quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Coluna da Dani

Hoje é quinta e olhem só quem reapareceu: eu, yeeey! Hoje trouxe um textinho, sem título mesmo, naqueles momentos em que bate uma inspiração sem sentido, ou com todo ele. E é isso. Até a próxima coluna!

Não sei definir ao certo o ponto em que se deu início. A verdade é que sempre fui uma manteiga derretida, mole demais, carregando esse coração sensível. Só que dei tempo ao tempo, e imagino que encontrei uma forma de me proteger do mundo, para que as coisas não sejam tão cruéis quanto realmente são.  Só não compararia a uma máscara, porque esta não é suficiente. Cobre o rosto, mas o resto do corpo continua ali, a ser atingido a qualquer momento, esperando que sua hora chegue.
Eis então que conheci a armadura, me revestindo por completa. Mas se engana quem pensa que ela é a prova de balas. Porque a bala de qualquer forma veio em sua direção, pode não ter atingido a primeira camada, a da superficialidade, mas pode mexer com sua emoção.
E é assim que vou levando, sabe como? Todo o dia ao levantar visto minha armadura que representa uma força que eu não tenho para as pessoas, para o mundo. Leva um bom tempo até perceberem o que tem por de trás.  Talvez eu nem represente tão bem os meus sentimentos, pareça seca, grossa, e ao mesmo tempo independente, no sentido de levar a vida, rindo de tudo, como se ela estivesse maravilhosa. Não sei se já leu isso alguma vez, mas, desconfie de quem ri demais. Essa pessoa é triste; Pode estar incomodada, ou simplesmente, escondendo a maior dor do mundo dentro de si. O coração mole ainda está lá. Portanto, se você conhece alguém assim, ajude. Enxergue o por trás. Dê um simples abraço e suas palavras de conforto. Acredite, um “vai ficar tudo bem” pode arrancar lágrimas, seja de alívio, ou da descoberta que alguém conseguiu finalmente olhar dentro dos seus olhos, bem lá no fundo. Os olhos dizem muito pelas pessoas, talvez tudo. Os meus nesse momento revelam um enorme vazio. Repare mais. Preencha o de alguém enquanto é tempo.

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