sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Resenha: A Guardiã de Histórias

Ano: 2016
ISBN:
Páginas: 322
Nota: 4/5
Editora: Bertrand Brasil

Escreva sua História. Ela será lembrada.
Um questionamento feito por todos é para onde você vai quando morre. Se você morasse no universo de A Guardiã de Histórias, eu saberia te dizer a resposta. Ninguém morre de verdade. Não acaba. Existe um lugar chamado Arquivo em que Histórias ficam armazenadas em gavetas. Como se livros fossem mortos flutuantes preenchendo as estantes. Mas quem disse que isso não pode acontecer na vida? Afinal, nossas histórias sempre permanecem. Porém, como em filmes de terror com espíritos que vagam pela terra, algumas Histórias acordam — principalmente quando têm alguma coisa mal resolvida — e vão para os Estreitos. Elas não podem, de jeito nenhum, chegar ao Exterior. Quando chegam, a Equipe as manda de volta. Mas o Estreio é local para os Guardiões.

"Existe algo inegavelmente triste sobre Owen, algo perdido, mas não tomaria essa forma. A tristeza pode drenar a luta dos traços de uma pessoa, mas os dele são claros. Ousados. Quase desafiadores."

Mackenzie Bishop, guardiã de histórias. A garota torna-se parte desse mundo paralelo quando seu avô, Da, morre e passa a responsabilidade para ela. Entretanto, seu irmão, Ben, morre e a garota fica muito mal, assim como sua família. Eles se mudam para um antigo hotel mais ou menos abandonado. O Coronado. Lá, a mãe Bishop vai reinaugurar o café do local. A lista de Histórias a serem resgatadas fica ainda maior e Kenzie também conhece Wesley, o garoto do delineador. Muitas confusões acontecem e os dois — principalmente ela — acabando se metendo em confusões e mentiras.

"Mas as pessoas são feitas de ruído, Mac. O mundo é cheio deles. E encontrar o silêncio não é uma questão de empurrar tudo para fora. Apenas de se colocar para dentro. Só isso."

O início da obra é bem parada, mas necessário. É nesse começo que somos apresentados a todo esse novo universo muito bem construído, aliás. Depois, a história começa a andar e as vezes fica complexa demais — mas nada que não dê pra entender. São vários nomes e histórias e memórias que se revelam e anéis que fazem um bloqueio para o barulho que Mackenzie não suporta escutar. E segredos do Arquivo que serão revelados e confianças que vão ser quebradas e traições e romance que não é bem romance — do jeitinho que eu gosto. Enfim, são muitas reviravoltas que vão te fazer devorar as últimas páginas.

" — E se eu estragar tudo?
— Ah, você vai. Vai estragar tudo, vai cometer erros, vai quebrar coisas. Algumas, vai conseguir concertar, e outras serão perdidas. Isso tudo é um fato. Ma só há uma coisa que você pode fazer por mim.
— O que é?
— Continuar viva por tempo bastante para estragar tudo de novo."

Porém, como disse, o início é meio parado e eu demorei para me envolver de verdade. Digo, estava envolvida com o universo desde o começo, mas não com a narrativa. As reviravoltas, na minha opinião, foram previsíveis. Apenas uma foi bem surpreendente e me fez repensar sobre quem estava certo e se existia lado certo. Mas em nenhum momento falei: que livro, genial!! O que me deixou um pouco chateada, porque é o primeiro livro que leio da autora e tinha muita expectativa.
A Guardiã de Histórias é um livro ótimo com um mundo muito bem consolidado e perfeito para quem gosta de uma boa quantidade de plot-twists.

2 comentários

  1. Olá!
    Eu nunca tinha visto esse livro ou ouvido sobra a autora.
    Confesso que a capa não me agradou muito, mas gostei da sua sinceridade na resenha.
    Parece ser um livro legal mas eu tenho muito problema com narrativas que não envolvem. Vou ter que procurar saber mais antes de comprar.

    Beijos, Tabatha Cuzziol
    Blog e Canal Floretizas - http://floretizas.blogspot.com.br/

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    1. Para mim, o único defeito da capa é o acabamento, porque acaba sujando muito fácil, sabe?
      Quanto a narrativa, ela envolve sim, mas de um jeito diferente. De qualquer forma, sempre é bom procurar saber outros pontos de vista!
      Beijos!

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