sábado, 29 de agosto de 2015

Primeiro encontro literário em Jundiaí: Vivendo no Infiinito

Olá, leitores infinitos!
Como vocês já devem saber, estava organizando um evento literário na minha cidade, Jundiaí, com o intuito de juntar os leitores jundiaienses e bater um papo super legal. O evento aconteceu no dia 27 de agosto na livraria & papelaria Casa das letras! E mais, contando com a presença da Marcela Campbell, autora do livro Aprendendo em seis!!
Fiquei super feliz que deu certo, apesar do desespero e umas coisas que não saíram como planejado, mas isso é normal, né? No fim, foi muito legal e divertidíssimo, fiz várias novas amizades e revi amizades antigas. Foi uma noite muuuuito especial pra mim, mais um sonho sendo realizado, mais um beliscão do tipo "Bia, você consegue!!!"
Gravei um vlog com um pouquinho do evento pra vocês e também vou deixar algumas fotos. Poderia falar e falar e falar, mas não conseguiria descrever o que significou pra mim. Então tirem suas próprias conclusões! haha 
(Deixarei o discurso de agradecimento aqui em baixo, já que tinha acabado a bateria da câmera nessa hora)
Espero que vocês gostem do vídeo e das fotos, quem sabe não fazemos mais um ano que vem, em Jundiaí E São Paulo?! (olha lá eu sonhando alto de novo).



sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Resenha: Naomi & Ely e a lista do não beijo - Rachel Chon e David Levithan

Editora: Galera Record
Ano: 2015
ISBN: 9788501103123
Páginas: 256
Nota: 4/5

Um círculo amoroso nada comum sustentado por uma amizade anormal.

Naomi é a melhor amiga de Ely. Ely é o melhor amigo de Naomi. Naomi gosta de Ely. Ely gosta de.. meninos. E é assim que essa leitura divertida começa. Para não interferir na amizade da dupla, que é construída desde quando pequenos - e já foi quase abalada por uma briga entre famílias - os dois criam A lista do não beijo, cujo nome já deixa o significado explicitado né?! Acontece que os dois são pessoas muito atraentes, principalmente Naomi, que atrai o olhar de todos quando passa. Uma bela mentirosa - que sabe não estar mentindo pra si, no fundo. Ela namorou com Bruce, o primeiro. Mas atualmente namora - ou namorava - Bruce, o segundo. Sim, os dois chamam Bruce - ainda que não se chamem Bruce, porque acho que essa coisa dos nomes foi uma grande metáfora. Mas a garota nunca os amou de verdade. No fundo, seu coração sempre pertenceu a Ely. Em meio a brincadeiras do tipo "Vamos nos casar aqui", ela procurava esperanças para uma coisa que não aconteceria. E o garoto é do tipo "vamos brincar com os sentimentos alheios" apesar de ser uma boa pessoa e, no fundo, não querer machucar ninguém.

"Odeio o fato de que só vi Naomi nua porque no verão passado Ely estava namorando um garoto, e como Naomi odiava não ser prioridade no tempo de Ely, ela me deu prioridade no próprio tempo. Então Ely deu um pé na bunda do cara, e Naomi me deu um pé na bunda."

A amizade é abalada quando Ely beija Bruce, o segundo. No início, Naomi não liga, mas então explode. Não pelo ex-namorado, mas pelo aviso em vermelho que ficou colado bem em frente a seus olhos. Ely não gostaria dela, não como ela gostaria que fosse. E então, uma parede se ergue entre os dois - literalmente, podemos ver pelos desenhos no livro. Sim, ele é cheio de desenhos do tipo emoji, mas isso não compromete a leitura.

"Amo Naomi porque ela segura o elevador pra mim mesmo quando descer sozinha faria muito mais sentido. Amo Naomi porque se ela vê uma camisa que sabe que vai combinar com meus olhos, compra pra mim, mesmo que esteja sem grana. Amo Naomi porque quando sinto vontade de enfiar a cabeça no forno, ela gentilmente a retira de lá e assa uns cookies para mim. Amo Naomi porque ela tem a boca suja de um marinheiro, e sem dúvida aprenderia a navegar como um marinheiro também, caso resolvesse se dedicar a isso. Amo Naomi porque ela sente que deveria dizer sempre a verdade, embora nem sempre faça isso. Amo Naomi porque não preciso amá-la o tempo inteiro."

Então Naomi se envolve com Bruce, o primeiro. E então, com Gabriel, o porteiro do prédio - que estava em segundo lugar da lista. E então, as coisas acontecem.
Fico pensando o quanto seria difícil estar no lugar dela, sabe? Gostar de alguém que mora longe de você ou algo assim, é bem difícil,  mas não impossível. Já gostar de um cara que gosta da mesma fruta que você... Ainda mais quando ele é seu melhor amigo!
No início, achei Naomi - e a história em si - bem fútil. Mas conforme as coisas foram se aprofundando, percebi que não era bem assim. Quando ela resolve tirar a capa protetora, as coisas se revelam. E então ela finalmente aceita, percebe o que estava bem ali a sua frente. E vai tentar mudar, fazer as coisas certas de uma vez.

"Nunca entendi por que ser bonita precisa estar relacionado a sexo e conquista. O que aconteceu com a expectativa, o cortejo e o amor? Será que não se pode ser bonita e não querer nada com isso? Podem dizer que sou antiquada, mas estou esperando pelo amor verdadeiro. Ainda que não passe de uma fantasia inatingível."

Um ponto negativo é o fato da história tornar-se bastante confusa em certos momentos por estar dividida com pontos de vista de uma série de personagens. Juro, só Docinho bonzinho - quer dizer, Docinho de coco - ficou fora dessa. A superficialidade inicial também pode fazer com que alguém desista do livro. Mas continue porque acho que, no final, valeu a pena.


Gosto de como foi difícil para Ely contar para suas mães que ele é gay. De um jeito diferente. Muitos meninos tem medo de os pais não aceitem. Ele tinha medo também, mas por outro motivo. Porque elas sempre tiveram receio de que ele gostasse de meninos por influência das mães. Então ele teve meio que provar que era verdade e algo que partia somente dele. O que foi genial!

"Porque, embora não seja incomum que eu tenha 27 pensamentos diferentes de uma só vez, com certeza é incomum que eu consiga ouvir cada um deles atravessando minha cabeça no intervalo de tempo que levo para sair de uma sala."

É bem no fim do livro que as coisas se tornam mais densas, profundas. Adorei que tenha sido assim, sabe? A história se desenvolveu em um degradê. E acho que no fim, todo mundo vai quebrar a cara uma, duas, três, zilhões de vezes por causa de amor. Mas é assim que as coisas acontecem. E amizade também é amor, também é estar próximo. Também, seria muita crueldade ter apenas uma alma gêmea por aí no meio do mundo inteiro. Como diria Ely, e se eu quiser a minha alma inteira?!

"Sempre existem significados diferentes, palavras que são ouvidas de um jeito diferente de como foram ditas. Não existem almas gêmeas... e quem gostaria que existisse? Não quero ser metade de uma alma compartilhada, quero a porra da minha própria alma."

Naomi&Ely e a lista do não beijo não é um livro excepcional. No início, diria que seria apenas só mais um. Mas pela mensagem da obra, essa fala já não é verdadeira. Ok, não é o melhor livro do mundo, não trás mil e um ensinamentos cheios de metáforas. Não é um livro cheio de metáforas. Não vai te fazer abraça-lo e sair gritando pra todo mundo ler. É apenas um livro. Um livro por si só. Para se divertir, identificar-se, dar risada e tirar suas próprias conclusões.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Êxtase


Acordou em puro êxtase. Não sabia em que lugar estava até ter a visão completamente focada. Viu, então, as folhagens que a cercavam, junto com as árvores que pareciam ser grades de uma grande prisão. Com a cabeça quase explodindo, caiu de joelhos no terreno úmido. A garota não conseguia entender nada, eram muitas vozes de uma só vez. Olhava para os lados em busca de alguém, mas nem vultos foram vistos. De quem seriam aquelas vozes? Um turbilhão de palavras das quais não conseguia absorver nenhuma frase concreta, apenas palavras que sozinhas não faziam nenhum nexo. Um grito agudo seguido de risadas incontroláveis. A consciência se calou. É disso que chamam os humanos, certo? Uma força descomunal levou a garota floresta adentro. Não sabia o que estava fazendo, nem pra onde estava sendo levada. Escondeu-se atrás de uma árvore quase automaticamente ao ver, finalmente, um único vulto que passava rapidamente por ali. Seguiu o sentido contrario de seus passos e gritou por socorro. Todo o fôlego que restava foi usado. Ninguém a viu. As lágrimas caiam dos olhos da garota enquanto as pernas voltavam a guia-la. Só queria saber o que estava acontecendo e se livrar daquilo de uma vez. Tentou correr contra a correnteza, mas foi arremessada contra uma árvore. Soltou o peso do corpo e caiu no chão, a soluçar. Tentou gritar mais uma vez, mas nada saiu de sua garganta, como naqueles pesadelos em que nada é possível fazer quando algo horrível acontece. Só podia ser um pesadelo. Sabia que fracassaria, mas ainda assim beliscou o braço, nada aconteceu. Continuava no mesmo lugar. Promessa. Promessa. Promessa. Promessas devem ser cumpridas, não?! Desesperada, saiu em corrida novamente, mas acabou tropeçando e ficou estatelada no mesmo lugar. Exatamente no mesmo lugar em que acordou. O vestido, antes branco, agora estava sujo de terra e com alguns rasgos. As mãos sujas, os joelhos ralados, mas não havia sangue. De repente, sentiu-se fraca. Fraca demais para resistir. Levantou-se, secou as lágrimas e caminhou como se fosse uma corrida para algo a que almejava. Determinada, seguia pelo caminho de pedras. Um desenho em uma árvore chamou sua atenção, algo como um círculo com pontas. Um sorriso saiu automaticamente de seu rosto. Sentiu-se em casa. Sentiu-se destinada. Logo estava no ponto inicial novamente. Dessa vez não chorou, pediu apenas para que as vozes voltassem, elas a acalmavam, embora nenhuma palavra fizesse sentido. A sua única necessidade era buscar aquela grande árvore, encontrar aquele desenho. Então correu com toda a rapidez que podia e parou de sentir o chão. Mas não conseguia ir além. Seguiu o seu destino novamente. Caminhou em direção ao lugar que suas pernas ordenavam. Acordou em puro êxtase.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Resenha: Eu, você e a garota que vai morrer

 Editora: Rocco
Ano: 2015
ISBN: 9788568432181
Páginas: 2015
Nota: 4/5
Algumas grandes amizades surgem em momentos inesperados. 

Eu, você e a garota que vai morrer é um livro que me deixou bastante feliz quando terminei a leitura. Arrisquei dizer que estava na lista de favoritos, mas agora, um tempo depois, estou vendo com mais racionalidade e menos emoção (essa frase ficou bem.. haha) e posso dizer o que realmente achei do livro.

"Resumindo: eu avancei até o quarto de Rachel como um zumbi, fiz ela surtar, depois ia dar um soquinho nela. É impossível ser menos sutil que Greg S. Gaines."

Greg Gaines é quem nos conta toda a história e "escreve" o livro. De uma maneira super descontraída, somos apresentados a história. Greg tinha como principal objetivo do ensino médio não se encaixar totalmente em nenhum grupo, mas fazer parte de todos. Além disso, ele nos conta de suas experiências amorosas desastrosas e tem apenas um único amigo permanente, digamos assim, Earl - com quem faz vários filmes amadores. Acontece que uma de suas ex-namoradas, Rachel, está com câncer. Então Greg é praticamente forçado a tornar-se amigo dela, ligar para ela, visitá-la e tudo mais. E não, eles não se apaixonam no final, não tem romance, não tem mel. Então se você está procurando esse tipo de livro, Eu, você e a garota que vai morrer não é pra você.

"Se isso fosse uma história sentimental e romântica, neste momento um "SENTIMENTO NOVO E ESTRANHO" tomaria conta de Greg - uma sensação diferente por ser compreendido, de um jeito simples, como ele praticamente nunca é compreendido. Então, Greg e Rachel transariam como cães no cio."

O principal fator positivo desse livro é o diálogo que se instala entre o "autor", Greg, e o leitor. Sentia como se o protagonista estivesse na minha frente, olhando em meus olhos e contando tudo. A maneira como ele vai e volta no tempo, faz marcações, deixam a leitura bem dinâmica e leve. Só fiquei incomodada porque toda hora ele se auto-deprecia, diz que o livro é ruim, duvida que nós leremos até o final. Já entendi que você tem baixa auto-estima, Greg.


O livro é cheio de piadas e um protagonista super atrapalhado que não sabe direito o que dizer em situações como a que se encontra - me identifiquei bastante nessa parte. Algumas coisas são bem idiotas, piadas sem graça, mas outras me fizeram rir muuuito e posso dizer que fazia tempo que um livro não me fazia rir assim.

"Posso dizer uma coisa? Era exaustivo continuar falando sem parar. E talvez eu devesse ter simplesmente relaxado. Mas era como se eu tivesse que fazê-la rir, caso contrário minha visita seria um fracasso. Então, feito um bravo aventureiro dos mares, embarquei em outro tema."

Rachel me irritou bastante no início, porque ela ria alto de absolutamente qualquer coisa. Eu, que rio de quase tudo, tenho altas crises de riso sem motivo, não engoli essa personalidade dela. Mas depois melhora. Earl não tem muito destaque, mas gostei bastante de sua personalidade e queria que Jesse Andrews tivesse explorado mais o aspecto da família dele.

"Eu ficava sentado ali e tinha aquela sensação estranha de algo batendo que você tem quando a frequência cardíaca aumentou demais. Mas eu sabia que me sentiria pior ainda se não a visitasse."

O final do livro é um pouco mais rômantico. É muito bonito ver a maneira como os personagens falam sobre a morte de Rachel. (Sim, ela morre. Não, não é spoiler, apenas leiam o título) Como tentam homenageá-la de alguma forma e acabam descobrindo que não é necessário muita coisa pra deixar alguém feliz. O que eu mais gostei é que por mais que Greg tenha sido forçado a conversar com Rachel, no fim das contas ele não conseguia sair do lugar se não arrancasse um sorriso dela.

"(...) Simplesmente como se ela nunca tivesse estado por aqui, dizendo coisas e rindo para as pessoas, com palavras favoritas que gostasse de usar e jeitos de torcer os dedos quando ficava nervosa e lembranças específicas que lampejavam em sua mente quando ela comia certo prato ou sentia determinado cheiro."

Eu, você e a garota que vai morrer não vai te arrancar suspiros, mas boas risadas. É um livro que fala principalmente sobre amizade. Recomendo a leitura para todos. Afinal, um pouco de amizade nunca matou ninguém.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Feliz dia para aquele que não se limita a viver apenas uma vida!



As vezes as pessoas que passam por mim dizem, se referindo ao teatro, para que interprete um personagem. Antes, não ligava. Então, um professor me ensinou o verdadeiro sentido da palavra interpretar e percebi o quanto estava mal colocada. Interpretar seria fingir ser algo que você não é.
Atores não fingem, atores são.
Eu sou Beatriz.
Eu sou Joana,
Mas também posso ser João.
Posso morar em um lugar incrível e de repente ser a paciente de um hospício.
São tantas vidas que nós visitamos. Esse com certeza é o melhor presente na arte de atuar. Você não apenas faz amigos novos, como torna-se cada um deles.
Pessoas normais abrem o armário e vestem roupas,
Atores vestem vidas.
Pessoas normais colecionam relógios, selos, entre outras coisas;
Atores fazem coleção de personalidades.
Mais legal ainda é criar uma vida. Completamente do zero. Montar um personagem novo é como criar uma nova vida pra si mesmo. A vida que você quiser. É uma chance de começar do zero, experimentar o novo - ou experimentar de novo.
Não há sensação melhor que subir no palco com aquele frio na barriga, esperando o momento certo. Com o "sangue nos olhos" - como diria outro professor - e dando o melhor de si. E então a peça acaba, você escuta os aplausos. É muito bom ser aplaudido, é claro. Mas nada supera a sensação de dever cumprido,
E de ter feito um novo amigo.
É engraçado ver as cortinas se fechando em uma peça,
Você se pergunta o que se passa.
Mas então você está atrás delas,
E são abraços,
Sorrisos,
E mais sorrisos,
Dever cumprido,
E mais uma dúzia de amigos.
Feliz dia do ator :D

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

No mundo da música: Girls like girls

Depois de muito tempo sem postar nessa coluna, venho aqui trazer pra vocês o clipe Girls like girls, que me lembrou bastante um conto que escrevi uma vez e um curta com a participação da atriz Troian Bellisario. Tornou-se um dos meus clipes preferidos justamente por tratar do assunto da homossexualidade meio que do outro lado da moeda. Deu pra entender? Bom, vamos ao que interessa...

O clipe tem início com uma garota, Coley, chegando na casa da outra, Sonya, que está com o namorado Trenton. Já começo a gostar desse clipe pelos seus primeiros segundos. Adorei o take da câmera, pegando a vista de cima. 
Bom, quando Coley chega na casa parece ser uma amizade completamente normal. Coley seria a melhor amiga do casal. Acontece que desde o início, percebemos que ela sente algo a mais por Sonya. Isso vale pelas duas as partes. Pela letra da música, parece que foi escrita por Coley. Outro fator que gostei. 
Os olhares que elas trocam quando estão se arrumando no espelho são sutis, mas nos mostra que há algo ali. Isso é o que mais me impressionou nesse clipe, pude me sentir ali no meio por quatro minutos. Acreditei em tudo, era como se eu fosse uma delas.
Nem preciso dizer que amo os momentos finais, certo?! As duas quase se beijam, mas Trenton interfere, empurra Coley e começa a gritar com a namorada. Mas a menina logo levanta e os papéis se invertem. É ele que está no chão.
Enquanto a briga acontece, os momentos entre as duas passam pela cabeça de Coley, e essa é a motivação dela. Afinal, de certa forma o namorado de Sonya roubou algo de Coley, certo?!
Os machucados representam toda a dor de um sentimento reprimido. Quando as duas finalmente se beijam, é visível o alívio, o sentimento ali presente. E acima de tudo, a amizade.
Acho que não tem muito o que dizer sobre esse clipe, por isso ficou um tanto quanto confuso. 
É uma grande mensagem e, de certa forma, uma crítica para a sociedade que tem preconceito com o homossexualismo. Isso é evidenciado no trecho "Girls like girls like boys do." Querendo dizer algo do tipo: Ei, uma garota pode amar outra com a mesma intensidade que você ama. E isso não é errado.
Não há muito mais o que comentar, acho que é mais sentir mesmo, sabe? Mas o que mais gostei é justamente esse grito escondido no vídeo, a forma como a história se construiu e a fidelidade com o que a letra da música diz. Um trecho que poderia resumir o clipe todo, por exemplo, é:


"Always gonna steal your thunder

Watch me like a dark cloud

On the move collecting numbers, Imma take your girl out."

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Resenha: Fragmentados - Neal Shusterman

Editora: Novo Conceito 
Ano: 2015 
ISBN: 9788581635194
Páginas: 368
Nota: 4/5

Se seu corpo fosse inteiramente fragmentado. Seus braços na Itália. Seus olhos na Escócia. As pernas no Brasil. Você continuaria vivo?!

Houve uma guerra. As pessoas egoístas não doavam órgãos após sua morte. Tudo resultou na fragmentação. Uma vida não pode ser tocada até os 13 anos. Porém, dos 13 aos 18 os pais podem assinar um contrato de fragmentação. Isto é, a vida estará ali, fragmentada. Um indivíduo prestes a ser fragmentado será futuramente cortado em pedaços. Seus olhos poderão fazer parte do rosto de um ex-cego. Suas mãos poderão tocar piano para alguém que as perdeu e nunca teve essa habilidade. Isso aumentou o número de cegonhas - isto é, mulheres que abandonam os filhos nas portas de casas alheias. Acho que, no fim das contas, a grande questão do livro é: essa é realmente uma solução plausível? a fragmentação é correta? Amo a maneira sobre como a questão do aborto é abordada nas entrelinhas. Ela está ali, presente, um grande questionamento para o qual não há apenas uma resposta correta.

" (...) Há uma chance maior de que alguma parte minha alcance a grandeza em algum lugar do mundo. Eu prefiro ser parcialmente grande a ser completamente imprestável."

Refletimos sobre esses fatores ao acompanharmos a vida dos três protagonistas. Connor, que encontrou uma carta de fragmentação e, então, fugiu de casa, tendo em vista continuar assim até os 18 anos. Risa, que era uma grande pianista - mas não tão boa quanto deveria ser - acaba tornando-se uma fragmentária que logo cederá suas mãos para que alguém possa tocar o instrumento, conhece Connor durante a fuga. Assim como Lev. Porém, esse garoto é diferente e muito importante. Enquanto os outros dois são fragmentários fugitivos, Lev é um dízimo - o décimo filho que deverá ser fragmentado seguindo a vontade de Deus - e aceita completamente a fragmentação. Esse já é um grande ponto forte da história. Geralmente em distopias assim, sempre existem os protagonistas que querem lutar contra o governo, mas nunca mostram algum que concorde - pelo menos é muito difícil.

"E foi aí que eu percebi que as pessoas que estavam chorando eram as mesmas que haviam passado o bebê de porta em porta. Eram elas, assim como os meus próprios pais, que haviam ajudado a matá-la."

Não há muito o que dizer sobre o enredo em si. Ele é bastante ágil e te prende na leitura, mas não foi o que me chamou a atenção. Devo dizer que Fragmentados é um livro bem estranho, diferente. E isso o fez se destacar entre as distopias. Os questionamentos, as provocações presentes ali tão sutilmente me fizeram pular.


Algo que me chocou - e me fascinou - bastante é uma situação bastante presente na sociedade atual. É uma grande analogia. Uma determinada pessoa que sofreu um acidente e, vamos supor, perdeu os dois olhos, comprará olhos de um fragmentado, Porém, isso depende do dinheiro. Caso não haja suficiente, ela terá de adquirir dois olhos cegos.

"(...) As pessoas não são completamente boas nem completamente ruins. A gente passa a vida toda entrando e saindo das sombras e da luz. Neste momento, eu estou feliz por estar na luz."

É por essa grande analogia a sociedade atual, misturada com uma crítica velada - as vezes não tão velada assim - e questionamento que realmente te fazem questionar, que Fragmentados conquistou um lugar especial entre as distopias. Com certeza é um livro que se destaca.

"Para batedores que foram levados a acreditar que seus atos são aprovados por Deus, a mentira se veste em mantos sagrados e tem braços abertos prometendo uma recompensa que nunca virá.
Para batedores que creem que seu ato de alguma forma causará uma transformação no mundo, a mentira se disfarça como uma multidão que os encara do futuro, sorrindo e apreciando o que fizeram.
Para batedores que procuram apenas compartilhar sua desgraça pessoal com o mundo, a mentira é uma imagem deles mesmos livres da dor ao testemunhar a dor de outros.
E, para batedores que são guiados pela vingança, a mentira é uma balança da justiça, na qual ambos os pratos pesam o mesmo, finalmente equilibrados."

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Resenha: Prometo falhar - Pedro Chagas Freitas

Editora: Novo Conceito 
Ano: 2015
ISBN: 9788581637495
Páginas: 400
Nota: 3/5
A vida não é vida se não houver t(r)emores.

Prometo falhar é um livro repleto de divagações e contradições. Pedro Chagas Freitas escreve sobre o amor através de crônicas, contos, pequenos textos, poemas. Todos os tipos de amor, sendo o principal, é claro, o amor entre namorados. Mas ele também fala sobre amizade, sobre a sociedade e sobre seus pais. E deixa uma mensagem clara: o amor é imperfeito, mas é essa imperfeição que o faz ser quase-perfeito.

"Se houvesse uma ordem justa no mundo seria isso o que aconteceria: seríamos primeiro adultos e depois crianças, e começaríamos por temer tudo o que mexe porque somos adultos e o adulto tem medo de que tudo acabe porque sabe que tudo vai acabar, e depois acabaríamos sem medos, sem temores, à procura do que gostamos onde bem gostamos."

Se você me perguntar se gostei do livro, direi que sim, mas não sairia por aí gritando "leiam esse livro", acho que porque não estou em uma fase romântica da vida e o livro é muito disso, a maioria dos textos é bastante romântico e dramático, o que me incomodou um pouco, já que acabei não concordando com muitas coisas. Principalmente em uma crônica em que, pelo que percebi, ele justifica a traição. Ok, o amor é imperfeito, cheio de defeitos, isso é amar, mas traição já é demais.

"Amava-a porque era a melhor forma de continuar a se amar enquanto pessoa, alguém tão bom como ela só poderia amar alguém igualmente amável, como ele por vezes não se sentia."

O principal ponto positivo da obra é o estilo da escrita do autor. No início, é até meio confuso entender, uma vez que não se está acostumado com esse modelo, mas depois a leitura flui normalmente. Preciso dizer que amei a forma como ele escreve, amei mesmo! Da pra perceber que foi escrito com muito sentimento, como se ele segurasse a caneta e ela escrevesse por ele, arrancando cada suspiro de sua alma.


Meus textos preferidos foram aqueles que falam sobre sonhos, sobre a vida e a sociedade em geral, inclusive os marquei para reler daqui um tempinho. Quanto aos textos de romance, estes acabaram tornando-se repetitivos. Tive a impressão que ele usa as mesmas palavras em vários textos, as mesmas frases mudando apenas por sinônimos. Acho que porque essa era a ideia que queria passar, mas essa repetição acaba dando um desânimo durante a leitura.

"As pessoas precisam das pessoas. Para aguentar, para escapar, para crescer, para viver. Mas também para morrer."

Gostei da maneira como ele se coloca diante do amor em geral e como o descreve. É uma obra com quotes muito bonitos e sensíveis, cheios de sentimento. Porém, é escrita para os apaixonados de plantão. Se você não gosta de romance mel, então talvez não seja a melhor escolha. Até vale a pena dar uma chance, mas não é necessário ler todos os contos para entender a mensagem. De qualquer forma, Prometo falhar é sim um livro muito bom.

domingo, 9 de agosto de 2015

Lançamentos do mês: Novo Conceito

Demorei um pouquinho pra fazer esse post, certo? Agora com a volta das aulas as coisas ficaram corridas novamente, mas vou ajeitando tudo aos pouquinhos. E hoje vim aqui contar pra vocês sobre os lançamentos da Novo Conceito desse mês de Agosto.

Recebi o livro Prometo falhar antecipadamente, a resenha será publicada ainda essa semana. Aliás, vocês terão não apenas uma, mas duas resenhas, pra compensar o tempo perdido. Sobre esse livro, resumidamente? Bom, diferente. Escrita do autor bastante curiosa e interessante, o principal ponto positivo. Mas pode tornar-se cansativa. 
Queria solicitar todos os outros quatro livros, porém como o tempo não permite e quero fazer tudo certo, decidi escolher apenas dois. Vamos ver se vocês adivinham quais foram?! Não é difícil vai...
Pensou?
Ok, eu espero...
....
...
Zack & Mia e 172 horas na lua. O primeiro livro está sendo bastante divulgado pela editora e eu estou bastante curiosa. Parece ser um YA muito bom, sobre amizade e outras desavenças da vida. Aliás, uma amizade que começa em um quarto de hospital. A última frase "Será que eles precisam tanto um do outro?" me deixou intrigada.
Quanto ao segundo livro, vi bastante booktubers falando sobre a versão em inglês. Há livros em que a pessoa fica sozinha em uma ilha e tem que sobreviver ali. Mas ficar preso - com um grupo, menos mal? -  na lua?! Quero muuito ver como vai ser isso! Essa coisa de eventos estranhos acontecendo. Deu pra sentir uma pegada de sobrenatural com distopia e ficção cientifica. Que mistura, hein?!
Cinco dias é um livro que quero muito procurar pra ler depois. Sinto que chorarei - por mais difícil que seja eu chorar com livros. Sério, só chorei com dois que eu me lembre - ou no mínimo ficarei na bad. Parece ser algo bem bonito e reflexivo!
Quanto a Para Continuar, começo dizendo que amei a capa e fiquei curiosa pra ler - pela sinopse também, óbvio - e quando percebi que é um livro nacional, minha curiosidade atiçou ainda mais! Essa ideia das lanternas misturadas com os sentimentos. Acho que não sei exatamente o que esperar desse livro, mas parece ser daqueles que você não confia, e então se surpreende.
E vocês, o que acharam dos lançamentos?!
(PS: Novo conceito, se vocês quiserem enviar mais fotos nesse estilo quando tiverem novos lançamentos, fica a dica e o pedido! haha)

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Encontro de leitores em Jundiaí

Olá, leitores infinitos!
É com muita felicidade que venho aqui anunciar o primeiro evento literário do Vivendo no Infinito, um grande encontro de leitores em Jundiaí. Com direito a muito bate-papo sobre livros, jogos literários, sorteios e a Marcela Campbell, a convidada especial, autora do livro Aprendendo em seis.
O evento acontecerá no dia 26 de agosto ás 18hrs. O local é a livraria Casa das letras do shopping Paineiras, em Jundiaí. Todos vocês estão convidados, seja de Jundiaí, São Paulo, Rio de Janeiro. Quem quiser vir será muito bem-vindo!
Confirme sua presença aquil! 



Aproveito para já agradecer a livraria, as editoras, a autora convidada e a todos os que estão ajudando no processo para tornar esse evento incrível! E claro, você terão um vlog completo sobre o evento, com direito a bastidores! haha
Espero vocês :D

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Resenha: A rainha vermelha - Victoria Aveyard

Editora: Seguinte
Ano: 2015
ISBN: 9788565765695 
Páginas: 424
Nota: 4.5/5

Você pode usar. Mas nunca se sabe quando se está sendo usado. Em um mundo vermelho e prateado, é melhor não confiar em ninguém. 

O mundo é dividido em dois. Ou pelo menos é o que todo mundo pensa. Vermelhos e Prateados. Divididos pela cor da roupa? Divididos pela cor do sangue. Os de sangue vermelho são como nós, seres comuns, e são responsáveis pelo trabalho árduo. Aqueles com sangue prateado possuem o poder de manipular diversos elementos, existem vários tipos. Os forçadores, os verdes, os magnetrons. Levam uma vida tranquila e fácil, aparentemente. E existe ela, Mare Barrow - ou Lady Titanos.

"In school, we learned about the world before ours, about the angels and gods that lived in the sky, ruling the earth with kind and living hands. Some say those are just stories, but I don’t believe that. The gods rule us still. They have come down from the stars and they are no longer kind."

Todo vermelho, aos dezoito anos, caso não seja aprendiz, será alistado ao exército e enviado para a guerra. O grande problema é que muitos deles nunca voltam. Os problemas começam quando Kilorn Warren - melhor amigo de Mare - perde o emprego. O detalhe é que o garoto já é maior de idade e logo irá pra guerra. Mare conhece os perigos. Seus três irmãos foram alistados e deixaram como única lembrança um par de brincos cada um - que divide com Gisa, sua irmã. Tendo como principal objetivo conseguir fugir com Kilorn, a batedora de carteira usa de suas melhores habilidades. Mas as consequências de ter encontrado o bolso "certo" levarão a uma história cheia de reviravoltas.
Isso acontece quando Mare Barrow passa a ser Lady Titanos e viver uma mentira. Quando a garota que escorre vermelho descobre ter um poder. Mas ela é vermelha. E vermelhos são apenas vermelhos. Como ninguém pode saber, a rainha - que ela morra em breve, por favor - cria uma mentira e faz com que Mare a viva, correndo o risco da própria vida.
É no palácio que ela conhece dois príncipes. Cal - conhecido de outro incidente - e Maven - cuja história vai longe. Não consegui escolher um preferido. Cal possui a coragem, a calma, o conhecimento. Maven possui a malícia, a esperteza, a destreza. A única coisa que digo é o que o livro me disse o tempo inteiro: 
"Todo mundo pode trair todo mundo."

Não posso dizer que A Rainha Vermelha é um livro surpreendente. Previ quase todos os acontecimentos e talvez você, leitor,  também preveja. Mas o fato é que essa não é a chave da narrativa. Mesmo desconfiando, o enredo te envolve de uma maneira que é impossível parar de ler. São tantas reviravoltas, tanta ação e mil emoções misturadas, que fica difícil não se mexer na cadeira enquanto lê.

"Muitos vibram em acordo. Precisei de toda a minha força para não pular em cima desses covardes que jamais estarão na frente de batalha ou enviarão seus filhos para o combate. A guerra prateada deles é paga com sangue vermelho."

Victoria Aveyard juntou os melhores elementos distópicos, acrescentou um toque de fantasia e deu luz a esse livro incrível. Ao ler, você com certeza se lembrará de A Seleção, Jogos vorazes, Divergente, Game of Thrones.. Gosto desse livro justamente por isso, porque juntou tudo isso em um pacote fechado. E que pacote!

"Nos contos de fadas, a garota pobre sorri ao se tornar princesa. No momento, não sei se voltarei a sorrir algum dia."

É triste não poder comentar mais sobre a história com vocês sem dar spoiler, mas ainda quero fazer um tópico de discussão pra desabafar. Quem sabe um hangout?!
Esse livro não é reflexivo, não é bonito, não é romântico. É cru. Nu. Ok, tem aquele triângulo amoroso clichê - ou seria quadrângulo? - mas o que é um clichê perto de tantas guerras? tantas revoltas E reviravoltas? perto desse universo wow - não tinha outra palavra pra descrever, desculpa - criado pela autora.

"- É melhor você esconder esse seu coração, Lady Titanos. Ele não vai levá-la a nenhum dos lugares a que deseja chegar."

No fim das contas, a única coisa que me decepcionou um pouco foi a não surpresa, porque isso, embora não seja tão importante, acaba pesando um pouco na hora da avaliação final. Mas prever não estraga a leitura de ninguém.
A Rainha Vermelha nos ensina que o traidor pode estar ao nosso lado. A guerra nem sempre é travada com espadas, a verdadeira guerra é travada pela mente. É preciso ser esperto para sobreviver, se esgueirar no meio das mentiras. As vezes, é preciso criar mentirar só para desmenti-las depois. E, de vez em quando, você tem que usar alguém. Mas lembre-se, você também pode ser usado.

"Eu costumava imaginar os prateados como deuses intocáveis que nunca se sentiam ameaçados ou amedrontados. Agora sei que é o contrário. Passaram tanto tempo no topo, protegidos e isolados, que se esqueceram de que podem cair."

No momento eu só quero gritar: pare de ler essa resenha e vá ler Red Queen, por favor!
PS: Comprei primeiro a edição em inglês e comecei a ler. Uma coisa bastante broxante é a tradução de certos trechos. Desculpem, mas fica bem melhor na língua original! Ok, quanto a isso não tem o que fazer, mas acho que eles poderiam pelo menos ter mantido o título como Red Queen mesmo, né?! Apenas um comentário!
PS2: Espero que tenham gostado do meu mini-cosplay de Mare Barrow <3
PS3: Estou roendo as unhas para o próximo livro, eita final maravilhoso!! *o*

domingo, 2 de agosto de 2015

Primeiras impressões: Dez coisas que aprendi sobre o amor

Quando a editora Novo Conceito enviou um e-mail falando sobre o livro Dez coisas que aprendi sobre o amor fiquei bem interessada, mas não a ponto de ficar mega ansiosa para fazer a leitura. Entretanto, pensei "por que não?" e aqui estou eu fazendo esse post após ler as primeiras páginas do livro que será lançado em breve.

O livro conta a história de duas pessoas interligadas pelo amor - que inclui as consequências boas e ruins. Alice, que está vivendo um período meio confuso de sua vida - pelo que pude perceber - e tem muitos questionamentos e talvez medo da sua relação com seu pai e sua família. Daniel é um mendigo que vaga por aí e tem como objetivo encontrar a filha que nunca chegou a conhecer. Boatos que meu coração já está na mão!

"Escrevo seu nome — tenho isso, ao menos —, mas não tenho o endereço. Coloco-o numa caixa do correio e sonho, nessas noites, com o envelope sendo colocado numa caixa de correio e você se aproximando dela."

Quanto a história de Alice, posso dizer que ainda estou um tanto quanto confusa. Creio eu que, por seu pai estar doente, ela terá que enfrentar essa situação da família não aceita-la tão bem - ou ela não se aceitar em família. Além disso, há um homem que ela cita, Kal, com quem provavelmente teve um relacionamento. A história dela está muito bem escrita, bem trabalhada, mas ainda não me intrigou tanto.

"Tento me lembrar agora se ele parecia pálido ou magro, se parecia doente ou preocupado. Não me lembro. O homem na cama não se parece com meu pai."

A história de Daniel mexeu comigo em poucas páginas. Não são necessárias mil metáforas para descrever o que ele sente, e acho que isso é o mais bonito. É um tanto quanto angustiante e triste vê-lo sentir falta da filha que nunca viu e tentar procurá-la por aí.

"Gostaria de encontrá-la aqui, ficar ao seu lado com a sujeira da cidade aos nossos pés."

Estou bastante ansiosa para descobrir como a história dos dois irá se desenrolar e se, em algum momento da narrativa, eles acabarão se encontrando.
E para encerrar esse post, aqui vai a minha lista com Dez coisas que eu sei sobre o amor:

  1. O amor pode ferir tanto quanto pode curar.
  2. As vezes é necessário fechar uma porta, mesmo que ninguém entre pela outra.
  3. É impossível contar a quantidade de possíveis "tapas na cara" que você vai levar.
  4. O amor pode gerar ações boas e ruins. O amor move tanto o carisma, a simpatia, quanto o ódio, a vingança.
  5. De vez em quando ninguém vai estar aqui para juntar os caquinhos do seu coração. É preciso aprender a juntá-los sozinho.
  6. Amar pode render bons textos.
  7. Amizade é o amor mais bonito que existe.
  8. Amor não é dizer "eu te amo", é fazer amar.
  9. Esperamos muito, temos pouco. Altas expectativas na maior parte das vezes acabam com um coração machucado.
  10. Conselhos sobre amor: você poderia sair aconselhando o mundo, mas com certeza - ok, talvez se você for a pessoa que todos desejam ser - não seguirá os próprios conselhos.