sábado, 27 de setembro de 2014

Nova capa do livro "Quem é você, Alasca?"

O livro "Quem é você, Alasca?", após ter duas edições com capas diferentes publicadas pela editora Martins Fontes, é publicado pela editora Intrínseca - que já publicou outros livros do autor e recentemente adquiriu os direitos deste - com uma nova capa, dessa vez, mais parecida com a original - como a lançada nos EUA.
Vejam aqui as capas antigas e a nova edição:




















Eu, particularmente, gosto mais da com a margarida na capa, por motivos que só quem leu entende <3 Mas também ameeeei essa nova edição!! A que eu tenho é a da menina, mas no fim nem ligo muito, o que vale é o conteúdo, né?! 
E vocês, bookaholics?! O que acharam da nova edição publicada pela Intrínseca?! Qual é a sua capa preferida?!


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Amor ao próximo

Uma das grandes palavra da religião é "ame ao próximo", isso me choca bastante. Não, não estou falando mal de religião alguma, estou chocada com nós, seres humanos que vivem em uma sociedade aonde é necessário sua religião dizer "ame ao próximo". Essa não deveria ser uma palavra dita apenas por religiosos. Amar ao próximo deveria ser universal.
Se houvesse uma única lei, essa deveria ser: ame ao próximo, não deixe que seu ego tome conta de si. Vejo por aí tanta gente que frequenta a igreja e é extremamente egoísta, mas também vejo religiosos fazerem coisas incríveis pelos outros. Também vejo outros que tem um ego tão grande que o tamanho da cabeça deveria ser triplicado, mas também já vi ateus ou pessoas que não são tão religiosas ajudarem os outros, também. O que importa não é a sua escolha religiosa, e sim o seu caráter, a sua índole, é disso que somos feitos.
Há tanta gente passando fome, tanta gente doente que precisa de ajuda... Mas tudo começa de um modo muito mais simples. O próximo não precisa ser alguém "distante", não. Existem coisas muito mais simples que vivem sendo ignoradas.
Esses dias vi uma cena que me deixou muito chocada e cortou meu coração, e que fique bem claro, não estou escrevendo nada disso aqui pra me gabar, esse texto é mais um desabafo em relação a todo esse egoísmo excessivo e hipocrisia no mundo.
Estava prestes a entrar na aula quando vi uma garota mais nova segurando o choro, juro pra vocês que vi os olhinhos dela encontrarem o teto e quase ouvi a voz dizendo "não chora, não chora.", mas ela não aguentou, as lágrimas começaram a descer. Fiquei olhando meio de canto com o coração na mão, fiquei com um pouco de receio de ir até lá por achar que ela acharia estranho, algo assim. Então aconteceu, um funcionário que trabalha lá olhou para o outro lado e viu a garota chorando. Repito, viu a garota chorando. Sabe o que ele fez? Nada. Exatamente nada. As pessoas simplesmente passavam como se nada estivesse acontecendo. Fiquei chocada com isso, o mundo de alguém pode estar caindo do seu lado e a maioria nem vai se importar de olhar. Decidi dar meia volta e ir falar com ela.
Eu sei que o mundo não vai mudar e uma pessoa fazendo um post em um blog, contando sobre tudo isso, não vai ajudar nada. Mas eu precisava dizer, precisava. Acho que cada um de nós deveria refletir um pouco e fazer algumas mudanças. Claro, todo mundo é um pouco egoísta e isso é saudável, mas deixa de ser quando você deixa uma menina chorando, passa ao lado de um mendigo e nem olha - como se ele não estivesse ali, entre tantas outras coisas.
O seu ato pode ser uma raridade no meio de milhões, mas faça mesmo assim, a gente nunca sabe o quanto o dia de alguém pode melhorar até por um simples "você está bem?" sincero.
E sim, todos sabem diferenciar um "ta tudo bem?" por educação e o "ta tudo bem?" dito com sinceridade.

domingo, 21 de setembro de 2014

FOTOGRAFIA: Concurso de fotografia na escola

Heeey, bookaholics!!
Acho que não cheguei a comentar aqui, mas na minha escola todo ano é feito um sarau para os alunos se apresentarem e mostrarem seus talentos. Bom, além disso, sempre fazem um concurso de logotipo e um de fotografia. O ano passado queria participar do concurso, mas acabou que nem deu tempo, mas esse ano foquei e decidi participar mesmo. O tema proposto foi sociedade de consumo e sociedade alternativa. Fiquei dias pensando em ideias para as fotografias, queria sair do comum pelo menos um pouco, ainda sou amadora, então não foi nada de extraordinário, mas eu acabei gostando do resultado. Aliás, obrigada pra todos os meus amigos que ouviram minhas ideias e estavam ali ajudando, opinando com sinceridade e me apoiando. 
Enfim, decidi me inscrever para o concurso e fui lá levar as fotos para a inscrição. Fiquei bastante ansiosa para o resultado, mas não achei que fosse ganhar, eu pensava um pouco "ai, será que vou conseguir?" mas depois eu pensava "ah, não, acho que não." E acontece que o impensado aconteceu!! Vim aqui dividir essa felicidade com vocês, foi uma alegria que deixou meu dia melhor, com certeza!! 
Ganhei um troféu e um vale-compras em uma loja de música muuito legal, mas o que mais me deixou feliz mesmo foi o fato de terem gostado das minhas fotografias e da maneira como decidi retratar o tema. Isso me deixou imensamente feliz, de verdade. Então, decidi mostrar pra vocês as fotografias que inscrevi e aquela que venceu!
Interpretem as fotografias do que jeito que quiserem! Bom, espero que gostem, mesmo!! :D





A Vencedora:
Produto(res)

O troféu <3




sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sobre Grey´s anatomy: Episódios 23 e 24 - Temporada 6

ATENÇÃO: SPOILERS

Fiquei bastante chocada com os episódios 23 e 24 da sexta temporada de Grey's anatomy, com certeza foi um ep. bastante agonizante e também me fez refletir sobre algumas coisas. Decidi compartilhar o que senti vendo esse episódio, minha opinião e etc. É o primeiro post que faço falando de algum episódio de série, então espero que fique bom... Enfim, vamos lá:

Costumo ler a sinopse dos próximos episódios de Grey's anatomy, então geralmente eu fico sabendo o que vai acontecer, mas dessa vez eu tinha olhado já fazia um tempo, sabia que o tiroteio aconteceria mas não fazia a miníma ideia de que tudo começaria no episódio 23. 
Quando Mr. Clark entrou no hospital nem lembrava quem era ele, não sabia porque ele estava procurando o atual chefe - Derek - e tudo estava completamente normal. Até Reed não responder a pergunta do atirador e ele disparar a primeira bala e mata-la. Sim!! Aí eu já dei um pulo no sofá! Mas nem deu tempo de ficar chocada porque o próximo a levar o tiro foi o meu  Alex! Foi aí que tudo começou! Fiquei extremamente agonizada com o Alex se arrastando para o elevador na tentativa de avisar alguém enquanto o atirador estava a solta no hospital.


Descobrimos depois o motivo de tudo isso. A esposa de Mr. Clark estava bem doente e em coma cerebral, tinha assinado um termo para que desligassem as máquinas e deixassem que ela fosse embora, mas o marido nunca aceitou isso. Mesmo assim, Derek ordenou que desligassem as máquinas, Lexie o fez e Dr. Webber era o atendente do caso. Por isso, Mr. Clark volta buscando a "justiça" e causa esse grande caos. Depois, em um dialogo com Dr. Webber - e que dialogo! - ele diz que seu plano era se matar depois de tudo, queria matar Webber mas só havia uma bala restante. Esse dialogo é genial e mexeu muito com a minha cabeça!


Todo esse motivo me levou a pensar em "A lista negra" e refletir sobre a mente dessas pessoas, entender isso é bem interessante, a ideia de justiça que eles tem, acreditando realmente que aquilo o que estão fazendo é para um bem e não para o mal. Me fez refletir sobre a que ponto a mente humana perturbada pode chegar. O que um trauma pode fazer. Nem o próprio atirador imaginou as proporções que aquilo poderia tomar.

"Não doí mais. A dor foi embora. Isso é ruim, não é?!"

Várias cenas me deixaram bem aflitas e com sentimento de impotência. Preciso citar a cena da Dr. Bailey e o Dr. Percy. Miranda estava junto com ele atendendo uma paciente, quando o atirador entra na sala. Dr. Percy se esconde no banheiro e Miranda fica em baixo da cama. A paciente finge estar morta - o que acaba deixando  Mr. Clark com ainda mais raiva. O atirador entra no banheiro e pergunta para Percy se ele é cirurgião, ele diz que sim e automaticamente leva um tiro. Juro que aquele estrondo continuou ecoando no meu ouvido. Nada descreve aquela cena, o sentimento que me trouxe ao ver Dr. Percy caído no chão enquanto Dr. Bailey segurava o choro mas era arrastada pela perna e dizia ser enfermeira. Depois, Bailey e a garota paciente tentam salvar Dr. Percy, isso me deixou tão aflita, tão chocada. Tive vontade de gritar quando tudo foi em vão. Os elevadores não estavam funcionando e não teria como salva-lo. É aí que Miranda se vira e grita, chora, depois se volta para a garota, senta a seu lado. E ali ficam as duas. Bailey com ele no colo, sem abandona-lo, enquanto ele espera sua morte.


Outra cena chocante é quando Mr. Clark encontra Derek e o confronta, diz todos os seus motivos e Derek explica tudo novamente, fala que o entende, outro diálogo excepcional do episódio - tudo isso com uma arma apontada pra si. Aí April entra sem saber de nada e acontece que Derek é atingido. 
Depois de tudo isso, quando Cristina está tentando salvar Derek e Meredith está em crise, o atirador entra na sala de operação e coloca a arma na cabeça de Yang, ameaçando disparar caso ela não pare de salvar Sheperd. Nisso, Hunt acaba levando um tiro e Meredith corre pra salva-lo, é quando ela tem um aborto espontâneo, além de tudo!

"A vida é feita de escolhas. Sim ou não. Pra cima em pra baixo. E depois tem as escolhas que realmente importam. Amor ou Ódio. Ser um herói ou um covarde. Lutar ou se deixar levar. Viver. Ou morrer. Vivar ou morrer. Essa é a escolha mais importante e não está sempre em nossas mãos."

E tem muito mais, muito mais mesmo! Quando o atirador vai para a pediatria e Arizona e Callie entram em desespero, quando ele encontra Lexie no corredor - ela acaba indo parar até em uma clinica, por causa do trauma. Em todos, aquele dia ficou marcado. É uma cicatriz na alma de todos os que sobreviveram ao grande tiroteio.
Não tenho palavras para descrever esse episódio, com certeza foram algumas das cenas mais chocantes que já vi na vida. Estrondos que ficaram na minha cabeça. Frases e dialogos que sei que vão me acompanhar por muito tempo. Me fez refletir tanto e pensar tanto sobre a sociedade, a vida, tudo. Mesmo com esse texto enorme é impossível descrever. Mesmo que você não assista Grey's anatomy e não saiba do que eu estou falando, vale a pena assistir pelo menos esses dois episódios.

PS: Realmente espero que não tenha ficado confuso e entendam a mensagem que quis passar pra vocês. Prometo que os próximos posts sobre séries serão mais organizados!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Coluna da Dani


Olá queridos leitores que andam vivendo no infinito. Sou nova no pedaço, e como ninguém aqui me conhece, ei de apresentar-me.
Meu nome é Dani, tenho dezenove anos, estou cursando jornalismo, e como é de se esperar, amo ler, escrever, viajar no mundo das palavras, fazendo o possível para que elas andem de mãos dadas e juntas transmitam algum sentimento que faça sentido para você, e para mim, e dessa forma tornar este um encontro convidativo, para que você participe e opine. (E quem sabe volte.)
Bom, fui convidada pela (maravilhosa) Bia para ter uma coluna só minha, coisa chic né? Também achei.

E a minha ideia é trazer alguns textinhos de autoria própria, espero que gostem, porque eu, já estou amando (e, estarei aqui toda quinta-feira).


O mundo dos sonhos

Sonhar é aquela sensação envolvente,
que só de pensar trás o frio na barriga.
É o tal vento que toca a sua face, 
e você sente o balançar na alma,
que por sua vez, viaja por milhas,
até o tão esperado encontro.
E antes de perceber, você está lá,
de olhos fechados,
com um sorriso surgindo nos lábios.
É tão espontâneo.

Até que um dia você passa a acreditar,
seja por tamanha vontade,
ou por necessidade.
Transforma a negatividade dos outros
em desafio, possibilidade, positividade.
E é aí que você descobre,
além de sentir o vento,
você é capaz de tocá-lo.
Assim como as cordas de um violão,
pouco a pouco a melodia vai surgindo
até que se completa por inteiro.

E assim é o mundo dos sonhos.
Não é meio acorde, uma palavra, ou um verso.
É o conjunto, que junto te faz realizar.
Afinal, qual seria o sentido de ter um sonho
alojado no coração, se não fosse a realização?


Nova colunista no blog!

Hey, bookaholics! Como estão?!
Vim aqui contar uma novidade pra vocês que estava planejando já faz um tempo..,
Agora o blog Vivendo no infinito terá uma nova colunista! A Dani Nader :D
Estava pensando já há algum tempo em ter algum colunista no blog, a Dani está cursando jornalismo e é super minha amiga! Alias, a gente se conheceu pela internet há anos e nos encontramos no meio desse ano pela primeira vez, e ela é uma amiga e tanto! Acho que a nossa amizade é uma prova de que distância não importa.
Enfim, a Dani vai postar aqui no blog todas as quinta-feiras falando sobre um assunto diferente. Logo mais tem post dela hoje, espero que vocês gostem dessa novidade tanto quanto eu ;)
Beijoos!! :D

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Resenha: Maze Runner: Correr ou morrer - James Dashner

Editora: Vergara & Riba
Páginas: 426
Ano: 2010
ISBN: 40232858970
Sinopse: "Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.
Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito."


Tudo começa no escuro - literalmente. O livro é narrado em terceira pessoa, porém o foco é em Thomas, nós sabemos apenas o que ele sabe - mais ou menos como se o narrador fosse uma espécie de "alter-ego" do garoto.
O livro tem início com Thomas em uma "caixa escura" subindo por uma espécie de elevador. Quando as portas se abrem ele vê um monte de garotos que o chamam de trolho, cara de mértila e outras palavras do vocabulário clareano - amei essa ideia do vocabulário próprio. E aí que ele descobre aonde se encontra. Thomas está na Clareira, um lugar com um labirinto enorme com muros que se movem todas as noites, aonde se encontram muitos perigos. Há também uma forma de organização própria dos garotos. Mas é quando a primeira garota chega na clareira com uma mensagem ameaçadora trazida por "não se sabe quem" que tudo começa a entrar em colapso. Agora mais do que nunca é preciso cumprir a missão de encontrar uma saída e decifrar os segredos daquele lugar estranho.
O narrativa do livro foi bem rápida - apesar da quantidade de páginas - e muito bem colocada. Ultimamente estava sentindo falta de descobrir mais ao longo do livro, já que nas ultimas distopias que li, a teoria da nova sociedade não demora muito pra ser apresentada aos leitores. Porém, Maze Runner me trouxe isso novamente, de modo que ficava bastante apreensiva e ansiosa ao decorrer do livro, já que no início me encontrei tão perdida quanto o protagonista.
Thomas é um garoto bem forte e determinado, bastante diferente dos outros garotos da Clareira, porém o protagonista não é colocado em um posto superior aos outros, não é colocado como aquele grande herói venerado - o que me agradou bastante. O garoto teve seus feitos heroicos, mas isso não o faz ser melhor que ninguém - alias, a amizade dele com o Chuck me arrancou muitos sorrisos.
Os ouros garotos, como Chuck e Newt, também mostram bastante audácia e todos se ajudam de certa forma.
Teresa torna-se a única garota na Clareira, o que faz com que os garotos se assustem - ainda mais depois de verem a mensagem trazida por ela. A garota é extremamente determinada, bastante inteligente e também faz vários questionamentos quanto a tudo o que está acontecendo. Gostei da maneira como o foco não foi apenas nela e em um romance possível. Teresa também não foi colocada em um posto acima dos demais, ela também é uma peça do quebra-cabeça, de certo modo.
Maze Runner: Correr ou morrer trás uma proposta que te prende do início ao fim, a sociedade em si, o mundo distópico, nos é apresentado na hora certa - embora não tenha sido uma grande surpresa, confesso - com um final bem colocado e intrincado na história. Deixa um gostinho de quero mais e "preciso ler o próximo!!"


"Thomas chorou, soluçou como nunca soluçara antes. Os seus soluços altos e roucos ecoaram por toda a câmara como os sons de uma dor torturada."



terça-feira, 16 de setembro de 2014

[FILME] O Doador de Memórias

Esse filme é de fato uma adaptação do livro O Doador de memórias. Minha proposta era fazer um post comparando livro x filme após assistir, mas são duas coisas bem diferentes, então decidi esquecer um pouco o livro e falar apenas do filme em si. A premissa da sociedade sem sentimentos é a mesma e grande parte da forma de organização da sociedade também (veja resenha aqui.) mas um dos primeiros fatores que muda é a idade - já que no livro a "graduação" é feita aos doze anos e no filme eles já são adolescentes.
Bom, acredito que o filme retratou bastante essa ideia do mundo sem sentimentos. Com as injeções matinais, todas essas emoções eram perdidas. O amor deixa de existir, a alegria, e todos esses sentimentos, levando para longe também as dores, os sentimentos agonizantes. Porém, quando Jonas começa a receber as memórias ele passa a questionar toda essa sociedade e bola um plano com o Doador para devolver as memórias para o povo.
Gostei da forma como foi tratada a amizade entre Asher, Jonas e Fiona, foi um bem bolado, porém no fim das contas achei meio superficial. Gostaria também que a história de Rosemary fosse mais explorada - tanto no filme quanto no livro.
Quando as memórias são passadas para Jonas, imagens aparecem na tela, imagens das coisas e boas, como um casamento, o amor de uma família, a neve e todas essas coisas belas que foram perdidas com a Mesmice. Também são mostradas imagens um pouco chocantes de guerras, caças de animais, com todos aqueles gritos que nos dão calafrios. Gostei dessa ideia e achei bem interessante, sim, porém, lá pro meio do filme começou a ficar meio apelativa.
Agora falando dos pontos positivos, uma coisa que realmente gostei muito e foi com certeza o meu fator preferido do filme é tudo começar em preto e branco e ir colorindo aos poucos - já que vemos tudo na visão de Jonas. É como se a câmera fosse os olhos do garoto. Tanto que quando ele sai para cumprir o plano tudo volta a ficar preto e branco novamente.

As cenas finais são bem bonitas também. Tudo para e todos entram em uma espécie de transe. Além disso, as ultimas frases são iguais as do livro e me deixaram um pouco irritada, aquele momento em que você precisa saber o que vai acontecer depois e acaba tudo, sabe? Então.

Em conclusão, esperava bem mais do filme O doador de memórias, até cumpriu minhas expectativas, mas não saiu daquilo, achei um pouco superficial e apelativo demais em certas partes, mas gosto bastante da premissa e certas cenas com certeza me tocaram, então recomendo sim, mas é um filme que me decepcionou um pouco.

domingo, 14 de setembro de 2014

Mudanças

Aquela mesma porta antiga, com as mesmas pequenas rachaduras localizadas nos mesmos lugares. A maçaneta quase enferrujada por não ter sido tocada a anos. A porta que sempre esteve ali e ninguém notou. Será que nos levará a outro comodo? Ou outro universo? Ninguém nunca fez questão de se perguntar.
Até que um dia decidi me virar de costas para o mundo e a vi. Estava lá, as mesmas rachaduras, os mesmos arranhões, a mesma porta. Na beira do precipício, a porta. 
Caminhamos em uníssono em direção a ela, mas cada um tomou uma decisão. Minha porta, minhas regras, minha consciência, meus atos. Não é assim que funciona?!
Girei a maçaneta que há tempos não era tocada e abri, assim, a porta. O vento balançou meus cabelos e quase fui jogada pra trás, mas logo encontrei o ponto de equilíbrio.
A porta. O ponto de chegada e o ponto de partida. A limiar entre quem vai e quem fica. É assim que deve funcionar daqui pra frente. 
Anos depois, soube de histórias de gente que tomou a mesma decisão e não ficaram apenas parados em direção a grande limiar.
Soube a história de duas garotas, cada uma empurrou a outra para o lado de fora de sua porta. Depois de tantos anos, essa foi a decisão tomada. Era melhor abrir a porta e deixa-la ir embora, estava cansada de ficar juntando os caquinhos de seu coração despedaçada - foi o que uma delas disse.
Há memórias de um adolescente que decidiu atravessar a limiar. A grande limiar entre a vida e a morte. Só queria um lugar melhor pra se viver, já que não se deve temer a morte - e sim a vida, ela sim é de tamanho mistério. O garoto, cansado de tudo pelo que vinha passando, simplesmente se deixou levar. Deixou-se levar após tantos e tantos remédios para curar sua depressão. Deixou-se levar após ter sido trancado em um quarto escuro por dias até que alguém viesse o tirar dali - exatamente com esse termo, pois ninguém realmente se importava. Esperou que o vento o levasse para fora - e foi.
Ela tentou joga-lo do penhasco, fez toda a força que conseguia. Simplesmente não queria ser a granada prestes a explodir. Sabia que não poderia lidar com tudo aquilo e não queria de forma alguma magoa-lo. A força foi tamanha que o garoto quase não aguentou. Mas ele continuou. Continuou firme e forte. Há relatos de outros casos assim, entre amigos, irmãos, entre família, até entre "desconhecidos". Não deixou que fosse levado para fora. Estava ali por ela e para ela. Não foi embora. Ele escolheu ficar. Essas são aquelas pessoas com quem sempre é possível contar, mesmo quando você não quer, mesmo quando tudo o que você quer é sumir, bom, elas não permitirão que sejam colocadas do lado de fora.
É a sua porta. É sua vida. São as suas decisões. Até quando vale a pena se importar com alguém que não se importa? Até quando vale a pena fazer de tudo e ser reconhecido apenas pelos seus erros? Até que ponto vale a pena amar sem ser amado? Até quando é preciso se apegar em alguém que você sabe não ser um bom caminho? É preciso tudo isso? Quantos cacos de vidro é preciso juntar até que tomemos essa decisão? Quantas vidas terão que ser desperdiçadas até que outros comecem a se fixar bem ali no meio e não se deixar levar para o outro lado da porta?
Não há nenhum momento exato, nada é cronometrado e não tem como saber. Alguns nunca precisaram abrir a porta. Outros abrem e fecham a todo instante. Mas sempre há um tempo em que é preciso mudar.
Há um determinado instante em que é preciso fechar os olhos, virar-se de costas para o mundo, caminhar até a porta, girar a maçaneta e deixar que o vento traga as coisas boas e leve todas as ruins. É tempo de mudanças.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Resenha: O doador de memórias - Lois Lowry

Editora: Arqueiro
Páginas: 192
Ano: 2014
ISBN: 9788580412994
Sinopse:"Ganhadora de vários prêmios, Lois Lowry contrói um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não existe amor, desejo ou alegria genuína. Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com suas vidas ordenadas, pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e todas as lembranças do antigo mundo foram apagados de suas mentes. Uma única pessoa é encarregada de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz idéia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar. Premiado com a Medalha John Newbery por sua significativa contribuição à literatura juvenil, este livro tem a rara virtude de contar uma história cheia de suspense, envolver os leitores no drama de seu personagem central e provocar profundas reflexões em pessoas de todas as idades."

Um mundo sem guerras, aonde todos são parecidos para não causar inveja. Um mundo em que cores são desconhecidas e sentimentos - como o amor - são banidos da sociedade. Tudo é programado e extremamente controlado. A regra é clara, todo mês de dezembro é formado um comitê que recebe as crianças que passam de "nível", até o Doze - com doze anos de idade - em que são destinados a tal função determinada pelo conselho de Anciãos.
Até então, tudo se aplica a Jonas - o protagonista - porém em sua cerimonia de Doze, recebe um papel extremamente importante e nada convencional, será o novo Recebedor de memórias, essas transmitidas pelo Doador. Com isso, Jonas passa a se sentir sozinho, com várias regras particulares que contrariam toda a sociedade. Conforme as lembranças são transmitidas, o garoto fica transtornado e determinado a mudar essa sociedade da Mesmice.

Jonas será separado de sua irmã Lilly com o tempo, de seus "pais" na unidade familiar e seus amigos, Asher e Lucy - por quem desenvolve um interesse amoroso - de acordo com as regras.
O livro tem letras grandes e uma leitura bastante fluida, acredito que seja destinado ao público infanto juvenil. Não que o livro não seja bom, mas achei pouco demais e simples demais para uma premissa tão incrível como esse mundo sem sentimentos, poderia ser muito mais explorado.
Jonas é um garoto que já apresenta características diferentes, e, após ser nomeado - como novo guardião das memórias - elas se acentuam ainda mais. O garoto experimenta a cor, experimenta diferentes sensações, experimenta o amor, a felicidade, mas também experimenta o sentimento da dor, a guerra, a fome, a sede - o que foi bastante angustiante.
O Doador de Memórias me fez refletir sobre a ideia de uma sociedade sem sentimentos. Confesso que em alguns momentos isso não seria má ideia, mas um mundo completamente "feliz" acaba por se tornar infeliz.
A leitura do livro é bastante rápida e o final deixa com gostinho de quero mais, porém acho que seria mais interessante juntar a quadrilogia em um livro só, ou dois livros apenas. Acredito que o foco desse primeiro livro seja a transmissão das memórias e a revolução que o Doador e Jonas decidem fazer. 
Gostei bastante do foco estar na teoria da distopia em si - já que muitas vezes os autores se perdem em tamanha ação ou romantizam demais - mas senti falta de um espírito de aventura, a dosagem entre as três coisas poderia ser melhor organizada.

Concluindo, O Doador de Memórias é um livro com uma premissa interessante, mas que poderia ser mais trabalhado e com um pouco mais de consequências.
O meu conselho é: leia, mas sem esperar muito.
PS: A adaptação para os cinemas logo estará disponível, pelo trailer vi que mudaram algumas coisas - inclusive a idade dos protagonistas - e parece que uma parte do segundo livro também foi incluída, o que me deixou bastante feliz, pra falar a verdade. Agora basta esperar o filme e os outros livros da quadrilogia.
PS2: O livro é um clássico distópico. Embora muitos tenham descoberto o filme pelo trailer ou lançamentos atuais, sua primeira edição foi lançada em 1993.

Algumas citações:

“As pessoas tem a liberdade de escolher. Elas escolhem errado.”

“– O pior de ser quem guarda as lembranças não é a dor que se sente. É a solidão. As lembranças precisam ser partilhadas.”


domingo, 7 de setembro de 2014

Resenha: Proibido - Tabitha Suzuma

Editora: Valentina
Páginas: 304
Ano: 2014
ISBN: 9788565859363
Sinopse: "Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã. Mas será que o mundo receberá de braços abertos aqueles que ousaram violar um de seus mais arraigados tabus? E você, receberia? Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade."

Se tivesse que definir Proibido em uma palavra seria avassalador. Já fazia tempo que não lia algum livro assim, de cortar o coração e me deixar horas refletindo. Quando decidi fazer a leitura, já sabia que seria incrível e bem chocante devido a premissa do amor entre os irmãos e o incesto, mas o livro vai muito além disso, essa leitura ultrapassou os limites e me surpreendeu. 
O livro é narrado em primeira pessoa, sendo dividido entre os dois protagonistas por capítulos. Lochan e Maya são os irmãos mais velhos da família, o pai foi embora quando eram menores e a mãe quase nunca está em casa e, quando está, se encontra num estado deplorável, bêbada, se jogando pelos cantos, após mais uma noite com seu novo namorado Dave. Os protagonistas precisam então cuidar de seus irmãos mais novos, Kit, Tiffin e Willa, tomando cuidado para que a Assistência Social não descubra sobre o estado da família e os separe.
É muito interessante ver o crescimentos dos personagens ao longo do livro, tanto de Lochie e Maya, quanto de Kit, Willa e Tiffin. Algo que me doeu bastante é o fato de finalmente perceberem a situação real da mãe, a inocência perdida aos poucos.


Lochie é o mais fechado e sofre bastante ao longo do livro, vemos todas as suas dúvidas sobre o mundo, as inseguranças e como precisa de Maya. O garoto tem dificuldades para se relacionar com outras pessoas que não sejam a sua família, sendo assim, é considerado o "esquisitão" da turma.
Maya já é mais solta e tem uma melhor amiga, Francie, com quem conversa, porém, a protagonista não deixa de ter seus problemas e momentos agonizantes, principalmente após as 100 primeiras páginas. A garota me deixou com sentimento de impotência em muitos momentos do livro, queria só entrar na história e ajuda-la, ajudar os dois.
As cenas em família foram as que mais me deixaram agonizadas, a autora conseguiu passar com perfeição a inocência de Willa e Tiffin e os questionamentos e rebeldia de Kit. Naquela gritaria generalizada na hora do jantar, em que os irmãos se preocupavam se teria dinheiro o suficiente para comida no dia seguinte e Kit reclamava da mesma gororoba diária. Os confrontos entre Lochan e a mãe, entre os dois irmãos mais velhos da casa. Essas cenas me deixaram extremamente agonizadas e com sentimento de impotência, mas eu não imaginava que as coisas piorariam.
Ao longo do livro, Maya e Lochie percebem que o sentimento que tem um pelo outro não é um sentimento fraternal, não é apenas um sentimento de forte amizade, é muito mais do que isso, eles se amam e querem lutar para ficar juntos. Meu coração quebrou em pedaços ao ver os dois sofrendo por isso. Lochie, principalmente, começa a fazer um monte de questionamentos e se culpar por tudo, sofrer por amar a irmã, por saber que isso é errado.


São poucos os momentos de Proibido em que é possível respirar. Queria segurar aqueles momentos em que as lágrimas eram de felicidade. Quis segurar a luz no fim do túnel junto com a Maya e congelar aqueles momentos pra sempre. E é aí que a autora entra em ação a acaba de vez com o nosso coração. Naquele momento das últimas páginas, quando o livro está acabando e você acha que nada mais pode acontecer, a grande reviravolta que me deixou em choque.
Achei incrível a mensagem que o livro trás. Um grande grito contra a sociedade preconceituosa. Nos mostra que por mais que o incesto possa não ser uma coisa que deve ser admirada, devemos abandonar nossos preconceitos e pensar com maior profundidade no assunto, pois nem tudo é como acreditamos ser.
Recomendo Proibido para todos aqueles que gostam de uma leitura intensa, um romance nada convencional e o drama de uma família que tenta se construir. Mas já aviso para se preparem pra juntar os caquinhos no final.
Algumas Citações:

"Estou me desintegrando. Sinto tanto nojo de mim que tenho vontade de fugir do meu próprio corpo."

" - (...) Depois que você da o primeiro passo, o segundo é muito mais fácil. - Abro um sorriso - Sabe quem disse isso?
(...)
- Não faço a menor ideia. Martin Luther King?
- Você mesmo, Lochie. Quando tentou me ensinar a nadar."

" - Nós não fizemos nada de errado! Como o nosso amor pode ser considerado horrível, quando não estamos fazendo mal a ninguém?"

"(...) E agora que a alcancei, agora que estou aqui, quero pegá-la em minha mão, me agarrar a ela para sempre, para relembrá-la - o ponto em que minha vida realmente começou."

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Resenha: A extraordinária garota chamada estrela - Jerry Spinelli

Editora: Gutenberg
Páginas: 192
Ano: 2014
ISBN: 9788582351444
Sinopse: A garota chamada Estrela. Ela é tão mágica quanto o céu do deserto. É tão estranha quanto seu rato de estimação. É tão misteriosa quanto seu próprio nome. Com um simples sorriso, ela captura totalmente o coração de Leo Borlock. Com sua alegria, ela incendeia uma revolução de liberdade e autenticidade no espírito de sua escola. No começo, os colegas encantam-se com ela por tudo o que a faz ser diferente. Mas isso começa a mudar, e Leo, apaixonado e apreensivo, percebe que a única coisa que pode salvá-la das críticas é a mesma que pode destruí-la: ser alguém comum. Nesta celebração do inconformismo, o premiado Jerry Spinelli tece um conto tenso e emocional sobre os percalços de precisar ser popular e da emoção e inspiração do primeiro amor.

Um livro que me deu vontade de trazer pra vida. A extraordinária garota chamada estrela é realmente um livro incrível, e acho que todos deveriam ter uma Estrela na vida.
O livro é narrado por Léo, um garoto que está no ensino médio e coleciona gravatas de porco-espinho, tudo começa quando ele recebe um presente com uma dessas gravatas. (fiquei rindo sozinha imaginando a grava de porco-espinho). Algum tempo depois, uma garota nada convencional entra no colégio, a extraordinária garota chamada Estrela.
Estrela usa roupas nada convencionais, toca seu uquelele e canta no refeitório, canta parabéns para os aniversariantes, entrega cartões de dia dos namorados para todos da sala, torce para o time da casa e o adversário, parecendo uma pegadinha de primeiro de abril. 
A garota leva alegria para a escola, antes dela, tudo era uma massa, agora as pessoas se sentem mais livres para ser quem queriam ser, todos se libertam e descobrem melhor o seu verdadeiro eu. O clima muda completamente! Acontece que isso não dura muito tempo, já que Estrela logo começa a ser extremamente ignorada devido ao seu comportamento nada convencional. Nesse meio tempo, Estrela e Léo começam a namorar, é aí que conhecemos a garota melhor.


Achei bastante interessante o modo como tudo é tratado no livro, valendo destacar alguns pontos: o motivo pelo qual a garota muda seu nome constantemente (spoiler), sobre ela ficar maior que o nome, de modo que seu nome não a define mais, simplesmente amei isso e fiquei imaginando como seria se todos nós fossemos assim. 
Além disso, outro ponto importante de destacar, é o fato de Léo querer mudar Estrela, para que ela fosse uma garota comum e os dois parassem de ser ignorados - devido ao voto de silêncio - o que foi tratado de maneira positiva no livro, mas não acho que tenha sido positivo de maneira alguma, quando Estrela abandona o nome e volta para o nome de nascimento, abandonando suas roupas e seu jeito de ser, ela se perde, deixa de ser ela, odiei isso. Achei o garoto extremamente ridículo e egoísta por ter feito ela fazer isso. Estrela é extraordinária. Estrela era realmente uma estrela, que levava seu brilho por onde passava.


Uma das premissas do livro é o garoto decidir entre ela e o resto da turma, isso me irritou bastante, por ser uma resposta bem obvia pra mim. Gostei da conclusão do livro, mas acho que poderia ter sido melhor. Mas, como a história é voltada para um público mais novo, é bem interessante.
O livro em si é maravilhoso, ou pelo menos o início dele, mas o que mais me interessou foi a Estrela, entender como ela pensava, como ela agia e acompanhá-la de perto.