segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

[SÉRIES] Coisas que eu aprendi com My mad fat diary


My mad fat diary conta a história de Rae Earl, uma garota cheia de problemas que acabou de voltar de um hospital psiquiátrico após uma tentativa de suicídio. Assim que volta, precisa dar adeus aos seus amigos do hospital e dizer olá para o mundo exterior. Ela retoma a amizade com sua ex-melhor amiga, Chloe e acaba fazendo amizade com um grupo posteriormente chamado de The Gang. Porém, ninguém ali sabe o que ela realmente estava fazendo no período em que ficou quatro meses fora. Além disso, toda semana ela visita seu terapeuta, Kester, para suas sessões.


Eu estava passando por uma fase de extrema ansiedade por conta de alguns problemas e não conseguia fazer nada durante o dia — foi por isso que o blog parou, de novo — eu simplesmente só ficava passando o tempo fazendo absolutamente nada e esperando por uma resposta. Até que lembrei da existência dessa série e resolvi tentar assistir — tendo a certeza de que não conseguiria porque estava difícil focar em alguma coisa. E foi amor a primeira vista, passei dois dias assistindo a todos os dezesseis episódios e aprendi muito com eles.


A Rae é uma personagem com quem eu me identifico. Seus pensamentos ruins sobre sua personalidade não são iguais aos meus, mas nós duas temos uma puta insegurança e auto estima baixa. Foi engraçado que eu me vi em todos os episódios. As sessões de terapia parecia que eram feitas para mim, sabe? Tudo se parecia tanto que eu vivi a série — talvez até mais do que deveria. Como vocês devem saber, eu sou uma pessoa insensível que não costuma chorar com essas coisas, mas eu não parava de chorar. Pelo menos a cada dois episódios, eu derramava algumas lágrimas.


E quando acabou eu fiquei me sentindo meio ué. Fiquei procurando o tempo todo respostas de como eu me amaria. E como eu vou saber que estou me amando? Porque só assim as outras pessoas vão gostar de mim de verdade. Mas eu aprendi várias coisas. Aprendi que, às vezes, sou meio egoísta de não perceber o quanto estão tentando me ajudar — mesmo que também estejam quebrados. Uma coisa que eu já sabia, mas se agravou, é que todo mundo possui problemas. Todos nós estamos um pouco quebrados. Aprendi a contar até dez e talvez a procurar um pouquinho mais de qualidades em mim ao invés de defeitos. No final, há uma cena em que parece que vai haver um suicídio. E eu pensava "Não. Não pode terminar assim. Se essa é a única solução, então nada vale a pena."
Mas a série terminou bem, eu acho. E meu coração ainda não está 100% curado, mas My mad fat diary me ajudou a pelo menos me permitir a começar a me curar — de verdade.

2 comentários

  1. Eu amo MMFD! Aprendi tanta coisa com essa série também.
    A Rae e todos os outros personagens são incríveis, meio impossível não gostar de alguém, né? Hahaha. E as sessões pareciam que eram feitas pra mim também, grande Dr. Kester.
    Estou pensando seriamente em assistir a essa série novamente, me fez um bem danado. E amor próprio é tudo! Adorei o post.

    Beijos, quebrarosilencio.blogspot.com ❥

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    1. Oi, Amanda!
      É verdade, é difícil até escolher um preferido!! Nossa, eu também, é uma série pra se rever ao longo do tempo. Acho que sempre vamos ver alguma coisa que não vimos antes ou mudar o nosso ponto de vista.
      E mais amor próprio, por favor!!
      Beijos!

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