quarta-feira, 30 de abril de 2014

Resenha: The 100, os escolhidos - Kass Morgan

The 100, os escolhidos - Kass Morgan

Autora:
Kass Morgan
Editora: Galera record
Páginas: 287
"Desde a terrível guerra nuclear que assolou a Terra, a humanidade passou a viver em espaçonaves a milhares de quilômetros de seu planeta natal. Mas com uma população em crescimento e recursos se tornando escassos, governantes sabem que devem encontrar uma solução. Cem delinquentes juvenis — considerados gastos inúteis para a sociedade restrita — serão mandados em uma missão extremamente perigosa: recolonizar a Terra. Essa poderá ser a segunda chance da vida deles... ou uma missão suicida."

A distopia escrita por Kass Morgan nos apresenta uma sociedade futura em que, após uma guerra com explosões de bombas nucleares, os sobreviventes da espécie humana são levados para um conjunto de satélites, formado por três "sociedades", Walden, Arcadia e Phoenix - a mais favorecida. O chanceler - quem manda na colônia - segue as leis de que cada crime cometido é penalizado com a morte, sendo que, para os menores de idade, espera-se até completarem 18 anos para um rejulgamento - mas quase ninguém é perdoado. 
O oxigênio na colônia está acabando. A solução? Mandar 100 jovens prisioneiros para a terra, para que verifiquem se é possível a habitar, e então, caso não morressem - o que não faria diferença alguma - seriam perdoados.
O foco narrativo é em terceira pessoa, porém divido em quatro partes. Cada capítulo refere-se a uma personagem, Clarke - a certinha com futuro brilhante, Bellamy - o protetor de Octavia, sua irmã, Wells - o filho do chanceler - e Glass - a garota que consegue fugir da nave.
Os 100 jovens devem sobreviver na Terra, enquanto Glass (sobre)vive na colônia. Cada um dos personagens com seus segredos e motivos por trás da entrada ou saída da nave que os levaria para o grande planeta.
O livro me fez ficar muito animada - embora tenha me sentido torturada a cada capítulo - é o tipo de história que não te deixa descansar nem por um segundo, a cada momento é uma surpresa, em um momento está tudo bem e depois, de repente, tudo desaba.
A história de Clarke é muito intrigante, admiro seu jeito de sempre ajudar os outros, embora não goste muito dessa qualidade algumas vezes e o fato de ser muito certinha, porém, a personagem foi protagonista de uma das cenas que mais me fez pensar no livro.
Bellamy é o tipo de irmão que faz de tudo para proteger quem ama, a história dele com Octavia é incrível, e te surpreende demais quando o segredo de O. é descoberto. Gostaria que Octavia tivesse maior destaque no livro, capítulos só pra ela - alias, na serie, O. é minha personagem preferida.
Wells, filho do chanceler, entra na nave para proteger Clarke, mas será que a mesma irá perdoa-lo?! Não importa, o mesmo decide correr o risco. Não gostei muito de seu personagem, mas é interessante, de certa forma, e com algumas atitudes admiráveis - todos são, alias.
Por ultimo, mas não menos importante, Glass, minha personagem preferida - gostaria que ela também estivesse na série, acredito que sua história ficaria muito bem colocada - foge da nave no último segundo, em busca de Luke, a quem a mesma amava. Sua história é cheia de reviravoltas e me fez querer pular pra dentro do livro e fazer alguma coisa, um surto diferente em cada capítulo. 
Comparando o livro com a série, ambos são bem diferentes, tendo apenas a essência em comum e alguns dos personagens, porém muitos dos motivos, segredos são outros, mas isso só lendo pra descobrir.
Tenho vontade de ler, reler e depois ler de novo. O lado ruim é que o final é extremamente "preciso ler o próximo livro" e o próximo?! Só em setembro... detalhe: nos Estados Unidos. 
Citações:
"No passado, Luke teria esticado o braço, segurado o queixo de Glass em sua mão e olhado em seus olhos até ela sorrir. Você mente mal, Rapunzel, ele diria, uma referência ao conto de fadas sobre a garota cujo cabelo crescia 30 centímetros toda vez que ela mentia. Mas dessa vez, a mentira de Glass evaporou no ar."
"(...) Esse era o problema dos segredos - você tinha que carregá-los consigo para sempre, independentemente do custo."

domingo, 27 de abril de 2014

Resenha: Vinte garotos no verão - Sarah Ockler

Vinte garotos no verão - Sarah Ockler
Autora: Sarah Ockler
Editora: Novo conceito
Páginas: 288
"Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que você aprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá). As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem."
Nota: 8.0

O livro conta a história de Anna Reiley, Frankie e Matt Perino, três melhores amigos - sendo os dois ultimos irmãos - que cresceram juntos e dividem sempre os melhores momentos. Anna é apaixonada por Matt há um bom tempo - seus desejos de aniversário são que ele lhe dê um beijo - mas o mesmo nunca demonstrou interesse, até sua ultima festa de aniversário, em que se beijam pela primeira vez. A partir daí, os dois engatam um romance não muito bem resolvido, mas ambos preferem esconder de Frankie, para a proteger, Matt então promete contar em sua viagem a Califórnia, mas um imprevisto acontece, e, antes que tudo pudesse ser esclarecido ou continuado, as meninas são as únicas que sobrevivem.
A morte no livro é tratada de uma maneira muito interessante, Frankie, a irmã, se fecha para o mundo em uma bolha gigante que pode estourar a qualquer momento, dando em cima de meninos, se arrumando toda, sendo a típica garota adolescente, porém se você cutucar a bolha pode estourar. 
Já Anna, escreve cartas para Matt em seu diário, para que não o perca nunca, e ainda convive com esse segredo. Vemos que seu medo, ao longo da história, não é só Frankie saber o que aconteceu, mas perder Matt de seu pensamento.
Um ano depois, a família Perino decide fazer uma viagem á Califórnia, Anna é convidada e aceita viajar com sua melhor amiga e a família. Mas esse é um lugar especial, Matt sempre ia pra lá - ele iria antes de sua morte - e mandava cartões-postais falando sobre o mar, como você se sente pequenininho e seguro, etc. Frankie tem a brilhante ideia de fazer um jogo "Vinte garotos no verão", começa a arrumar e animar Anna, que não liga muito pra maquiagem, etc. 
Lá, as garotas conhecem alguns meninos e dois deles se destacam. Fugas. Romance. Mentiras. Aceitação. É disso que se trata o Verão californiano vivido pelas inseparáveis melhores amigas.
Anna, o tempo todo, se sente culpada por aos poucos perder Matt de seus pensamentos, Frankie acaba saindo da pose várias vezes. A amizade de ambas pode até quase despedaçar, mas não acaba.
Achei extremamente bonito o modo com que elas lidam com tudo isso, de forma que podemos trazer a história para a vida real. As pessoas lidam de formas diferentes sobre determinados assuntos, muitas colocam uma capa para se proteger, outras escrevem, cada um com seu jeito.
Adorei a diagramação das páginas e o desenho das palmeiras no inicio de cada capitulo e no final de cada página. A narrativa é bem rápida, não te puxa diretamente pra leitura, mas mesmo assim te faz querer continuar lendo, é um livro mais denso e fica mais interessante e emocional da metade em diante.
 O que mais me tocou no livro é a mensagem final de que as vezes é preciso deixar que as coisas/pessoas vão embora, e - aproveitando para citar um trecho - "as coisas não vão embora. Elas se transformam em algo diferente. Algo mais bonito." 
Citações:
"(...) Como o vidro do mar que vocês sempre me traziam. Ás vezes os coloco na mesa e os pressiono contra os meus ouvidos, tentando ouvir o oceano, tentando ouvir você. Mas você não diz nada."

"Na verdade, as coisas não vão embora. Elas se transformam em algo diferente. Algo mais bonito."

"E eu preciso me esforçar muito para não mergulhar e segui-lo até o fundo do mar, perdido em toda eternidade, como a sereia apaixonada e banida."

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Divergente [FILME]

Divergente - uma escolha pode te transformar (Filme)
A adaptação da tão aclamada trilogia literária Divergente aos cinemas estreou no dia 17 desse mês, no Brasil. Com direção de Neil Burger, os atores Theo James e Shailene Woodley, como Tobias e Tris, respectivamente, o filme chamou a atenção de muitos, principalmente aqueles que são fãs da serie literária, como eu. 
Quando Beatrice Prior completa 16 anos, ela deve fazer uma escolha que poderá transforma-la, decidir a qual facção irá pertencer pelo resto de sua vida, em uma sociedade composta por cinco facções - Audácia, Abnegação, Franqueza, Erudição e Amizade. Agora, com a Audácia escolhida e um segredo guardado, deve enfrentar todas as consequências, entre os fatores decorrentes a garota conhece Four, seu instrutor.
Aviso: pode conter spoilers
Confesso que não foi fácil iniciar essa resenha, já era fã de Divergente antes ainda de todo o processo do filme começar, com os livros lidos e a ansiedade no coração, não aguentei esperar o dia seguinte e fui assistir o filme no dia da estreia na ultima sessão, de ultima hora. Bom, como já disse no post de atualização, amei o filme individualmente, porém, comparando-o com o livro, os fatos mudam um pouco. 
Tudo começa com a narração de Tris - Shailene - explicando um pouco do contexto da história, contando sobre as facções, o teste de aptidão, etc. A primeira cena, de fato, é aquela em que a mãe corta o cabelo de Beatrice, assim como no livro, esta cena me agradou bastante. Então a história vai acontecendo. Gostei bastante dos cenários, embora não fossem exatamente como o imaginado, o único que realmente não gostei foi o do teste de aptidão. Em relação ao casal, amei, acho que a química entre os dois é incrível, cada cena do romance me fazia querer gritar. A minha preferida, alias, é a do teste final, que quem assistiu sabe do que estou falando. O lado ruim é: achei que o filme focou muito no romance, mais do que deveria, e não na real essência do livro. Gostei também das cenas finais, embora não estivessem nos livros. A atuação da Shailene, Theo e os outros atores foram incríveis, mas, para mim, Beatrice no filme não é Beatrice no livro. Acredito que ela ficou muito fraca no filme e quem leu sabe que Tris não é assim.
Amei as lutas, achei que foram muito bem trabalhadas e as cenas das simulações foram muito boas também, as melhores partes, inclusive as que ela está lá dentro com Tobias - embora não tenha gostado muito da cena da caixa, pois imaginei um pouco diferente, com outras palavras. 
O filme é ótimo em si e recomendo sim, porém, se você leu o livro e assistiu ao filme deve ter ficado um pouco irritado, assim como eu.  (spoiler, eu acho) Na adaptação, Uriah não aparece - cena da tirolesa sem Uriah, não foi cena da tirolesa - Edward não perde um olho, e no final, Tobias não está sozinho. Queria realmente saber como explicarão Insurgente, espero que as próximas sequencias melhorem.
Vou repetir, para finalizar, o que já disse varias vezes, o filme, para aqueles que nunca leram o livro, é incrível, mas, comparando ambos, daria nota 7,5.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Atualizando...

Olá!
Primeiramente, queria pedir desculpa por não ter postado nada por esses dias - embora esse seja mais um post de atualização - a época de provas me deixa meio sufocada, ainda estou lendo o próximo livro que será resenhado, "Vinte garotos no verão" (sim, eu ganhei!!) e no feriado fui ao cinema assistir "Divergente", minha opinião em resumo é: o filme em si é ótimo, porém comparando com o livro já é mais ou menos. Pretendo, claro, fazer um post resenhando o filme, mas ainda não encontrei as palavras certas, nem uma opinião completamente formada para que eu consiga fazer isso. Ah, como disse, fiquei louca com o livro de "The 100", juntei minhas moedas e fui pra livraria, morri de vergonha de comprar praticamente só em moedas, mas tudo bem hahaha. Além de "The 100", o próximo livro que pretendo ler é "Dias perfeitos", o qual já citei na minha wish-list, e então irei resenhar ambos.
Queria também agradecer todos aqueles que acompanham o blog, alias, fiquei surpresa quando estava conversando e me disseram "ah, eu vi no seu blog", juro que fiquei meio "serio? como assim?", enfim, esse post foi meio que pra isso mesmo, atualizar e agradecer, entretanto se tudo der certo amanhã tem post novo!!
;)

sábado, 19 de abril de 2014

Destrua este diário - Keri Smith

Destrua este diário - Keri Smith
Destrua este diário é um livro nada convencional lançado pela autora Keri Smith. A ideia principal é a aversão ao consumismo, comprar algo que será destruído, o que é um bloqueio para as pessoas - confesso que foi um pouco por isso que demorei tanto pra conseguir o meu - além disso, é um modo de expressar mais a criatividade. Em uma entrevista com a autora, feita pela editora Intrínseca, a mesma conta um pouco sobre a ideia do livro.
Bom, depois que consegui o meu diário pensei em logo começar a destruir, tentei fazer um teste em uma página, mas não gostei muito de como seria o resultado, então decidi começar pelo mais simples, agora é só deixar a dó ir embora e trazer no lugar a criatividade! Hahaha
Vou deixar aqui no post a foto da minha primeira destruição - é bem simples, já vou avisando - e algumas fotos que achei na internet bem criativas, para que sirva de inspiração.





sexta-feira, 18 de abril de 2014

The 100

The 100
Esses dias estava olhando alguns sites na internet até que li "nova serie, the 100" e decidi assistir ao pilot, não há modo melhor de começar esse post que dizendo: essa serie já é uma das minhas preferidas.
The 100 se passa 97 anos depois de um apocalipse que dizimou a terra, os sobreviventes estão na Arca, conjunto de doze estações espaciais, porém a população aumentou além do possível e agora o conselho enfrenta problemas, já que não há mais oxigênio e suprimentos suficientes para toda a população. A solução? Mandar 100 "sortudos" prisioneiros para a terra, para assim saberem se a mesma pode ser habitada.
Clarke(Eliza Taylor), Bellamy (Bob Morley) e sua irmã Octavia (Marie Avgeropoulos), Finn (Thomas McDonell) e Wells (Eli Goore), filho do Chanceler Jaha, estão entre os 100.
Abby, mãe de Clarke, o chanceler, o conselho e outros habitantes continuam na Arca, sendo que aqueles que não "fazem importância" poderão ser dizimados, para que a população seja reduzida, gerando uma possível resolução do problema.
Ao assistir ao pilot fiquei extremamente animada, assisti então até o ultimo episodio lançado e me enchi de admiração. Adorei a forma como tratam esse mundo futurístico, a própria distopia por si só, além disso, a serie consegue trazer ação no momento certo, no ritmo certo, e ainda conta com cenas engraçadas e claro, românticas. Alias, se você assiste "The 100" que tal me contar qual é seu casal preferido?! 
Como já disse, fiquei muito ansiosa e mal posso esperar para os próximos episódios, então comecei a procurar mais e mais sobre essa nova serie e eis que descubro: é baseada em um livro!! (lançado recentemente no Brasil pela editora galera record)
Eu, como boa leitora e apaixonada pela serie nova que não quero largar de jeito nenhum, corri para todos os sites possíveis atras do livro, então hoje consegui minha cópia de "The 100, os escolhidos - Kass Morgan" e estou pirando. Por enquanto só li o primeiro capitulo, mas pretendo "devorar" a história toda o mais breve possível, e então, claro, farei uma resenha sobre.
Mas por enquanto, o que posso dizer é que a obra literária parece ser muito semelhante a serie, de modo que o livro é seguido quase que literalmente, até então alguns personagens do livro ainda não apareceram na serie americana, porém não é possível ter certeza se eles aparecerão ou não existirão.
Recomendo "The 100" (tanto o livro, quanto a serie) para todos aqueles que gostam de distopias, ação e aventura mesclado com um pouco de comédia e o bom e velho romance.
Para terminar, recomendo um ótimo site sobre a serie, com muitas informações.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Apego

É assim mesmo, desse jeitinho que a vida vai, algumas pessoas chegam e ficam para sempre, outras - a maioria - simplesmente te fazem se apegar e depois colocam os pés no chão e saem andando.
Assim como todos os clichês da vida, sempre foi assim e nunca vai mudar. Me apego rapidamente e constantemente me entrego, me abro e o que você ganha em troca?! Nada, exatamente. No máximo um soco bem dado no estômago.
Não. Não te deixei ir. É que as vezes as pessoas simplesmente querem ir, então o individuo que se apegou tenta segurar, sinto em dizer que não foi possível, então simplesmente você foi embora, contra a minha vontade.
Um relacionamento acontece quando ambas as partes se importam e gostam pelo menos quase no mesmo grau, e falo de todos os tipos de relacionamentos, mas hoje isso parece acontecer cada vez menos.
Uma relação hoje em dia é baseada em algum tipo de interesse ou "não tinha ninguém melhor" porque pode ter certeza que quando conseguem o que querem, as pessoas simplesmente vão.
Claro que existem exceções, mas o mais engraçado é que essas nunca, em hipótese nenhuma, vão te ver todos os dias ou morar perto de você. 
A vida é irônica e gosta de pregar peças, o universo raramente conspira a favor. 
Mas se tem uma lição que aprende-se com tudo, é que a vida segue, continua, é possível ser feliz sem aqueles que foram e não são mais, pessoas vem e vão, clichê ou não-clichê, os verdadeiros permanecem. Estes, contam-se no máximo, como diria minha avó, nos dedos de uma mão.

domingo, 13 de abril de 2014

Wishlist

WISHLIST - livros

As vezes gosto de ficar assistindo videos no youtube sobre livros, ler blogs ou simplesmente revirar o skoob, e claro, amo entrar em uma livraria e ficar por ali vagando, lendo varias sinopses, descobrindo livros e autores novos, muitas vezes desconhecidos.
Com toda essa "pesquisa" sempre me interesso por alguns livros, e é a partir daí que minha wishlist ganha forma. Então pensei, por que não compartilhar com meus leitores?! 
Aí vai uma lista com três dos livros que quero muito ler:
  • Vinte garotos no verão - Sarah Ockler
"Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que você aprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá).As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem."

  • Dias perfeitos - Raphael Montes
"Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande talento da nova literatura nacional."
  • Escândalo - Therese Fowler


"Amelia Wilkes tem um pai rigoroso que não permite que ela namore, mas isso não a impede de viver um romance secreto com o cativante Anthony Winter. Desesperadamente apaixonados, os dois sonham uma vida juntos e planejam contar tudo sobre seu amor aos pais de Amelia... Mas só depois que ela completar dezoito anos — e for legalmente reconhecida como adulta. No entanto, a paixão do casal é exposta mais cedo do que o previsto... Eles são jovens, andam grudados aos seus celulares e postam todo tipo de informação — inclusive aquelas informações mais particulares, que só deveriam dizer respeito a eles mesmos — até que o pai de Amelia encontra fotos de Anthony, nu, no computador de sua filha. Poucas horas depois, Anthony é preso. Apesar dos protestos de Amelia, seu pai usa de todo o poder e influência entre os policiais, e entre os meios de comunicação, para transformar Anthony em um pervertido que caçava sua inocente filha. De mãos atadas, cabe aos dois apaixonados arriscar uma última saída, ousada e perigosa, e apagar a acusação de sexting que Anthony recebeu."

sábado, 12 de abril de 2014

Se eu morrer jovem - Beatriz Nogueira

Se eu morrer jovem  - Beatriz Nogueira
Por favor,
Tire-me da banheira com cuidado, penteie meus cabelos e me vista com um vestido vermelho vinho. Nos olhos, faça um delineado bem bonito e coloque uma coroa de flores vermelhas em meu cabelo. Limpe meus ferimentos, se possível, passe base por todo o corpo para cobrir aqueles cometidos “acidentalmente” em vida. Não chore ao ver o sangue escorrendo junto com a água do chuveiro e dando uma coloração avermelhada para a banheira. Não, não se culpe por mim.
No meu enterro não quero rosas ou qualquer tipo de flor, muito menos roupas pretas, ninguém nunca se importou, não é mesmo?! Quero apenas uma boa musica.
Deixe que me vejam bola. Cole minha boca em um sorriso permanente. Deixe-me no leito e em seguida jogue-me ao mar. Morta com a própria beleza. Não se assuste com meus olhos revirando, não saia gritando. Morta. Sorrindo, como sempre fui vista. Morta. Superficial.

Como sempre sorri. Como sempre acharam que eu fosse. Como sempre me viram, superficialmente, e nem se importaram em escavar meus sorrisos falsos e ir até a alma. Portanto, simplesmente me deixe ali, em meio ao mar, bela. E morta.

Ps: Esse texto foi escrito por mim, Beatriz Nogueira, baseado na música "If I die young - The band perry" e a vida de muitas pessoas, em geral, quando o "tudo bem" e um sorriso na verdade querem dizer "por favor, me ajude, estou entrando em decomposição."


Quem é você, Alasca - John Green

Quem é você, Alasca? - John Green


Miles tem um hobbie: "colecionar" ultimas palavras, a sua preferida é "Saio em busca de um grande talvez", seu proposito principal ao decorrer da história. O garoto parte de sua cidade - em que não tinha amigos -para um internato chamado Culver Creek em busca deste grande talvez. Lá, conhece seus melhores amigos, incluindo Alasca, e logo é chamado de Gordo, ironicamente a seu aspecto físico, já que era muito magro.
"Quem é você, Alasca?" é o primeiro livro do conhecido autor John Green, com sua escrita marcada, ritmada, engraçada e cheia de metáforas, Green nos trás Alasca, uma garota extremamente misteriosa.
O livro fala bastante do universo adolescente, incluindo desde trotes no colégio (com os quais ri muito) até o primeiro contato com o "mundo sexual". O principal motivo pelo qual amei esse livro é o fato de este não ser apenas mais um romance clichê, e sim aventuras explorando vários lados da adolescência, e claro, uma das minhas personagens preferidas, Alasca Young.
O livro é divido em duas partes "antes" e "depois", e ao chegar no final da primeira parte, é impossível não parar apenas quando a ultima página for fechada.
Não posso contar mais pois seria spoiler mas não costumo gostar de livros "sem final", então foi uma surpresa amar tanto "Quem é você, Alasca?" já que o final é um mistério, assim como a personagem principal, Alasca. Amei também o modo com que Miles lida com o acontecimento principal do livro (que você só vai descobrir lendo hahaha) e as palavras usadas por ele, que é o próprio narrador do romance.
Como já disse, Alasca Young entrou pra minha lista de personagens preferidas, e o primeiro romance de John Green se tornou meu segundo livro preferido do mesmo, sendo o primeiro "Cidades de papel"
PS: A única coisa que não gostei é que só achei a capa antiga - com a menina na capa - e eu queria a com as margaridas, mas...
Editora: WMF
Número de paginas: 240
Nota: 8,5

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Divergente - Veronica Rooth

Divergente - Veronica Rooth
Divergente é aquele livro impossível de parar de ler, mesmo tendo 502 páginas, a leitura é rápida, dinâmica e muito interessante. Se trata de uma distopia, um mundo pós uma grande guerra, em que a sociedade está dividida entre 5 facções: Audácia, Abnegação, Erudição, Franqueza e Amizade, sendo que cada uma delas culpa um fator para a ocorrência da grande guerra, então eles possuem a característica contrária a que culpam.
Aos 16 anos, os jovens participam do teste de aptidão para saber a qual facção estão aptos, depois participam da cerimonia de escolha, quando escolhem a facção a qual pertencerão pelo resto da vida, é assim com Beatrice, que pertence a Abnegação, porém não acha que pertença totalmente a ela, quando faz o teste de aptidão, descobre que é Divergente, possuindo mais de um resultado no teste, porém isso é muito perigoso, pois pode corromper o modelo "perfeito" da sociedade distópica. Então, ela deve fazer uma escolha, que poderá mudar tudo. Em sua facção ela conhece Quatro, o instrutor dos iniciandos de sua facção, que os instrui na iniciação, resultando em um romance.
A narrativa é simples porém ideal, o foco do livro é a aventura, ação, por isso, o romance só se inicia de fato mais no final do livro. 
Tive um certo preconceito com Divergente, pois não costumo gostar desses livros, mas decidi dar uma chance e me arrependi de um dia ter duvidado. Além da surpresa a cada capítulo, é possível perceber uma analogia com o mundo atual.
Gosto muito da analogia feita e o modo com que o romance toma rumo, não sendo uma relação completamente melosa, é feita de altos e baixos, na medida certa. Amo o modo da escrita da autora, mas a mesma muitas vezes me deixou com raiva de alguns acontecimentos.
O livro é maravilhoso e recomendo para todos, principalmente aqueles que gostam de distopias.
PS: O filme está pra lançar (17 de abril) e eu estou muito ansiosa pra saber como vão adaptar, embora tenha visto algumas fotos, sneak peaks e spoilers e ficado com um pouco de receio.
Editora: Rocco
Páginas: 502
Nota: 9,0