Editora: Galera Record
Ano: 2015
ISBN: 9788501105738
Páginas: 336
Nota: 4.5/5
Love ain't always pretty, sometimes it's ugly...
Tate Collins muda de cidade e acaba tendo que morar com seu irmão, Corbin, por um tempo. A primeira pessoa que encontra no apartamento não é seu irmão, mas um cara completamente bêbado que chora e chama por Rachel. E quem diabos é Rachel?! Bom, quando o irmão volta, ela acaba descobrindo que aquele era Miles, o melhor amigo de Corbin. E nem preciso dizer que os dois se sentem extremamente atraídos, né? Atração apenas sexual, no início. No meio disso tudo temos Cap, um morador antigo do prédio que costuma apertar os botões do elevador e dar os melhores conselhos da vida.
"Continuo encarando-os, meio que esperando conseguir ver ondas se prestar bastante atenção. Diria que são tão cristalinos quanto as águas do Caribe, mas na verdade nunca fui ao Caribe, então não tenho como saber."
O romance se inicia com o pacto clichê: só sexo. Mas como Colleen Hoover sempre consegue modificar os melhores clichês e as vezes o lado feio do amor vence, as coisas não serão só flores. É em meio a uma história um tanto quanto conturbada e algumas cenas angustiantes que Miles e Tate vivem um romance um tanto quanto quente. A diferença é que ele não é capaz de amar. Ao longo do livro, conhecemos duas partes da história. O passado de Miles com Rachel, narrado por ele. E o presente. narrado por ela. O livro possui muitas cenas de sexo, mas não fiquem muito animadinhas, porque uma das cenas mais tristes desse livro envolve esse fator. E sério, é de estraçalhar corações.
"- Se sua mão infeccionar e você morrer, eu nego meu envolvimento nisso tudo.
- Se minha mão infeccionar e eu morrer, vou estar morto demais para culpá-la."
Começarei dizendo que amei o fato da narrativa ser divida não só em dois pontos de vista diferentes, mas em dois momentos diferentes. O passado de Miles e o presente de Tate. Isso deu uma dinâmica para o livro. Você fica louco pra saber o que vai acontecer nas duas histórias paralelas. O mais incrível é que o passado se junta ao presente e acaba se tornando um futuro. (vamos colar essa frase na parede do seu quarto? haha)
"(...) - Então qual dos dois você quer, Miles? - minha voz está vergonhosamente fraca - Amor ou sexo?
(...) - Acho que você já sabe a resposta, Tate."
O título do livro e a capa em si são uma grande metáfora para um dos acontecimentos e fatores principais da obra. Só digo uma coisa: água. Quando terminei de ler, vi que as coisas se encaixavam perfeitamente e gostei ainda mais do new adult.
"Não sou Tate quando estou perto de Miles. Sou um líquido, e líquidos não sabem ser firmes e se defender. Líquidos fluem. É tudo o que quero fazer com Miles."
Sobre o Miles (ah, Miles), nem preciso dizer o quanto ele é sensacional, né? Não só por ele ser o tipo de cara que eu sempre sonhei, mas por sua personalidade. Ele possui aquela máscara que esconde tudo, sabe? E quando essa máscara cai...
"(...) Mas, quando você beija alguém por causa de quem a pessoa é, a diferença não se encontra no prazer. A diferenca se encontra na dor que você sente quando não está beijando aquela pessoa."
Mas talvez meu personagem preferido no fim das contas, sem ser o casal principal, seja o Cap. Os melhores quotes são dele, sério. Parecia que ele estava falando comigo, dando conselhos pra mim.
A escrita é muito boa e a autora te conduz pela narrativa de uma maneira que você acaba de ler o livro e nem percebe.
"Estamos correndo contra nossas consequências, nossos orgulhos, nossos respeitos, contra a verdade. Ele está tentando entrar em mim antes que qualquer uma dessas coisas nos alcance."
Não vou falar muito mais, apenas recomendar a leitura. Leiam O lado feio do amor e se preparem para rir, chorar, querer socar a cara da Tate, querer socar a cara do Miles, jogar o livro pela janela e depois abraçar enquanto as lágrimas descem e seu coração é estraçalhado. Obrigada, Colleen Hoover!!
(A Mari Smile é a mais nova colunista do blog e está aqui estreando com essa resenha dupla, espero que gostem! Em breve terá um post de apresentação e uma discussão em vídeo sobre Ugly love. Seja bem vinda, Mari. Espero que goste do meu cantinho e espero que também gostem dela, leitores infinitos!)
(A Mari Smile é a mais nova colunista do blog e está aqui estreando com essa resenha dupla, espero que gostem! Em breve terá um post de apresentação e uma discussão em vídeo sobre Ugly love. Seja bem vinda, Mari. Espero que goste do meu cantinho e espero que também gostem dela, leitores infinitos!)
Diferente da minha coescritora nesse blog, eu sou totalmente fissurada em romances e nos clichês eu os envolvem (talvez não tão clichê ao ponto de ser fútil, mas eu adoro romances, what can I say?). Eu já era muito fã da Colleen Hoover por conta de Um Caso Perdido e da trilogia Métrica, a autora tem um jeito único de escrever e deixar você ligado até os últimos instantes do livro. Eu acho que o que diferencia Ugly Love dos outros livros da Colleen é o jeito como o livro é estruturado, indo do passado para o presente. Só vamos entender Miles e Tate se entendermos Miles antes da Tate. Esse tipo de estruturação deixo o livro mais fluido e te prende a história porque tudo é revelado aos poucos. É um tipo diferente de New Adult.
“Estamos nos confrontando. É uma disputa. É um duelo visual. É um desafio de mim para Miles e de Miles para mim. Eu desafio você a tentar parar, gritamos, silenciosamente”
Um dos aspectos que eu mais gosto na escrita da autora é o quanto ela aborda questões mais profundas como estupro, morte, suicídio e outros em seus livros. E com O lado feio do amor não foi diferente, é claro. Ele se tornou o meu preferido dela por conta da estruturação que os personagens recebem. Eu gosto muito de personagens que evoluem com a história e esse livro mostra muito bem isso. Em boa parte dele, Tate Collins, nossa protagonista, se vê entrando numa relação que ela sabe que vai dar errado, mas que ela não consegue resistir. E em muitos momentos, ela se humilha para que essa relação dê certo mesmo que de um jeito disfuncional.
Já Miles Archer, é um personagem que desperta muitos sentimentos em nós porque nunca dá para entender qual é a do Miles: Ele gosta da Tate? O que aconteceu que o deixou tão ferido? Ambos os personagens evoluem ao ponto da Tate dizer chega e do Miles se resolver consigo mesmo, algo que me agradou. A relação dos dois durante o livro é bem explosiva e muito necessária para ambos, algo que Colleen é mestra em escrever. Temos outros personagens como o irmão da Tate, Corbin, a ex do Miles, Rachel e Cap, o fofíssimo velhinho amigo de Tate que adicionam muito a história com suas presenças marcantes (especialmente a Rachel).
"Não entendo como pode ser tão perfeito. Como a vida e o amor e as pessoas podem ser tão perfeitos e lindos. Até não serem mais. É tão feio. A vida, o amor e as pessoas tornam-se feios. Tudo torna-se água."
O aspecto negativo desse livro na minha opinião é o começo da relação do Miles e da Rachel, que é narrado nos capítulos no passado e Miles que conta. A relação começa muito do nada e logo os dois já estão apaixonados, mas depois a coisa toda vai evoluindo e a história deles se torna tão bonita quanto Tate e Miles.
"Ele sorri, mas não é o sorriso que eu amava em Miles. Esse sorriso é resguardado, e me pergunto se teria sido eu quem fiz isso com ele. Se sou responsável por todas as partes tristes de Miles. Agora, ele tem tantas partes tristes."
O lado feio do amor é certamente um livro que eu recomendaria a todos que apreciam romances e o gênero New Adult.
Quando lançou o livro fiquei louca querendo comprar, eu ainda não conhecia esse autor, e o título me chamou muita atenção. Ainda não tinha lido nenhuma resenha e fiquei muito encantada com o enredo do livro, só tinha lido mesmo a sinopse. Os quotes são maravilhosos, preciso urgentemente desse livro.
ResponderExcluirBeijos,
www.dosedeilusao.com
É um livro realmente maravilhoso, um dos meus preferidos da autora. Leia, leia, leia, super recomendo!!
ExcluirBeijos!!