domingo, 31 de agosto de 2014

Bienal do livro SP 2014

Hey bookaholics!
Como vocês já devem saber, no dia 23 fui na bienal de livro de São Paulo, então decidi contar aqui um pouco de como foi.
Minha intenção era fazer tudo o que eu tinha programado, comprar livros, tirar bastante foto pro blog, quem sabe até gravar um vídeo e depois iria pra fila da Rocco para a sessão de autógrafos com a Sophia e a Carol do livro "O reino das vozes que não se calam". Maaas, todos os planos foram por água a baixo assim que entrei na bienal haha Primeiro, achei que não ia conseguir o autógrafo e fiquei super mal, fora que quando cheguei - antes de entrar - as filas estavam super desorganizadas, fui de carro com uma amiga e ia encontrar com minhas outras amigas lá, mas quem disse que a gente se encontrou? Pra melhorar a situação, lá dentro o sinal não pegava, mas acabei encontrando todo mundo na praça de alimentação, alivio!! Enfim, quando decidi comprar os livros estava extremamente impossível de andar, as filas pra pagar enormes e tinham estandes fechados por causa da grande quantidade de pessoas. Uma desorganização total!! Cheguei a perguntar para o vendedor do estande aonde ficava a fila e ele respondeu "não sei", fiquei chocada. Por conta da super lotação e da desorganização acabei comprando só três livros, depois desisti e fui almoçar, fiquei andando com as meninas. Decidimos ir no banheiro, mas desistimos porque a fila estava enooorme, no que estavamos voltando pra ir no estande da Rocco, quem eu encontro?! A Pâm, do garotait! Nem acreditei, quando soube que ela ia pensei "nunca que vou encontrar ela no meio de todo mundo"! Aí fui lá ser tiete e tirar foto haha <3
Enfim, ficamos jogadas um bom tempo lá, conversando e descansando, aí fomos pra fila da Rocco. Tudo na minha cabeça dizia que não ia dar certo, que eu não ia conseguir, mas depois de muito sufoco, finalmente eu consegui vê-las e abracei a Sophia beeeem forte, precisava muito disso, sabe? Ela super atenciosa como sempre e a Carol também é um amoor, me conquistou <3
Logo depois já tive que ir embora, então nem deu tempo de fazer muita coisa. Ah, perdoem a foto, ficou extremamente tremida, porque tirei enquanto andava e foram bem poucas, por isso estou postando só essa, já que as outras ficaram bem ruins :/


Tudo valeu a pena <3

Vamos aos livros agora?

Fui no estande da farol com o intuito de comprar "Despedaçada", mas sabe aquela sensação de não querer terminar a série e "medo" do que vai acontecer? Então, aí acabei não levando "Despedaçada" me arrependi profundamente e quando estava indo embora vi esse livro e me apaixonei pela sinopse, então trouxe pra estante <3
  Queria comprar esse livro já há algum tempo, foi o primeiro livro que comprei na bienal, e como o estande estava vazio, decidi levar, vamos ver o que me aguarda!

Esse eu tive que levar, já fui pra bienal com ele na cabeça, a premissa da distopia é simplesmente maravilhosa, vi o trailer do filme uns dias antes e foi assim que descobri a história, desde então o livro não saiu da mente, não vejo a hora de ler!

Espero que tenham gostado do post, foi minha primeira experiência com a bienal, nos próximos anos tem mais!
Se você estiver lendo esse post e também foi na bienal ou já leu algum desses livros, escreva o que achou aqui em baixo, nos comentários :D

sábado, 30 de agosto de 2014

Atualização #2

Olá, bookaholics, como vocês estão?
Bom, estou em época de provas e essa é a ultima semana, o tempo está bem corrido, ainda mais com essa dor de cabeça que não passa, então geralmente ou estou estudando ou dormindo e acaba que quase não sobra tempo, então queria me desculpar mesmo por não estar postando tão regularmente, mas é só por esses dias, depois tudo volta ao normal, prometo!!
Logo faço o post contando sobre a bienal do livro, já terminei de ler "A extraordinária garota chamada estrela", que recebi da editora Gutenberg e estou lendo "Se arrependimento matasse", do autor Alma Cervantes, em parceria também. Então fiquem esperando resenhas!! Ah, assim que minhas provas acabarem vou ler "Proibido" que estou loooouca pra ler, então logo tem resenha dele também! Deixem sugestões de posts, pro blog em geral e também criticas ou elogios se vocês quiserem, pois quero melhorar esse nosso cantinho aqui :D
Então é isso, esse post foi mais pra dar sinal de vida mesmo e explicar essa ausência, mas logo volta ao normal!
Beijos e muito obrigada a quem continua acompanhando o blog!
Espero que vocês não desistam de mim! hahaha

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Resenha: Pausa - Colleen Hoover

Editora:  Galera Record
Páginas: 301
Ano: 2013
ISBN: 9788501401892

Sinopse:
"Destinados um ao outro, Layken e Will superaram os obstáculos que ameaçavam seu amor. Mas estão prestes a aprender, no entanto, que aquilo que os uniu pode se transformar, justamente, na razão de sua separação. O amor pode não ser o bastante.Depois de testado por tragédias, proibições e desencontros, o relacionamento de Layken e Will enfrenta novos desafios. Talvez a poesia desse casal acabe num verão solitário... Sem direito a rimas ou ritmo. A ex-namorada de Will retorna arrependida de ter deixado o rapaz. E está disposta a tudo para reconquistá-lo. Insegura, Layken começa a ler novas reações no comportamento do rapaz. E na insistência para adiar a "primeira vez" de ambos. 
Presos em uma ironia cruel do destino, eles precisam descobrir se o que sentem é verdadeiro ou fruto da extraordinária situação que os uniu. Será que é amor? Ou apenas compaixão? Layken passa a questionar a base de seu relacionamento com Will. E ele precisa provar seu amor para uma garota que parece não conseguir parar de "esculpir abóboras". Mas quando tudo parece resolvido, o casal se depara com um desafio ainda maior - e que talvez mude não só suas vidas, mas também as vidas de todos que dependem deles. "

A premissa de Pausa me deixou com um pé atrás, afinal, a história de ex-namorada voltar e estragar tudo já está bem batida, mas, como sempre, Colleen Hoover não me decepcionou, adoro essa arte que ela tem, transformar o clichê em algo diferente.
É basicamente assim que Pausa começa, com Lake na faculdade e Will no mestrado, lá ele encontra a ex-namorada, mas não conta nada para Lake por seus motivos (isso me deixou com muita raiva, porque se ele tivesse contado iria ser tão melhor e ele podia fazer isso - na verdade não, senão não teria livro, mas..) e é claro que a garota acaba descobrindo da pior maneira possível. (borboleta!) 


"Mas, às vezes, as coisas não acontecem em ordem cronológica na vida das pessoas. Especialmente em nossas vidas. Já faz um bom tempo que a nossa ordem cronológica ficou bem confusa."

Grande parte do livro é Will Cooper tentando provar seu amor por Lake, que está duvidando já que a primeira vez de ambos era sempre adiada  e agora com a chegada da ex-namorada. (e o maldito beijo na testa) Outro questionamento de Lake - esse acho bem interessante - é o de se perguntar se ela e Will não continuam juntos apenas porque tem que cuidar sozinhos dos irmãos - mas o garoto faz questão de mostrar que não.

"— Acho que talvez você esteja com ela pelos motivos errados. Talvez sinta pena por ela estar passando pela mesma coisa que você passou com sua família. Se isso for verdade, não é justo com ela. Acho que você deve isso a ela, uma nova chance a nós dois. Para você ver o que seu coração sente de verdade."

Quando essa grande briga acontece, Lake e Will ficam sozinhos e abalados, mas é bom saber que as pessoas ao redor vão ajudar, então Eddie e Gavin são os melhores amigos nessa hora, além dos irmãos e principalmente Kiersten - amiga dos irmãos que tem as melhores colocações ever. Embora Eddie tenha me feito rir e refletir muito em Métrica, Kiersten ganhou meu coração no segundo livro.
Além do apoio dos amigos, o casal tem o apoio da mãe de Lake, que deixa um presente para ambos que eu simplesmente amei!! 

"- Espere. Antes de você ir...quais são seus planos para amanhã à noite? Ela revira os olhos. - Que tipo de pergunta é essa? Você é o meu plano. Você sempre é meu único plano."

Acontece que o livro não é só isso, passa bem longe, pelo menos para mim, o verdadeiro clímax é a segunda parte. Li o livro no escuro, então foi uma grande surpresa e me fez ficar extremamente desesperada, a partir daí não conseguia mais parar de ler. Eu o li todinho em algumas horas.

"Minha namorada não fala comigo. Amanhã vou ter aula com a razão pela qual minha namorada não fala comigo. Minha vizinha de 11 anos dá conselhos melhores do que eu. Estou me sentindo um pouco frustrado."

Gosto do enredo desse livro, principalmente da mistura de emoções ao longo do livro - acredito que ainda mais contrastadas do que em Métrica - posso te garantir grandes surpresas. Definitivamente ganha cinco estrelas. Agora estou louca por This Girl - na versão do Will, mal posso esperar! 
Colleen Hoover definitivamente ganhou meu coração com Métrica, mudou os meus conceitos de romance com Pausa e me fez ama-la ainda mais com Um Caso perdido.



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

TOP 3: Quotes de series


"Nós achamos que a dor é o pior sentimento, mas não é. Como algo pode ser pior do que esse eterno silêncio dentro de mim?" - American Horror Story (Coven)

"A verdade e a realidade machucam. Então nós mentimos... pra todos, mas especialmente, pra nós mesmos." - Grey's anatomy

"Você sabe o que falam sobre a esperança. Causa tristeza eterna." - Pretty little liars

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Resenha: O Reino das vozes que não se calam - Carolina Munhóz e Sophia Abrahão

O reino das vozes que não se calam - Carolina Munhóz & Sophia Abrahão
Editora: Rocco (selo fantástica)
Páginas: 288
Ano: 2014
ISNB: 9788568263006
Sinopse:
"Em sua estreia na Rocco e marcando também a chegada do selo Fantástica, a escritora Carolina Munhóz, ganhadora do Prêmio Jovem Brasileiro por seu primeiro livro, A fada, apresenta O Reino das vozes que não se calam, escrito em parceria com a atriz e cantora Sophia Abrahão. Espécie de conto de fadas contemporâneo, em que um mundo mágico é palco para uma história de autoconhecimento e o poder dos sonhos, o romance conta a história de Sophie, uma garota cansada de sofrer com a indiferença das pessoas até descobrir um Reino onde seus talentos são reconhecidos. Cedo ou tarde, porém, ela terá que decidir entre a realidade e a fantasia, numa jornada repleta de descobertas e desafios."

Talvez essa seja a resenha mais difícil de fazer, no quesito profissionalismo, como já havia dito antes, sou mega fã da Sophia Abrahão, que ajudou a escrever esse livro em quatro mãos, e claro que há um lado fã nisso tudo, tenho que dizer que estou orgulhosa, sim, mas antes de começar essa resenha, gostaria de dizer que toda a minha opinião é realmente verdadeira, sem influências em relação ao quesito fã.
Bom, no inicio tive um imenso preconceito com esse livro, sabendo que a Carol escreve vários livros de fada e esse universo fantástico, coisa que não gosto, aquele tipo de livro que não é mim, sabe? Quando soube que haveria um reino colorido cheio de arco-iris e seres mágicos, torci o nariz, mas a história está aí no papel pra provar que eu estava errada.
O Reino das vozes que não se calam conta a história de Sophie, uma garota bem magra - o que foge de todos os padrões de beleza atuais - e que é constantemente taxada de anoréxica e outros apelidos do tipo, de modo que ninguém entende que ela é assim e pronto. A garota tem uma melhor amiga, Anna, super popular e falante, enquanto Sophie vive em um mundo cinzento, mas os opostos se atraem, não é?! Bom, até um certo ponto...
A Protagonista
Uma das melhores qualidades de Sophie - além de ser extremamente alternativa, e sim, eu ameeeei isso - é o modo como reflete sobre si mesma e o mundo e que, mesmo estando tudo sem vida, não perde o humor - mesmo que isso seja uma forma de cobrir seu sofrimento. Quando li o primeiro capitulo, achei que seria mais uma personagem superficial, com problemas superficiais, mas - não sei se por causa do momento em que li - afundei na história e a personagem realmente me cativou, muitas vezes me identifiquei com ela.

Depressão e Sentimentos
O modo com que a depressão é tratada nesse livro deve ser lida como um filtro. Por ser um livro infanto-juvenil a linguagem é mais leve, mas ainda assim nos faz refletir. Por meio de palavras não tão densas, as autoras conseguiram passar a ideia do mundo cinzento, parecia que as páginas eram feitas de chumbo. O leitor que ler apenas por ler, não vai perceber a profundidade do livro e do assunto, é preciso parar para observar e refletir. 
Há um momento em que a garota começa a tomar medicamentos por causa da depressão, depois que tudo desmorona, e isso acaba tendo algumas consequências que não eram pra acontecer, não sei se a intenção foi fazer uma critica, mas eu particularmente não concordo com essa história de remédios. Porém, em relação a eles, é claramente compreensível o motivo pelo qual a garota aceita toma-los, pelo meu ver em relação a ela, não havia nenhum motivo pelo qual não tomar, sabe? Já que as coisas estavam tão ruins, e tudo o que ela queria era fechar os olhos pra poder ser feliz..
Uma coisa que me incomodou em relação a isso foram as conversas com o psicologo, alguns diálogos foram melhores, mas achei um pouco desnecessárias algumas partes, por não terem reflexo (?).
Fora isso, a dor foi tratada da maneira como deveria ser e me levou junto com a protagonista, em certa parte da história, me identifiquei tanto que parecia que nós duas eramos uma só.

O reino e a analogia
A parte do reino colorido, gatos falantes, guardiãs, primeiro ministro, arco-iris, fadas, etc, realmente não gostei, mas porque não gosto muito de fantasia, porém achei incrível o modo como as autoras inseriram o reino no contexto do livro. Há quem leia e diga que o reino das vozes que não se calam era real, há que diga - como eu - que não passava de sonhos, fantasias que nos fazem bem. 
Cada um de nós tem um reino a visitar, cada um de nós tem um lugar ideal e ele não precisa necessariamente ser um lugar fantasioso. Cada um de nós possui uma ideia de felicidade e cada individuo foge para um lugar diferente quando está se sentindo pesado como chumbo. O seu reino pode ser a música, pode ser o teatro, o seu reino pode ser os livros que você ama ler. O seu reino pode ser qualquer um, basta estar em um lugar e se desligar do mundo, não é assim? Todo mundo merece um lugar em que possa descansar das armadilhas e baixos da vida. O seu reino pode até ser alguém.
Do meu ponto de vista, o foco do livro não é o reino em si, mesmo quando ele aparecia, o foco foi dado em sua ideia, na premissa de O reino das vozes que não se calam. A grande dúvida entre "ser feliz em um lugar em que todos te aceitam ou aceitar e enfrentar os problemas na vida real para ser feliz na outra dimensão?" Acredito que o objetivo do livro foi responder justamente essa pergunta e respondeu, muito bem, que é preciso sim voltar para a realidade, é necessário acordar do transe e enfrentar a vida. 
O Reino é aquele lugar feliz, aquele lugar que te acolhe e te faz esquecer os problemas, mas uma hora é necessário voltar. É o que dizem todos daquele reino, principalmente sua avó e a guardiã, que antes de se tornar a princesa, ela deve resolver as coisas na outra dimensão.


O romance
Sua dimensão começa a fazer mais sentido quando ela conhece Léo, um garoto que a entende e tem praticamente vários gostos iguais, são unidos por tanta coisa, mas principalmente pela música. Não é um romance meloso como esperei que seria, pelo contrario, mas também não fiquei completamente apaixonada pelo casal, e sim pelos diálogos, pela amizade maior do que tudo entre os dois. Acho que o Léo é mais do que um namorado, ele é alguém, ou como diria grey's anatomy, a pessoa de Sophie, e todo mundo precisa de uma pessoa. 
A amizade de Sophie e Anna também é bem tratada, aquela amizade de ferro que vocês podem brigar e se distanciar, mas sabem que ainda se importam com a outra e o primeiro passo que alguém der, bom, vocês irão voltar a se falar.
A amizade dela com Mônica é a inesperada. Gostei bastante dessa personagem, principalmente pelos toques de realidade que ela dá em Sophie, como em relação a ela dar mais espaço, porque com certeza há gente que gostaria de conhece-la melhor.
A relação com os pais também é bastante intensa e gostei da maneira como foi trabalhada. 
Dei vários suspiros e várias risadas com muitos desses diálogos.

A música
A música é uma das bases desse livro, além da premissa. Sophie tem o talento de cantar, mas o esconde até certo ponto. Léo também é apaixonado por música. O reino é movido por música. Então há de se esperar que ela esteja entre as páginas mágicas. O livro também faz referência a várias músicas maravilhosas, algumas internacionais e outras nacionais, da própria Sophia (Abrahão). Gostei bastante que na ultima página do livro está localizada a trilha sonora. Genial! hahaha

Diagramação
A letra possui um tamanho ideal, as páginas são meio amareladas, e nem preciso falar sobre os desenhos no início de cada capítulo. Extremamente caprichada e muito bonita. Vale contar que eu sou apaixonada pela quarta-capa! 

O final do livro não me agradou muito no quesito realidade, não sei se vocês sabem, mas prefiro finais mais realistas e meio melosos, e nesse aconteceu o contrário. Acredito que tenha sido muito fantasioso e fico me perguntando, essa conclusão mostra a ideia de que "então tenho que conhecer algum garoto e ele vai me fazer feliz, aí vai ficar tudo bem", mas na vida as coisas não acontecem assim. Porém, como já esperava essa final mais "felizes para sempre", não foi uma decepção tão grande, e a história em geral me agradou bastante. 
A escrita foi maravilhosa, te puxa pra dentro da história e você não consegue mais parar de ler. O final deixa um gostinho de quero mais, e também uma necessidade de saber o que acontece depois. Mas acredito que o livro no quesito número de páginas tenha a medida certa.
Concluindo, O reino das vozes que não se calam é um livro que me surpreendeu e foi, de certa forma, o meu reino, durante a leitura. É um livro com linguagem leve, mas que mesmo assim nos faz refletir e traz a mensagem de que sim, é possível ser feliz.
Citações preferidas:

"Sua vida está escura como esse tecido, embora você sempre brilhe no mar de lamentações de seus dias. Se não existisse luz em você, seria impossível localizá-la."

"Eu vejo uma jovem um pouco perdida, talvez revoltada demais com o mundo. Não sei porque razão. Redescubro uma garota com uma voz linda e uma facilidade incrível de transportar sentimentos para melodias no papel. Uma pessoa que fala o que pensa e pensa o que sente, talvez madura demais para a idade. Vejo uma pele difícil de ser esquecida e um sorriso que pode ser mágico quando quer. Gosto dos meus lábios, porque lembram os da minha mãe. E das minhas sobrancelhas, parecidas com as do meu pai. Mesmo achando que meu cabelo ruivo tem mais personalidade do que eu, ainda é legal o modo como ele mostra o quanto minha alma é única. Acho que sinto isso. Que sou diferente, mas isso é bom. Que quanto eu peso ou como me visto não importa se eu estiver bem comigo mesma."

"Desde a primeira vez que as vira, sabia que ela era como um passarinho com asas quebradas.
Não queria consertá-las.
Mas gostaria de tentar encorajá-la a se curar e voar."

"Serio que nem vai fingir que a ligação caiu? - falou o garoto do outro lado da linha - Dá pra ouvir a sua respiração."

"Ninguém pode fazer outra pessoa feliz. Nós precisamos encontrar a nossa própria felicidade. Eu nunca achei que fosse digna de ser feliz. Esse sempre foi o grande problema."

domingo, 17 de agosto de 2014

MEME: Cinco programas que me marcaram

Esse é um meme lá do grupo rotaroots que achei bem legal e decidi trazer para o blog, hoje vocês vão conhecer cinco dos programas que mais me marcaram..
Vamos lá ;)

Os feiticeiros de Waverly Place
Sempre fui apaixonaaaaada por essa série, a Selena foi minha primeira crush da vida, tanto que até hoje acho ela tão amável <3 Lembro que já deixei de sair muitas vezes pra ver feiticeiros quando era menor, fiquei louca com o filme e amava os episódios especiais com os vampiros. Pra mim Alex, Justin e Max sempre serão o trio perfeito. A Harper também, claro! "Olha lá, ela ta, ta usando um chapeuzinho(...)" quem lembra?! hahaha

Grey's anatomy
Comecei a assistir Grey's ainda esse ano, tinha "preguiça" de ver todas as temporadas, mas um dia decidi começar e nunca me arrependi, o arrependimento foi de não ter começado antes! Estou no começo da quinta temporada, então sem spoilers, por favor! hahaha
Izzie Stevens é minha personagem preferida, junto com a Cristina Yang e depois o Alex, e sim, eu sei o que vai acontecer porque minha curiosidade foi maior, tô vendo que vou sofrer muuuito!!
É uma serie que me marca pelos assuntos que trata, as cenas memoráveis e os melhores quotes ever que se encaixam na minha vida quase sempre!

Pretty little liars
PLL é uma das minhas series preferidas, que aliás me apresentou a ash benzo <3
Me garante boas risadas, também tem quotes maravilhosos e alguns mistérios bem trabalhados (porque outros ficaram no meio do caminho). A série me irrita um pouco por causa da grande enrolação, mas estou bem feliz com  os últimos episódios! Uma frase que com certeza ficou na minha cabeça é "A esperança causa tristeza eterna".

ICarly
Quem nunca deu várias risadas com essa série? Acho que é a melhor série de comédia ever, fiquei tão triste quando acabou :( Ficaria vendo ICarly por hoooras a fio!!

Kenan e Kel
"Quem adora refrigerante de laranja?" hahaha! Kenan e Kel é um dos programas que mais sinto falta, ficava acordada até tarde só pra poder assistir! Até hoje quando encontro na TV dou um grito e vou direto ver <3

Espero que tenham gostado do post! E vocês, que programas te marcaram?


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Young Adult vs. New Adult

Muitos perguntam qual a diferença entre Young Adult e New Adult, então fiz esse post pra esclarecer essas dúvidas e mostrar um pouco da diferença dos dois..

Youg Adult: No quesito romance, tudo é tratado de uma maneira mais leve, romântica, geralmente com bastante mel. Geralmente livros Young Adult envolvem escolhas, drama, bullying e tocam bastante no quesito da amizade. O publico alvo são os adolescentes na faixa de 15 anos. Os personagens geralmente estão no ensino médio e possuem 16/17 anos. Talvez o ultimo fator seja o que mais diferencie os gêneros, já que os outros assuntos podem variar entre os dois, mas são mais expressivos em livros YA.
Exemplos:
Quem é você, Alasca? - John Green

A lista negra - Jennifer Brown 

Cartas de amor aos mortos - Ava Dellaira


New Adult: O romance é mais provocativo, os protagonistas estão sempre se provocando. No gênero New Adult o assunto sexual é mais explorado, algumas vezes mais, outras menos. Geralmente envolve traumas, abuso sexual e a maioria traz o romance como foco. O público alvo geralmente são adolescentes na fase de transição para a maior-idade. Os personagens costumam estar na universidade, com idade de 19/20 anos, em média.
Exemplos:
Métrica - Collen Hoover

Um Caso perdido - Collen Hoover

Belo desastre - Jamie McGuire


Minha opinião: Costumo ler mais livros do gênero YA, pois me identifico mais, porém no quesito romance prefiro os livros New Adult, mas só aqueles que fazem sentido, já que odeio aqueles romances que são apenas provocativos, não tem história, são ocos e apelativos. Ambos os gêneros são bons e me agradam, porém é tudo uma questão de medida e humor do dia.

Resenha: Se eu ficar - Gayle Forman

Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
Ano: 2014
ISBN: 9788581635415
Sinopse: Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

A vida é feita de escolhas. Precisamos escolher que caminho seguir em vários momentos de nossa existência, mas e se
você tivesse que decidir sobre a continuidade de sua vida? Você iria escolher ficar ou ir embora? 
É justamente esse o foco do livro Se eu ficar, Mia tem uma família feliz, um irmãozinho maravilhoso, a melhor amiga, Kim, e o namorado Adam. A típica "vida de adolescente perfeita", mas ao longo do livro, você percebe que não era bem assim. Isso mostra que até mesmo as pessoas que aparentam ser mais felizes e ter uma vida boa, podem ter questionamentos, duvidas e inseguranças dentro de si. Ninguém é plenamente feliz. Mas algo tira a vida de Mia completamente do eixo, era pra ser uma viagem de família de ultima hora, mas todos acabam sofrendo um acidente. Os pais de Mia falecem ali mesmo e no início nada se sabe sobre seu irmão. Mia está viva. Mia observa a si mesma deitada na maca. Ela precisa decidir entre ir ou ficar.
No início, achei que o livro estava sendo meio superficial, afinal, Mia tinha uma família feliz, uma melhor-amiga que a amava muito e um namorado incrível, mas ao longo da leitura percebi que não era bem assim.

"Na UTI, é quase igual. Não se sabe ao certo que horas são nem quanto tempo se passou. Não há luz natural. E há um barulho constante, mas não dos bipes eletrônicos das maquinas caça-niqueis e do retinir das moedas, o som interminável e abafado das páginas reviradas pelos médicos auxiliares, e a conversa constante dos enfermeiros."

 Por ser violoncelista, já se sentiu um tanto quanto descolada do ambiente familiar. Além disso, percebemos também que seu relacionamento com Adam não é lá mil maravilhas e ela também deve fazer escolhas em relação ao relacionamento de ambos.
Mia e Adam não são aquele casal que você ama logo da primeira vez, tudo isso acontece aos poucos, mas logo depois comecei a não gostar de Adam novamente. Achei incrível os diálogos que acontecem na UTI, principalmente entre ela e Kim, aquilo que sempre dizem "ela/e pode estar dormindo, mas está escutando", é exatamente isso que acontece, o que me fez perguntar se fora do universo literário isso pode de fato acontecer, nunca se sabe, não é?!
Gosto também de como ela fala sobre o fato de os médicos mexerem em suas pálpebras, de modo que ninguém fez isso, é muito raro ser feito normalmente. Isso certamente chamou a atenção.
"(..) São sempre rudes e apressados, como se não considerassem as pálpebras dignas de delicadeza, e isso me faz perceber as pouquíssimas vezes em que tocamos as pálpebras de alguém durante a nossa vida."

Preciso dar enfoque ao senso de humor de Mia, muitas pessoas disseram que não gostaram da personagem por não ter um diferencial ou ser um pouco "sem-sal", mas realmente não concordo com o ponto de vista deles. A garota é cativante e te faz rir mesmo no estado em que se encontra, com um pouco de humor negro, gostei bastante do fato de não ser um livro totalmente depressivo, apesar de se tratar de morte.

“Às vezes você faz escolhas na vida e às vezes escolhas fazem você.”

O recado que me foi passado é justamente esse de que bom, todos tem problemas, por mais perfeitos que pareçam, as vezes você tem que fazer escolhas em sua vida e todas elas terão consequências, além disso, é claro, você deve amar a si mesma e viver cada momento como se fosse o ultimo, pois não se sabe o dia de amanhã.
Se eu ficar é um livro simples que mostrou não ser necessário provocar um rio de lágrimas para passar uma mensagem incrível e  te emocionar.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Na minha estante #1

Como vocês estão, bookaholics?
Esse é o primeiro Na minha estante do blog. Funcionará como uma especie de caixa postal, mas como sou meio desorganizada, não fiquem esperando uma coisa certinha de mês, okay? hahaha
Nesse primeiro post estão os livros de julho, alguns foram presentes de aniversário, outros foram comprados no final de junho, um foi em uma troca, alguns comprei, ah, os do começo de agosto estão aí também!
A conclusão que cheguei é que sou uma pessoa muito compulsiva em relação a livros, são raros os casos em que compro e desanimo depois a ponto de deixar na estante, mas com essa compulsão geralmente fico com vários livros pra ler e não sei por onde começar, além de que agora o tempo está curtíssimo! Aí se eu pego um livro pra ler as vezes fico pensando no outro, mas não adianta pensar no outro porque eu vou pensar no anterior hahaha
Enfim, vamos ao que interessa..
<3 (ficou faltando o Estilhaça-me na pilha porque eu lembrei depois haha)

Comecei a ler esse livro sentada no banquinho esperando a sessão de cinema começar, acontece que parei no segundo capítulo, pois é!! Todo mundo fala dessa série e já estava loouca pra comprar, mas não conseguia encontrar, até que.... (ah, a novo conceito enviou a jacket nova pelo correio <3)


Esse aqui foi uma troca muito bem feita na saraiva mesmo.. Pensem em alguém que necessita ler esse livro, sou eu!

"Todo dia" foi uma troca também, foi a minha primeira troca feita pelo skoob e simplesmente adorei!!

Esse foi mais uma escolha meio no escuro, só sabia que era romance new adult, com triangulo amoroso (que dizem que não é clichê), e como queria um livro mais nesse estilo mesmo, achei bom ter um belo desastre way of life na estante.

As edições da darkside são maravilhosas pra começar, e esse livro reúne praticamente tudo o que eu mais gosto de ler! Quando fiquei sabendo do lançamento estava louca pra ele,  mas acabou que quando fui comprar já tinha esgotado, rodei em todas as livrarias, até que finalmente achei e foi amor a primeira, segunda, terceira, quarta vista <3
Nem preciso falar o quanto estava ansiosa por esse livro, né?! <3
Eu escuto gritos de finalmente!! Esse ganhei de aniversário da minha avó, e decidiu dar a coleção toda de uma vez já que, segundo ela mesma, "você vai terminar um e vai ficar louca pelo outro, então já tem todos pra ler", realmente, não pretendo tirar a trilogia da cabeça até acabar <3
Bom.. espero que tenham gostado dos livros, se você leu algum deles, aproveita pra dizer o que achou nos comentários ;)
Beijos, até o próximo post e uma boa semana pra vocês!!

sábado, 9 de agosto de 2014

Resenha: Métrica - Colleen Hoover


Métrica - Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Ano: 2013
ISBN: 9788501401861
"O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina.
Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor."


Com a morte repentina de seu pai, Layken é obrigada a sair do Texas e mudar-se para o Michigan, na cidade de Ypsilanti, com sua mãe e seu irmão mais novo, Kel. Lake tem que ser o ponto forte da família, então passa a ideia de que está tudo bem, enquanto por dentro está quase sem forças. O que ela não sabia é que o destino prepara surpresas e com ela não foi diferente. Assim que Lake chega em Michigan, conhece Will Cooper e seu irmão - da mesma idade de Kel - Caulder. Os meninos se tornam grandes amigos e Lake começa um romance com Will - que está sozinho, é a unica pessoa que seu irmão possui. Mas o destino adora brincar e não demora mais que uma noite de romance para que algo estrague tudo e se torne a ponte entre os sentimentos de ambos.
"Layken - grita ele, quando estou prestes a entrar em casa (...) - que a força esteja com você! - ele ri e entra no carro enquanto eu fico parada, olhando para as pantufas do Darth Vader que ainda estão nos meus pés. Maravilha."
Alias, o romance todo inicia de vez, quando Will leva Lake para uma competição de slam - esse é um motivo pelo qual o slam é tão importante.
No slam, as pessoas sobem ao palco para recitar suas poesias com seus sentimentos mais profundos - que, pelo menos no livro, não apresentam muita métrica. Definitivamente amei isso! Os poemas mostram os sentimentos sem se preocupar com o modelo. Posso dizer que, com certeza, a presença do slam foi um dos maiores motivos pelo qual comprei esse livro, é por ele também que Métrica se diferencia de todos os romances conhecidos por aí.
" - As pessoas sobem lá e colocam o coração pra fora usando apenas as próprias palavras e os movimentos do corpo - diz ele - É incrível. Você não vai escutar nada de Dickinson nem de Frost aqui."
Ao ler a sinopse, talvez você pense "Nossa, mais um romance meloso", na verdade, é isso que penso da maioria dos romances e por isso o gênero está por ultimo na lista - só perde pra chick-lit. O único romance que li antes desse foi Belo Desastre que amei, alias! Mas tive um certo preconceito com Métrica que foi derrubado assim que virei a primeira página.
"(...) Elas não querem pensar que a vida vai continuar sem elas, que os filhos vão crescer do mesmo jeito. E vão casar. E vão envelhecer(...)"
O livro tem um pouco de tudo: romance, drama, comédia. É aquele livro pra rir e pra chorar na mesma página. Chorar de tanto rir, rir de tanto chorar. Ficar emocionado. Roer todas as unhas. Ficar irritada com os personagens (eu fiquei e muito). Mas é um livro maravilhoso, a história da Lake é emocionante e de Will também, mesmo conhecendo menos. O único problema é que as vezes a ponte parecia facilmente destrutível, mas acho que como a história acontece nos EUA, lá não seria bem assim. então no fim das contas esse incomodo acabou passando.
"Não levem a vida tão a serio. Deem um murro bem na cara dela quando ela estiver precisando de uma boa surra."
Li o livro quase que em um inteiro escuro e isso foi uma surpresa, pois pude me surpreender com cada página do livro. Os personagens secundários também são maravilhosos, com foco na Eddie, que, senhor, acho que ela é a melhor personagem secundária ever. Tem uma cena em particular no livro (que não posso contar) que me fez rir horrores, nunca ri tanto com um livro. Muito, muito bom!
Outro fator que gosto bastante é o fato de Métrica se encaixar na realidade, principalmente em relação aos sentimentos de Lake quanto a tudo que está acontecendo e um segredo que será revelado mais para o final do livro. Quem nunca preferiu continuar esculpindo abóboras a enfrentar os problemas? 
"— Você se importa se hoje a gente ficar apenas esculpindo abóboras? Tem problema se a gente não fizer nada além disso? Só esculpir abóboras? Ela sorri e volta a atenção para a abóbora à sua frente. — Claro. Mas não podemos esculpir abóboras todas as noites, Lake. Vai chegar um momento em que a gente vai precisar parar de esculpi-las."
Ah, antes que eu esqueça, todo capítulo do livro tem início com um trecho de música da banda The Avett Brothers - a banda preferida de ambos - fiquei extremamente apaixonada pelas músicas - que acabaram virando a trilha sonora da minha leitura.

Acredito que Métrica merece cinco estrelas por nos provocar vários sentimentos, sair do romance clichê, trazer algo inovador e ainda por cima, nos fazer refletir - e amar slam. Esse é um livro que fico virando as páginas e relendo algumas partes por ser simplesmente incrível. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A arte da atuação

A arte de atuar não é interpretar um personagem. A arte de atuar não é reproduzir as falas de um outro alguém. É deixar sua própria vida para trás por algum tempo - esquecer todas as suas opiniões, seus conceitos de vida, suas ideias - e deixar apenas seu corpo. É habitar uma nova alma dentro desse corpo. Uma alma que no inicio não é tão conhecida, mas que ao longo do tempo vai se abrindo mais e mais. É dar a vida para um outro alguém. Deixar de ser si mesmo para ter uma identidade diferente. Não é trazer pro palco os sentimentos e emoções dos outros, é vive-las agora que são suas emoções. É trocar de identidade rapidamente. É ter um pouco de insanidade. É conhecer novas pessoas dentro de seu próprio corpo e experimentar sensações e sentimentos que nunca foram vividos em sua vida original. A arte de atuar é ter uma coleção de alter-egos. 
Todo ator tem um pouco de insanidade dentro de si. Ser ator é ser uma mistura dele mesmo e de todos aqueles que já tiveram a alma abrigada em seu corpo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Resenha: Diário do farol - João Ubaldo Ribeiro


Diário do farol - João Ubaldo Ribeiro
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 304
Ano: 2002
ISBN: 8520912427
"Diário do farol é o relato autoral de um clérigo amoral e inescrupuloso, que no outono da sua existência resolve inventariar seu rosário de maldades, perpetradas com requintes extremos desde a infância no seminário - de início, sob o pretexto de vingar os maus-tratos do pai; posteriormente, ainda mais sofisticadas, devido ao desprezo de uma mulher.Auto-exilado numa ilha onde pontifica um farol, o bilioso e mesquinho padre dialoga com o leitor para provocá-lo com uma realidade na qual não há bem ou mal, e assim tentar demovê-lo de qualquer noção redentora. Conseguirá? Para ele, não há transcendência, o Universo nos é indiferente e a todos foi negada essa Revelação. Não por acaso, o farol de sua ilha chama-se Lúcifer, ´aquele que detém a Luz´.
O leitor é advertido desde a epígrafe: ´Não se deve confiar em ninguém´. A vida real é feita de rupturas, exceto para aquela maioria dos homens que perde a oportunidade de viver de fato por nunca romper com nada realmente importante, adverte-se. Num testemunho insidioso, que concilia situações hilariantes com outras de horror repulsivo e escatológico, somente o cinismo impera. Nisso, põe-se o padre a fazer troça dos ´católicos que acreditam nas besteiras do catolicismo´ e a manipular todos, fiéis ou descrentes, para atingir seus fins amorais, chegando à sofisticação de submeter-se voluntariamente a sessões de tortura para dar vazão a seus caprichos vingativos.
Um mal que - posto em tom neutro como só é possível por meio de uma arte superior como a literatura - nos permeia a todos e nos leva a refletir sobre nossa condição social e humana. Um mal na sua essência, que nada tem de panfletário e denunciador, que encontra solo fértil na sociedade e no sistema político atuais."


Diário do farol pode ser considerado o thriller psicológico mais pesado que li. Com um personagem principal sendo um psicopata extremamente meticuloso e inteligível, pensando em todos seus atos e não agindo por sentimentos. Seus atos e palavras - o livro é narrado em primeira pessoa - são colocados de maneira densa e nos fazem sentir repulsa. Acredito que por esse motivo muitos reclamem da leitura, parem o livro no meio e fiquem indignados. Esse é um livro que tive que ler para a escola e sim, fiquei com extremo nojo e indignação do protagonista, porém, ao mesmo tempo achei o livro extremamente genial, de modo a entender o que se passa na cabeça do faroleiro.
Em sua infância, o faroleiro presencia a morte de sua mãe, causada pelo próprio pai, que inclusive o maltrata dizendo que sempre quis ter um filho homem e ele com certeza não é esse filho. É possível perceber que esse trauma teve grande repercussão na vida do protagonista, de modo que, por ser ser oprimido, tornou-se opressor. 

"A realidade é, sim, muitíssimo mais inacreditável do que qualquer ficção, pois esta requer uma certa arrumação falaciosa, a que a maioria dá o nome de verosimilhança. Mas ocorre precisamente o oposto. Lê-se ficção para fortalecer a noção estúpida de que há sentido, lógica, causa e efeito lineares e outros adereços que integrariam a vida. Lê-se ficção, ou mesmo livros de historiadores ou jornalistas, [b]por insegurança, porque o absurdo da vida é insuportável (...)"

O fato ainda mais interessante é que o faroleiro não comete seus atos por si só, ele escuta a voz de sua mãe morta e esse é o motivo de tudo. Ela pede vingança e é isso que ele busca o livro inteiro, cometendo vinganças de extrema crueldade e sendo aplaudido pela mãe. O protagonista sente falta da mãe, sente-se oprimido pelo pai e ficou extremamente chocado com a cena que presenciou - embora não tenha demonstrado - então precisa de um motivo.
Outro fato interessante é o modo como o protagonista trata o bem e o mal, dizendo que eles são as mesmas coisas, estão fundidos, de modo que, para ele, seus atos não são nenhuma atrocidade, está apenas buscando a justiça, enquanto veste seu fardo religioso e frequenta o seminário.

"Desejo estragar, ou macular definitivamente, sua falsa felicidade, se você se ilude em tê-la. Minha esperança é que ela possa mirrar ou extinguir-se inteiramente, para que você veja o mundo como ele é, ou enlouqueça, ou morra, ou ambas as coisas, pois quase todos, insisto, sobrevivem apenas porque crêem que não são sozinhos. São, sim. Você é sozinho e permanentemente ameaçado, e somente um voluntarismo animalesco lhe faz ver o mundo de maneira diversa. "

A sexualidade no livro retrata partes que me causaram bastante repulsa e a pergunta de que "como uma pessoa desse modo pode existir?" e então o mesmo responde "alguém como eu pode estar do seu lado agora" o que, meu caro, infelizmente é verdade. 
Para contradizer tudo o que disse acima, deixo aqui uma pergunta: "será que tudo o que o faroleiro narrou é verdade? não estaria ele fazendo delírios e fantasias de como ele gostaria que tivesse acontecido?
Diário do farol é um livro extremamente inteligente, recomendado para aqueles com estômago forte e que querem entender ainda mais como os atos podem influenciar a vida de alguém, como traumas agem e a mente humana, além disso, a mente desse faroleiro que busca vingança, o psicopata.

domingo, 3 de agosto de 2014

[FOTOGRAFIA] Jardim Botânico

Olá bookaholics!!
Ontem fui no jardim botânico e usei minha avó de cobaia, e não é que ela é uma boa fotografa?! haha
Ela tirou algumas fotos pra mim e eu também tirei algumas do ambiente e tal, então vim compartilhar algumas delas com vocês! Espero que gostem :)












sábado, 2 de agosto de 2014

Evento "Livros em pauta"

O evento "Livros em pauta" que acontece em SP no dia 09 de agosto tem como objetivo reunir leitores e escritores para uma grande festa, com bate-papos literários, escritores de fanfics e até hqs. O encontro acontecerá na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação - FAPCOM, no endereço:

Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação – FAPCOM

Rua Major Maragliano, 191 – Vila Mariana São Paulo, SP

Entre as estações Metrô Vila Mariana e Ana Rosa (próximo à rua Domingos de Moraes)

O evento acontecerá das 10h as 20h contando com presença de vários autores e também mesa de autógrafos. Para saber mais acesse o site.