mundo. Embora, ainda assim, alguns ingredientes tenham ficado em falta. Há assuntos fortes presentes, mas que não foram tratados com tanta seriedade. Talvez por ser um livro mais voltado para o público jovem. Contudo, senti-me familiarizada e abrigada como não sentia há muito tempo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

As duas mortes literárias que mais doeram


1. Lockie (Proibido - Tabitha Suzuma)
Primeiramente, se você não sabe sobre que livro estou falando, você pode conferir a resenha aqui. Mas antes quero que essa seja a sua próxima leitura, ok?! Esse é meu livro preferido da vida inteira e acho que deveria ser lido por todos. 
A maneira como a morte de Lockie me matou por dentro foi inexplicável. Com certeza a mais dolorida, a mais surpreendente e chocante. Realmente não esperava que aconteceria, pensei que tudo ficaria bem no final e dessa vez de fato torci para que ficasse. E então, em algumas linhas, meu Lochan tinha ido embora. Fiquei um tanto quanto sem rumo, li as mesmas palavras umas trocentas vezes até aceitar o ocorrido. Quando digo isso, perguntam-me se chorei e, por incrível que pareça, a resposta é negativa. O que aconteceu foi muito mais intenso que lágrimas, nem eu consigo explicar a tamanha raiva, angústia e desespero que senti naquele momento. E foi exatamente nessa hora que elegi Proibido como meu livro favorito.


2. Tris Prior (Divergente - Veronica Rooth)
Não é segredo pra ninguém que no último livro da trilogia a protagonista da seu último suspiro, certo?! Graças a minha curiosidade e ao bando super interessado em compartilhar spoilers na internet fiquei sabendo sobre esse final trágico. Entretanto, não acreditei, continuei lendo, mesmo sabendo que poderia acontecer. Posso dizer que a morte da Tris foi muito bem colocada, acho que Divergente desmistificou essa coisa de super-heroína imortal, algo que adorei. Mas poxa, logo a Tris?!
Resumindo, conforme chegava na tal cena da morte, meus olhos foram enchendo de lágrimas, a visão embaçada até que comecei a gritar com o livro. Sim, eu falava "não, não, não" enquanto virava as páginas. Naquele momento de desespero nada oportuno, minha mãe resolveu ligar e quase morreu do coração quando me ouviu dizendo "mãe, ela morreu, ela morreu". Claro que riu da minha cara quando descobriu quem havia morrido. 
Essa morte doeu bastante pois realmente me apeguei a protagonista. Amo a Tris do primeiro livro, odeio a Tris do segundo livro e gosto mais ou menos do terceiro, mas acho que ela é mais humana que muitas protagonistas de distopias por aí. E eu adoro isso, ela é bem real. Foi meu primeiro apego literário e meu primeiro adeus, acho que por isso senti tanto.

domingo, 18 de outubro de 2015

[Quotes preferidos] A rainha vermelha + Canção da rainha


Quem me acompanha deve saber que A Rainha vermelha é um livro que decididamente ganhou um espaço especial na minha estante. Trouxe para vocês alguns dos meus quotes preferidos e mais...
A editora Seguinte disponibilizou gratuitamente o e-book com o conto Canção da rainha, um conto sobre a verdadeira rainha Coriane, mãe biológica de Cal. A história acontece antes do primeiro livro e isso já me deixou extremamente pirada para ler. Mais contos serão lançados e a editora pretende lançar com um livro físico com todos eles. Além disso, outro será disponibilizado ainda esse ano, também gratuitamente.

“In school, we learned about the world before ours, about the angels and gods that lived in the sky, ruling the earth with kind and loving hands. Some say those are just stories, but I don't believe that.
The gods rule us still, they have come down from the stars. And they are no longer kind.”

"- Este mundo é tão perigoso quanto belo - começa - Quem não é útil, quem comete erros, pode ser descartado. Você pode ser descartada."

"Viraram-me do avesso, trocaram Mare por Mareena, a ladra pela coroa, trapos pela seda, vermelho por prateado. Esta manhã, eu era criada; à noite, sou princesa. O que mais mudará? O que mais perderei?"

"Nos contos de fadas, a garota pobre sorri ao se tornar princesa. No momento, não sei se voltarei a sorrir algum dia."

"- É melhor você esconder esse seu coração, Lady Titanos. Ele não vai levá-la a nenhum dos lugares a que deseja chegar."

"Eu costumava imaginar os prateados como deuses intocáveis que nunca se sentiam ameaçados ou amedrontados. Agora sei que é o contrário. Passaram tanto tempo no topo, protegidos e isolados, que se esqueceram de que podem cair. Sua força se converteu em fraqueza."

"Muitos fatores levaram a este dia, para todos nós. Um filho esquecido, uma mãe vingativa, um irmão com uma longa sombra, uma mutação estranha. Juntos escreveram uma tragédia."

Neste conto que se passa no universo da série A Rainha Vermelha, você terá acesso ao diário secreto da rainha Coriane, primeira esposa do rei Tiberias VI e mãe de Cal. Presente de seu querido irmão Julian, o caderno se tornou o único lugar onde a nobre prateada podia desabafar sem que seus pensamentos e emoções fossem usados contra ela.

Ainda jovem, Coriane Jacos foi obrigada a se mudar para o palácio real e lutava para lidar com os perigos e armadilhas do convívio com as outras Grandes Casas. A garota e o então príncipe herdeiro ficaram cada vez mais próximos, provocando a inveja e o ciúme de outras jovens da nobreza, sobretudo Elara Merandus — que tinha o poder assustador de entrar na mente das pessoas. Apaixonado, o príncipe descartou a Prova Real e escolheu Coriane como sua esposa, mas a vida da jovem rainha estava muito longe do tradicional “felizes para sempre”…


Amazon/Saraiva

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Resenha: Amor amargo - Jennifer Brown

Editora: Gutenberg
Ano: 2015
ISBN: 9788582353066
Páginas: 256
Nota: 5/5

O amor pode ser bonito, mas também pode ser feio. O amor pode ser doce, mas também pode ser amargo.

Escrever essa resenha é um tanto quanto complicado pra mim. É um livro que conseguiu me provocar muito e fazia bastante tempo que não saia assim da cadeira. O problema é que durante boa parte da história odiei a protagonista, não entendia seus motivos, considerava-a burra e ingênua. Mas ao longo do livro fui percebendo e entendendo tudo, ao final, nas notas da autora, tudo fez sentido e eu pude dizer, finalmente, que Jennifer Brown novamente conseguiu escrever um livro que deveria ser leitura obrigatória a todos!

"Naquele exato momento, aos 8 anos de idade, eu sabia. Sabia - assim como sabia que jamais tiraria o apanhador de sonhos do pescoço - que um dia iria ao Colorado, para onde a mamãe tinha tentado ir."

Amor Amargo é narrado pela protagonista, Alex. Tudo se inicia com o planejamento de uma viagem para Colorado, mas não é uma viagem qualquer. Depois da morte repentina de sua mãe e vivendo com irmãs e um pai completamente ausente ela resolve ir atrás de respostas no Colorado - para onde a mãe estava indo quando sofreu o acidente. Mas ela não irá sozinha, seus dois melhores amigos a acompanharão. Em meio a sábados de pizza, massa de biscoito regadas a Dr. Pepper, os três se divertem e planejam a viagem. Bethany é obstinada, persistente, determinada. Gosto muito da maneira como ela se comporta ao longo do livro. Zach, engraçado, protetor e o melhor amigo que todo mundo gostaria de ter. Na verdade, queria os três do meu lado.

"Mas, quando demos os braços um para o outro e começamos a andar em direção ao carro de Cole, poderia jurar que vi o seu rosto assumir uma expressão nada amigável."

A princípio, é isso que o livro parece ser, um young adult. É possível até imaginar um final com a viagem e Alex se redescobrindo. As suspeitas são "confirmadas" quando Alex conhece um garoto para quem tem que dar aulas de reforço, Cole - que parece ser bem legal, a princípio. Mas é claro que não poderia ser diferente da polêmica contida em seu outro livro, A lista negra. O garoto, antes meigo, vai se revelando obsessivo, egoísta e ainda pior, violento. Esse é o tema do livro: relacionamentos abusivos.

"Beth e Zach sorriam para mim toda hora, mas seus sorrisos não provocavam essa sensação. Seus sorrisos eram como risadas. O sorriso de Cole era como uma carícia. E parecia ter sido feito sob medida para mim."

Amor amargo não me fez ficar apenas angustiada, como muitos blogueiros dizem, mas me deixou com raiva. Muita raiva de Cole e ainda mais de Alex. O garoto começou a persegui-la, não a deixava sair com os melhores amigos, tratou todos mal - principalmente Zach - e Alex simplesmente ignorava, inventava desculpas ou culpava a si. E então aconteceu a primeira agressão. Pensei: agora ela vai se tocar e terminar tudo. Mas nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao, aí você imagina a minha cara quando ela começou a se culpar e tentar inventar desculpas para não acreditar na verdade bem na frente dela?! Quando deixou a melhor amiga esperando por ela e depois ainda fez questão de ficar com ciumes de uma nova integrante do grupo?! Tive que fechar o livro, senão iria ter um treco. Nesses momentos queria beijar Bethany e Zach, que esfregavam a verdade na cara dela.


Mas conforme lia o livro e as notas da autora, tudo começou a fazer sentido. Alex deixou de ser burra para ser vítima. Vítima de algo que aparenta não ter saída. É algo parecido com a síndrome de Estocolmo. Ela simplesmente amava Cole, era para ele ser o cara perfeito, mas não era. E ela negava isso o tempo inteiro. 

"Saiu de fininho da sala e depois fechou a porta quase sem fazer barulho e, de uma hora para a outra, eu estava sozinha. E foi aí que tudo começou a doer. O pulso. Os quadris. O couro cabeludo. O pescoço. E, mais que tudo isso junto, o coração."

Pra não dizer que a história não contém erros, senti um pouco de falta da explicação sobre Cole. Por que ele faz o que faz?! Somos apresentados a família dele e alguns problemas, mas fica tudo muito vago. Ainda espero por um livro em sua perspectiva - prometo ler e tentar não jogar pela janela. Quanto a Tina, a nova "integrante" do grupo, senti que foi apenas um mero artifício. Uma vez que a personagem é citada em dois capítulos e depois some. Mas ok, é compreensível.
Outra personagem que amei é a Georgia, chefe de Alex. Ela é como uma mãe que a garota nunca teve e realmente está lá para tudo, tudinho mesmo.

"Era como se a dor não fosse minha. Como se a Alex que estava ali não fosse eu, mas outra pessoa, perdendo os sentidos um a um. Parei de chorar. Fiquei apenas assistindo. Dormente."

Gostei que no final das contas, a viagem para Colorado não foi esquecida e Alex de fato aprende sobre a mãe. Seu objetivo do inicio foi cumprido no fim, com alguns acréscimos. Ela se torna uma personagem muito mais forte, cheia de cicatrizes, mas inteira.
Em suma, Amor amargo faz jus ao nome. É uma história amarga, mas cheia de amor. Amor que pode se expressar de todas as formas. O amor distorcido, um amargo amor. 

"(...) Era ele quem ditava as regras e dava as ordens. Eu não passava de uma marionete, me movendo ao sabor da sua vontade."

ps: esse livro foi cedido em parceria com a editora Gutenberg. Estava doida pra ler e quando o encontrei na minha cama sai gritando pro mundo. 
ps2: se você quer ler outros livros da autora, por favor, leia A lista negra.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

[SÉRIES] Comecei a assistir teen wolf!


Teen Wolf teve sua estreia no dia 5 de junho de 2011, na MTV. A série relata a história de Scott, que acaba descobrindo que transformou-se em um lobisomem. Ele deve lidar com todas as consequências e ainda guardar o segredo da família e da maior parte dos amigos. É uma história cheia de sobrenatural que, a princípio, parece supérflua. Por retratar o ambiente escolar e o convívio entre os amigos adolescentes, há fatores bem clichês, principalmente no início. Mas o peso é dado conforme os episódios vão passando. A história fica mais densa e intrigante, de modo que se você conseguiu passar pelos primeiros capítulos, é muito difícil conseguir parar de assistir.
Pois é, gente, resolvi me render a série e, no início, mal conseguia ficar cinco minutos assistindo. Mas insisti e insisti e insisti, hoje me arrependo de não ter insistido mais cedo. Não vou dizer que a história é incrível e extramente inteligente, mas é muito boa - e bastante sofrível, principalmente pra quem shippa Stidya.  No começo, os personagens parecem ser bem superficiais, mas ao longo dos acontecimentos vamos descobrindo que não é bem assim, o poço é ainda mais profundo. Começarei hoje a terceira temporada, mas posso dizer que cada protagonista vai sofrendo uma evolução, vai ficando mais denso, carregando toda uma carga emocional. Isso é o que mais gosto em Teen Wolf, para tudo existe um desenvolvimento anterior.


Quanto a opiniões pessoais sobre personagens... (não me matem, por favor!)
O Scott é o protagonista, certo?! Errado!! Ok, ele não é completamente inútil, mas não consegui me identificar com ele ou coisa assim. Acho que ele poderia ter algo a mais e não ser somente um ser passivo. (esperamos que isso mude)A Lydia inicialmente era bem fútil, mas fatos mudam as pessoas, não é mesmo? A cada dia mais estou gostando dela e ficando intrigada quanto ao que irá acontecer. É uma personagem que ainda promete muito!


Nem preciso comentar sobre Derek Hale, né?! Que além de me arrancar suspiros é completamente ativo no quesito lobisomem e tentar resolver as coisas, criar planos, etc. 
Jackson (lagartão) faz com que eu sinta um sentimento de amor e ódio não muito bem resolvido. Sou meio bipolar quanto a ele, sério haha
Allison passou de adolescente sem sal para super badass com o melhor lema da vida ever! Acabou se tornando uma das minhas preferidas!


E claro, não poderia faltar a melhor pessoa dessa série, Stiles! É o melhor amigo, aquele que está lá pra tudo e pode estar quase morrendo que vai dar um jeito de fazer piada ou ser sarcástico. Mas também te apoia, ajuda, é a melhor pessoa ever. Boatos que ele vai passar por umas coisas meio tensas, falaram pra eu preparar os lenços, então estou aqui arrumando o meu coração!


E claro, tem uma família bem UOOOOOOU, vocês já devem imaginar de quem! haha
Espero as próximas temporadas cheias de ação, intrigas, revelações, traições, momentos de arrancar o fôlego e mudanças! Estou bem ansiosa para continuar a assistir!! E vocês, assistem? Contem nos comentários suas opiniões!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Lançamentos do mês: Outubro - Novo Conceito

Olá, bookaholics!
Hoje vim trazer pra vocês alguns dos lançamentos do mês da editora Novo Conceito. Estou super ansiosa pra receber os que solicitei e para os outros também, que parecem ser maravilhosos. Acho que outubro é o melhor mês de lançamentos!

Autora: Cecelia Ahern
Gênero: Romance, Drama
Páginas: 352
ISBN: 9788581637860

“Momentos são preciosos; às vezes eles se demoram e, em outras ocasiões, são passageiros, mas, ainda assim, muito pode ser feito durante eles; você pode mudar de ideia, pode salvar uma vida e pode até se apaixonar.”;
Depois de não conseguir evitar que um homem acabasse com a própria vida, Christine passa a refletir sobre o quanto é importante ser feliz. Por isso, ela desiste de seu casamento sem amor e aplica as técnicas aprendidas em livros de autoajuda para viver melhor.
Adam não está em um momento muito bom, e a única saída que ele encontra para a solução de seus problemas é acabar com sua vida. Mas, para a sorte de Adam, Christine aparece para transformar sua existência, ou pelo menos tentar ajudá-lo. 
Ela tem duas semanas para fazer com que Adam reveja seus conceitos de felicidade. Será que ele vai voltar a se apaixonar pela própria vida?



Autora: Cora Carmack
Gênero: Romance
Páginas: 288
ISBN: 9788581637129

Qual era o meu problema? Hunt era só um cara qualquer. Homens nunca foram um desafio para mim... ou pelo menos não eram fazia muito tempo. Mas aquele homem... Ele me deixava confusa sem nem mesmo tentar.
A maioria das pessoas adoraria passar meses viajando pela Europa após concluir a faculdade sem responsabilidades, sem pais e sem limites no cartão de crédito. Kelsey Summers não é exceção. 
Ela está no melhor momento de sua vida, pelo menos é o que continua a dizer a si mesma. Tentar descobrir quem realmente você é pode ser um negócio complicado, especialmente quando se está com medo de não gostar do que vai descobrir. Bebidas e festas não são sufi cientes para afastar a solidão de Kelsey, mas talvez Hunt possa ajudá-la.
Depois de alguns encontros casuais, eles embarcam em uma aventura pelo continente. A cada nova cidade, uma experiência. A mente de Kelsey torna-se um pouco mais clara e cada vez mais seu coração deixa de pertencer somente a ela. Hunt a ajuda desvendar seus próprios sonhos e desejos. No entanto, quanto mais ela aprende sobre si mesma, mais percebe o quão pouco sabe sobre Hunt.

Autora: Eowyn Ivey
Gênero: Drama, Fantasia
Páginas: 352
ISBN: 9788581638010
Alasca, 1920: Um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem filhos, eles estão se afastando um do outro cada vez mais ele, no duro trabalho da fazenda, ela, se perdendo na solidão e no desespero. Em um dos raros momentos juntos durante a primeira nevasca da temporada, eles fazem uma criança de neve. Na manhã seguinte, ela simplesmente desaparece.
Jack e Mabel avistam uma menina loira correndo por entre as árvores, mas a criança não é comum. Ela caça com uma raposa-vermelha ao lado e, de alguma forma, consegue sobreviver sozinha no rigoroso inverno do Alasca.
Enquanto o casal se esforça para entendê-la uma criança que poderia ter saído das páginas de um conto de fadas , eles começam a amá-la como se ela fosse filha deles. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como aparentam ser, e o que aprendem sobre essa misteriosa menina vai transformar a vida de todos eles.
Autora: Ana Carolina KJ
Gênero: Literatura Nacional
Páginas: 256
ISBN: 9788581637273

Duas almas destinadas a se unirem para sempre.
Após a morte de seu pai, Anna Bonnier tenta recuperar um pouco de sua felicidade ao viajar para uma estação de esqui com sua melhor amiga, Loreta. Entretanto, o que era para ser um simples passeio, acaba por se tornar um desafio sobrenatural.
Anna conhece o enigmático Raziel e percebe uma forte conexão que vai além da realidade, sobretudo quando descobre que o sentimento que tem por ele atravessa os séculos.
Aos poucos, a proximidade que constroem juntos traz novos riscos. O relacionamento amoroso que ela sempre desejou pode desaparecer de forma trágica, assim como o homem que abriu seu coração.
Passado, presente e futuro caminham juntos nessa emocionante história de amor e sedução, em que a realidade é capaz de alterar, a qualquer momento, o destino de cada um deles.




Autor:Fernando Moraes 
Gênero:Vida social, comportamento
Páginas: 112
ISBN: 9788581637938

Atitudes positivas, reconhecimento por um feito artístico, envolvimento cognitivo com o que se gosta e o que se faz bem. Essas são algumas atitudes que fazem parte do Renovo.
O Renovo nos dá a possibilidade de fazer melhor, de ter esperança, de transformar o estado de fatalidade em felicidade mesmo que seja momentânea. É preciso se reinventar para que aconteça a mudança de vida. 
O Renovo pode, e deve, fazer parte da vida de todos. Superar o que não serve mais e construir hábitos importantes, cada vez mais presentes. A transformação vem de dentro. É essencial querer mudar, procurar a renovação interna com inspirações que vêm de fora.
Pense nisso. Renove-se. Inspire-se. Mude.

Estou totalmente doida para ler A menina da neve e Amor imortal, a sinopse me encantou, assim como a capa. Depois que descobri a premissa fiquei: preciso ler esses livros! sos!! Qual é o lançamento preferido de vocês?! Conta pra mim!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Resenha: Cinderela Chinesa - Adeline Yen Mah

Editora: Seguinte
Ano: 2006
ISBN: 9788535908459
Páginas: 176
Nota: 4/5

Crie o seu próprio modelo de sapatinho de cristal.

Essa não é só uma história que, de fato, se assemelha muito com a de cinderela - de um modo mais revolucionário para os padrões da época - mas também um grande grito para todos os filhos que foram renegados. A família está lá. Os pais estão lá, mas fingem não estar.

"Tia Baba me disse que a vida de Nai Nai tinha evaporado como um sonho de primavera. Dava pra ouvir os grilos cantando lá fora no calor do verão, e os vendedores ambulantes anunciando seus produtos na calçada lá em baixo."

Adeline Yen Mah conta sua própria história durante a infância e o início da pré-adolescência, fazendo um salto para a fase adulta posteriormente. Sua mãe morreu logo após o parto e todos culpam a pequena Adeline por isso. Ela nunca conheceu a mãe e também foi proibida de ver qualquer foto. Só lhe restava sua tia Baba e Ye ye.

"Naqueles poucos momentos, nós entendemos tudo. Não só sobe Niang, mas sobre todos os adultos. Agora que Nai Nai tinha morrido, não havia mais dúvidas sobre quem estava no comando."

Teve que se mudar para a casa de seu pai e sua madrasta, Niang, junto com seus irmãos. O casal filho de Niang era extremamente bem tratado, enquanto Yen Mah e seus irmãos eram tratados com extrema indiferença ou como se fossem pesos. Mas na verdade, quem mais pesava era ela, a Cinderela chinesa, por ter pensamentos diferentes, por se destacar quanto a alma - que era muito bonita.

"Para mim, escrever era puro prazer; me emocionava ser capaz de escapar dos horrores de minha vida diária de um jeito tão simples. Quando escrevia, eu esquecia que era uma filha indesejada que provocara a morte da mãe."

Ficava feliz quando ganhava algum prêmio no colégio, seu pai finalmente se orgulhara. Mas era automaticamente tirada do prazer quando sua madrasta e os irmãos a diziam para parar de se gabar e xingavam.


Não há muito o que dizer sobre a narrativa ou personagens. É um livro que anda devagar no início, mas depois deslancha. A leitura passa a ser fluida e mais interessante. Posso dizer que depois de muito, muito tempo, chorei com um livro.

"Embora eu estivesse nervosa e calada porque fazia apenas três dias que tia Reine havia me tirado da São José, ri bem alto. Era esse o efeito de Victor sobre as pessoas. Ele e Claudine me puseram à vontade assim que os conheci."

Também adorei as partes sobre o dialeto chinês. Como alguém pode falar a língua fluentemente, mas não conseguir escrever nada - e vice-versa.
Em suma, Cinderela chinesa é um livro que me surpreendeu. Li para o clube da leitura com poucas expectativas, mas não é que me arrancou lágrimas?! É bastante angustiante ver pelo que ela passou, sabe? Não costumo gostar de finais "felizes para sempre" motivadores, mas, dessa vez, acabou como deveria ser.

"Primeiro você tem que de acreditar que é capaz de fazer qualquer coisa que quiser. Lembre-se: gênio é dez por cento inspiração, noventa por cento transpiração."

Não é o melhor livro do mundo, é um pouco infantil as vezes - principalmente no início. Mas é um bom livro, vale a pena dar uma chance, sim.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

[No mundo da música] 3 clipes que me fizeram sair do chão



É claro que ela não poderia faltar aqui, não é?! Esse foi um dos clipes lançados esse semana que me fizeram esquecer como respira. A música é maravilhosa e tem tudo a ver com um momento passado da minha vida. Acho que ela conseguiu inovar no clipe em relação a todos os outros que vinha fazendo, dessa vez há uma história, mais sentimento e tudo conseguiu se combinar perfeitamente! (Boatos que doeu muito a parte em que a Júlia e o Caio separam as mãos quando ela tem que tirar fotos e dar autógrafos).



Essa é minha música preferida do novo álbum da cantora, Honeymoon - não gostei muito dele em si, talvez tenha sido o seu pior, mas essa música com certeza se destaca. E com o clipe não é diferente. Por mais que seja bem mais parado e reflexivo, cheio de metáforas, imagens e todas essas coisas, difere bastante de muitos clipes dela. Na maior parte há ela e um outro homem ou algo semelhante, gosto desse clipe porque ele justamente corta essa fase. E outra, a Lana sorriu no clipe, gente, acho que isso é um milagre! haha Em resumo, achei meio paradinho, mas ao mesmo tempo incrível. Como não se apaixonar pelas cenas embaixo da água?!



Alguém poderia, por favor, arrumar uma máscara de oxigênio?! Parabéns para a Halsey, pela música e essa narração incrível no começo, além da atuação. Parabéns aos produtores por saberem exatamente o que fazer e quando fazer. Fiquei presa dentro da história do início ao fim, até me deixou arrepiada. Absolutamente tudo faz sentido nesse clipe. A música foi parada nas horas que deveria, parece que até mesmo os movimentos, as ações, acompanhavam o ritmo. Ainda estou sem fôlego! Halsey com certeza é a principal aposta para as novas cantoras do meio!